Estávamos
muito excitados. Abraçamo-nos
profundamente por entre
carícias e beijos.
Caímos na cama. Fizemos um
delicioso sessenta e nove. Mudámos de posição.
Abriu as pernas e caí em cima dela. Segurei-lhe nas nádegas
para melhor a
penetrar. De repente
sai debaixo de mim
e confessa:
-
Não, isso não. Tenho medo de engravidar, faz-me na boca.
Arrastou
o meu pénis e saboreou-o como se fosse uma guloseima.
Tirou a língua para
fora, e com
gestos rápidos
masturbou-me, sempre com a língua
encostada na ponta do meu pénis. Não
resisti muito tempo, Jandira protesta:
-
Já? Tão pouco tempo, nem cheguei a ficar muito tesa.
Foi
buscar uma gasosa, agora a conversa
era outra:
-
George, a partir de agora sou tua esposa. Vamos viver como marido e mulher. Sei
muito bem quais são os deveres de uma esposa. Juntos seremos felizes. Peço-te
que não digas a ninguém sobre a nossa relação, porque a minha família não vai
gostar. Temos que ser discretos.
Pelos
anos passados nunca
lhe notei algo
de anormal. Portanto
já nos
conhecíamos suficientemente bem. Esqueci os desaires
e apostei completamente nela. Voltei a acreditar no amor.
Gostava imenso da Jandira. Antes de sair mexe no seu
cabelo, faz um
gesto negativo
com a cabeça.
Beija-me nos lábios
e sussurra:
-
O meu cabelo não está em condições. Dá-me dinheiro para amanhã ir ao
cabeleireiro.
George
levanta-se, pega no seu
copo, faz uma caminhada pela areia aí cerca de cem metros. Propositadamente
faz com que
os seus pés
descalços sintam o prazer
da areia molhada.
Senta-se numa pedra. Bebe um pouco de conhaque, baixa
a cabeça que
apoia nas mãos.
Está pensativo, algo
perturbado. Não compreendendo a sua súbita mudança de humor,
tento sondar
o que se passa:
-
George, creio que desta vez encontraste o amor
puro e sincero.
Deu
umas pequenas gargalhadas,
pediu-me um cigarro.
Acariciou o copo, rodando-o lentamente, parecendo que
queria assim permanecer
interminavelmente. Dentro de uma hora a claridade da manhã surgiria. Um
novo dia
seria aguardado. George desperta do seu transe:
- Assim parecia meu
amigo. Jandira estava
extraordinariamente amorosa. Acho que me lembrava
uma gatinha encantadora. Assim que chegava, excitava-me e chupava-me deliciosamente. Dizia:
-
Todos os dias tenho que tirar a tua esporra cá para fora, para que não sintas
desejos por outra mulher.
Era
muito possessiva
e ciumenta. Para
isso bastava outro
homem estar em casa.
Bastava eu falar
com uma vizinha,
e ela entrava num profundo
nervosismo. Ao ponto
de a convidar a sair.
Lamentava-se:
-
O que elas querem é roubar-me o marido. Nunca permitirei isso. Não gosto nada
dos teus amigos. Esta casa é minha.
Chegou
em casa
a chorar, e claro, perguntei-lhe:
-
O que é que se passa?
Não
conseguia falar, porque
os suspiros não
deixavam. Esforçava-se por dizer alguma coisa, mas não
conseguia. Abraçou-me profundamente.
Peguei nela ao colo e sentei-me. Quase a
embalei como um
bebé. Ficou séria de repente. Deixei-a sentada e fui buscar
uma pequena toalha
para lhe limpar as lágrimas.
Acalmou-se e contou-me o que se passava:
-
Estou no final do curso
de jornalismo e o director antes de me dar o diploma,
convidou-me para um
lanche. Não
aceitei, porque o que
ele quer
é foder comigo.
Novamente retornou ao choro
copioso. Por
mais que
tentasse não conseguia controlar-se.
Transportei-a ao colo para
a cama, aconcheguei-a o melhor
possível e adormeceu. Assim quando
despertasse decerto se sentiria melhor. Quando
acordou surpreendia-a a arrumar-se olhando para o espelho. Disse que
queria falar comigo.
Dei o meu consentimento
com um
leve inclinar
de cabeça:
-
George, quero estudar. Não
sou dessas que andam por aí, do tipo Maria vai com
as outras. Sou muito evoluída. Sou uma mulher que sabe
o que quer.
Já sofri muito.
Apenas pretendo um
homem que
me compreenda. Desejo
conquistar um
lar estável.
Quero estudar, mas
não me
deixam.
-
Acho que é a melhor coisa que podes fazer.
-
Quero ir para a universidade.
-
E o que é que pretendes estudar?
-
Quero estudar direito,
ser uma advogada.
-
Achas que tens habilitações suficientes para isso?
-
Claro que tenho.
- Então vamos a isso.
-
Arranja-me o dinheiro.
-
Está bem, se é para te formares tens todo o meu apoio incondicional. No futuro
ficarei feliz com uma esposa advogada. Acho que isso será para nós muito útil.
Passou
a andar sempre
com uma prima.
Eram muito amigas, assim
parecia. A sua prima
começou a frequentar assiduamente a minha
casa. E dizia sempre
que apenas
pretendia telefonar. Telefonava para
algumas províncias, e para alguns
locais no estrangeiro.
Demorava muito tempo.
Nitidamente estava a aproveitar-se da relação
que eu
mantinha com a Jandira. Toda a gente da
sua casa
passou a fazer o mesmo.
Significava que sabiam do nosso relacionamento. Aproveitavam-se da situação. Os custos
das chamadas que
pagava no fim do mês
eram exorbitantes, incluindo as que a
Jandira fazia. Afinal ela estava na sua
casa.
A sua prima
começou a revelar-se muito insinuante. Quando
surgia, vestia uma leve camisola muito
decotada, e uma mini-saia muito provocante. Sentava-se de modo
que o tecido
quase desaparecia nas suas pernas.
Baixava-se e mostrava os seios nus. Mostrava as pernas
demasiadamente abertas
para que eu observasse o seu
interior. O seu
olhar era cheio de lascívia.
Quando notava que
eu fixava o olhar
para o profundo
do seu sexo,
o qual nada
tinha a protegê-lo, com
um sorriso
malandro fechava ligeiramente
as pernas.
Entretanto
um amigo
meu acaba de chegar vindo da Inglaterra.
Apresentei-o à prima da Jandira. Recebi com avidez as notícias que tinha para me dar. Ele já estava
de saída, a prima
mete-se no meio de nós
e pergunta-me:
-
George, ele é inglês?
-
É.
- Quero
ir com ele.
O meu amigo ouviu
a conversa, entendeu o que
se passava e saiu a toda a pressa. Mesmo assim a prima queria ir atrás dele. Segurei-lhe num braço
e dissuadia-a das suas pretensões. Esse
episódio deixou-me muito
abalado e pensativo.
Falei
com a Jandira que
a sua prima
fazia imensos telefonemas.
Não podia suportar
a despesa porque era
exageradíssima. A sua prima tomou conhecimento
do facto, surgiu muito aborrecida na minha
presença e desabafou:
-
Também não precisavas de fazer assim um choradinho desses. Bastava falares
comigo.
Considerei
e fiquei atento a esta prima. Acho que
era muito
perigosa. Jandira surge. Chama a sua prima e
juntam-se na cozinha. Retira comida.
Estão a jantar. Vou para junto delas, Jandira exclama:
-
Estou na minha casa!
Esta casa é minha!
Esta casa será minha!
Fiquei
intrigado com a sua afirmação. Mas esqueci de imediato. Acho que era devido a
um ligeiro contentamento.
Jandira
já estava na universidade.
Falou comigo para
me pedir mais apoio:
- Preciso de comprar roupas, sapatos,
enfim… uma série
de coisas que
necessito. Não quero aparecer
pobremente vestida.
Também necessito de mais
dinheiro para os meus gastos diários… para comer, pois que
chego um pouco
tarde a casa.
Como está a fazer
frio à noite,
quero uma boa manta e vestuário adequado
para me aquecer.
-
Com certeza, terás tudo o que necessitares.
-
George, tenho uma lista de livros
para comprar. Aqui não há, manda-os
vir de Portugal.
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