sexta-feira, 30 de março de 2012

O cavaleiro Mwangolé e Lady Marli na demanda do Santo Graal (14)


O que é que funciona num Estado sem fundamentos?

A tarde está limpa, liberta, afastada de religião, e nela já vamos namorar, nos arrebatar, e o poder do Universo cativar, arrastar. Desceremos no nosso deus, e nada nem ninguém nos temerá. Uma nova estrada renascerá e o nosso amor nela caminhará. E a glória do céu se abrirá e os ímpios dominará. Vamos cantar, e com os nossos irmãos e filhos venerar. Chegou a hora, o amor vai despontar, vamos voar, namorar.

O mar sopra, canta nas palmeiras, e as suas raízes agitam as folhas das promessas de amor que o vento sussurrou na praia dos namorados.

Não, não era o orgasmo do nosso amor, era a época do tempo quente que liquefazia a nossa pele, se molhasse, e tudo se soltasse. E decidimos a roupa retirar, se, nos soltar. E rebolados, abandonados ao impacto do vento latejante, sentimos as carícias dos primórdios do amor humano. Só existia um lago, como se a tal providência divina o guardasse, mantivesse secreto durante tantos milénios num esconderijo, agora descoberto.

E até as caídas, esquecidas folhas secas se renderam, se ergueram perante o jogo violento do nosso amor, adormecidas do invernal Outono, e deslizaram, abandonaram à pressão atmosférica. Eis que chegámos e tudo queremos, não, transformámos. E a tua Afrodite companhia os meus desejos despertam, e na minha memória não se arquivam. Deleitas-me na tua cabeça engrinaldada, de jasmins contemplados, plantados. E o amor não é para alguns, mas para todos os momentos, ele é o deus dos sentimentos. E a tua dança para me cativares, faz-me, escravizam-me os teus olhares.

As tuas folhas secas não são querer, são o amarelecer antes do teu verde florescer, desfalecer. Porque o verde sempre docemente se amarelece. E o viver é uma dança, só que não nos apercebemos disso, não sabemos, não apreendemos, não queremos, dançar. E tudo no amor se acumula, e nas leis das suas prisões nos agrilhoamos, nos prendemos, nos perdemos. É tão difícil assim dizer, segredar: amo-te? pois se esta é a verdade suprema de todas as coisas. Para quê amarmos tantos deuses se só um existe, o deus do amor, o único que faz milagres. E corro porque ouço o amor gritar-me, que me espera, e que para o conseguir terei que percorrer uma eterna estrada nas trevas abandonada. E pus-me a caminho, e quase há cem anos que a percorro, ainda não o encontrei, mas não desisto, porque o encontrarei. Creio que por ele já passei milhares de vezes, mas como sou um pobre amador do amor, não consigo distingui-lo, decifrá-lo. É sempre assim: tudo o que nos é querido está mesmo ao nosso lado, só que não conseguimos adivinhá-lo.             


Estrangeiro, quando chegares à cidade de Jingola verás uma enorme placa com os dizeres: SENÃO ÉS CORRUPTO, NÃO ÉS BEM-VINDO. BEM-VINDO À CORRUPÇÃO

A aprovação da fraude eleitoral apressada, tão declarada, tão forçada, revela o desespero dos últimos suspiros dos Lordes. E votaram como sempre na especialidade, no fortalecimento da também corrupção eleitoral. A lei da fraude eleitoral já está em campo. Há uma concertação sobre a miséria local e global.
Dantes era o TPR – Tribunal Popular Revolucionário, agora é o TPI – Tribunal Popular Internacional

Cuidado quando abrirem a porta, não se admirem se for um dos tais destruidores dos nossos computadores.
Cuidado! Que ninguém ouse dizer que aqui não há luz, mas no palácio do rei tem, ou de outro qualquer reinante, porque vai parar na prisão por difamação. Já aconteceu com uma cidadã no condado de Ejíu.
A segunda fraude eleitoral também já é consumada. A não extensão do sinal da Rádio da Confiança Tchavola por toda a Jingola. Eleições organizadas e controladas por corruptos, são livres e justas?

Pagamos a água e a luz que não nos fornecem. Agora querem que paguemos os serviços da recolha do lixo deles. E o dinheiro do petróleo em poder dos corruptos?
Nas fazendas dos Gambos e noutras áreas os vencimentos são de mil e quinhentos kwanzas com direito a água esverdeada, podre.    Quem está por trás disto? Membros do governo e estrangeiros. O padre Pio Wakussanga também denunciou que os donos das terras são surrados para lhas roubarem. São membros do governo, e isto prova que Jingola está sem governo, não existe, já caiu.

E um economista, ele sabe lá o que isto é, bajulador disse que em Angola não existe pobreza.

E os bancos servem para quê?! Comandam a espoliação e a corrupção no reino Jingola.

Os Tsin não têm contractos com Jingola, é com o Almoxarifado militar do reino. Isto é: estão ilegais, porque o almoxarife não é o Estado Jingola. Os Lordes não gostam de pagar a ninguém. Meses, anos de vencimentos em atraso, claro, não pagos. Mas os rendimentos do petróleo nunca falham, caiem sempre nas suas contas bancárias a tempo e a horas. Deveriam de imediato responder num tribunal especial, porque o deles não funciona, só julga a seu favor. Não está mais que na hora de lhes congelarmos os vencimentos ilegais? E mais tudo o que lhes pertence ilegalmente? Em Jingola os Tsin têm ordens para matarem, porque a polícia não consegue capturá-los. Isto é suspeito, pudera, eles são funcionários do Almoxarifado Militar. Todos dependemos uns dos outros, mas os Lordes não, dependem das riquezas milionárias do petróleo. Todas as fortunas de Jingola são ilícitas.

Quando há a possibilidade significa que não há a certeza. E quando é um político que o afirma, a nossa vida vai ficar miserável. É sempre a população que paga pelos erros políticos. Só não se compreende, e é injustificável que esses políticos saiam ou permaneçam no governo e nenhum é preso. Vivem felizes das pensões mensais instituídas, e o povo para conseguir comprar um pão, sobem-lhe o preço justificando que são necessários ajustes económicos para combater a crise deles.
Falam da necessidade da imposição de testes psicológicos na admissão de empregados bancários. E para os governantes não é necessário? Podem os miseráveis jingolas fazer poupanças bancárias? Quando a população não confia nos bancos é porque o governo não é confiável.

A Constituição garante-nos muitos direitos, mas na prática somos apenas presenteados com um: a repressão.
Porque é que muitas empresas em Jingola não mencionam o seu email? Ainda usam o fax. São empresas piratas ou vulgar sacanagem que não se querem expor, isto é: a corrupção do sigilo absoluto?

A situação continua a deteriorar-se. Há a intenção clara de silenciar qualquer de nós que critique seja o que for do regime que se quer eterno. Os Lordes preparam-se para intervir na rede social Facebook, onde se denunciam todos os actos praticados no seu reinado de corrupção. É evidente que isto será possível quando o Facebook for uma ditadura. Mas, quando é que as contas bancárias dos nossos corruptos são congeladas? Mas os esfomeados de Adnibak ao Enenuk revêem-se na Constituição unipessoal dos Lordes? Se os Lordes continuarem muito tempo no poder, Jingola ficará na instabilidade permanente. E vamos sempre colocar a pessoa certa no lugar errado. Os Lordes não são um partido político, são uma companhia petrolífera.

A seara do Senhor é grande, mas a miséria em Jingola é vastíssima.

Manos e manas! Acautelem-se com as seitas e as falsas igrejas. São como os Lordes que nos prometem a cura dos nossos males. Tudo afinal é mentira, vigarice. Os Lordes noticiam nas rádios e televisões deles que a luta contra a pobreza tem resultados positivos. Será que já venderam tudo aos Tsin e ninguém sabe?
Como é possível uma sociedade suportar tanta vigarice, tanta corrupção? Este governo é como uma instalação eléctrica sem fusíveis. Todas as decisões, todo um reino, todo um povo, tudo a depender da vontade e dos caprichos de uma só pessoa, o Rei. Por este andar ainda vamos fluir no Sudão.
Imaginem que estão num campo de concentração, o que no nosso caso é um facto consumado, internacionalmente aprovado e certificado, e que desejam fazer uma manifestação de protesto contra as condições desumanas dos Lordes. Acham que o comandante do campo de concentração lhes vai autorizar? E os Lordes libertaram todos os demónios do inferno sem excepção, não ficou lá nenhum, e os soltou em Jingola. É por isso que a nossa vida está demais, está demoníaca. Estado do Mal, que se sente felicíssimo no arrastar da nossa miséria.

Derrame de petróleo faz peixe escassear no condado de Adnibak.
O mais importante é o petróleo e a sua poluição, e a repressão sob a população.
E contudo ela, a verdade da miséria move-se. Até o acto de ser cidadão jingola já é um crime contra a segurança do Estado.

Jingola é o estaleiro/oficina dos Tsin?
Receio que no futuro o jingola esteja confinado numa espécie de jardim zoológico como atracção futurista. O governo a trabalhar/espoliar e Jingola a desmaiar. A implantação da democracia é um processo difícil, de longa duração. Pelo contrário, a ditadura implanta-se facilmente, sem problemas de maior, é o sistema político ideal de governação e com magníficos santuários/prisões para as peregrinações das multidões. E se a oposição não promove manifestações é porque apoia os interesses das potências estrangeiras, existirá melhor explicação que esta?

Jingola é uma cidade onde à noite as pessoas parecem que se transformam em cães. E a nova Constituição de Jingola garante-nos um tecto, uma habitação condigna … numa tenda.


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