segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O cavaleiro Mwangolé e Lady Marli na demanda do Santo Graal (03)


E finalmente, quando a Igreja e as igrejas se converterem ao cristianismo, então sim, reinará a paz e a felicidade no Céu e na Terra.
O que caracteriza o assalto do poder pelos idiotas é a constante falta de água e de luz. Por mais que se lhes explique que isso está errado, eles tentam provar-nos que nós somos os idiotas e eles os inteligentes, e que é devido a isso que estão demasiado tempo no poder.
E o nosso rei do petróleo exonerou o povo, e no seu lugar nomeou uma comissão de gestão cuja fundamental incumbência é a sua dissolução.
Quando um reino tem muitos generais no seu executivo significa, justifica a sua permanente instabilidade e promiscuidade.
E quando um reino proíbe o debate de ideias, encoraja a conspiração permanente. É o apanágio da ditadura que tenta a todo o custo sobreviver ao fim inevitável, lastimável. E os indicativos da queda iminente de um reino despótico são o colapso do fornecimento de energia eléctrica, da água e o ataque cerrado aos órgãos de informação independentes.
Na Natureza não há ditaduras, mas nas religiões há, e nos seres humanos também. Significa que religiões, humanos e ditaduras estão interligados, como frutas podres da mesma vinha.
O ditador não ama, odeia.
E a principal preocupação de um ditador não é criar riqueza para os seus súbditos, mas sim alargar os vastos territórios da pobreza.
O Lorde, Jangada de Morais, pastor das letras da União dos Comités de Especialidade das Letras Jingola, um dos letrados do reino Jingola, serve-se do monólogo para justificar o vírus da epidémica incompetência, de que Roma e Pavia não se fizeram num só dia. Para além do vazio da originalidade, peculiar, mas os romanos eram competentes, organizados e revolucionários. E estes nossos pretensos Césares nem um vulgar aqueduto de água construíram numa vulgar meia centúria. Portanto, a nossa Roma e Pavia não se destruíram num só dia, mas em quatro décadas. E se mais tempo demorarem a desgovernar, mais o barril de pólvora vai inchar. Mas que grande explosão vai estoirar. Mas isto está mais do que possível, e eles não aceitam acreditar. Ainda bem que o verde da vegetação não necessita de libertadores.
E olhando para o alto, no portão do reino Jingola letras gigantescas esculpidas em relevo lembravam os incautos que: NO REINO JINGOLA NÃO HÁ VENDAS A CRÉDITO. E mais abaixo lia-se: JINGOLA, O JUÍZO FINAL.
O secretismo no acesso à informação da Lei Permanente da Fraude Eleitoral Jingola, é como o pedir a um banco o extracto da nossa conta bancária, e ele recusar.
Quando um governo é muito numeroso, com muita gente a mais, sem dúvida alguma que a nossa vida está desgraçada. É tudo para eles e para nós nada.
Não, não é governar uma nação, é governar uma mansão.
E pela violência, fraude e corrupção se conhecem, destacam os homens.
Incitação à violência é estar quase quatro décadas no poder. Isto sim é de uma violência interminável.
Parafraseando: os cães continuam a ladrar, mas a caravana da democracia passa, instala-se.
E contratam jornalistas-papagaios-itinerantes para publicarem mentiras, pagos a peso de ouro. E os jornalistas que publicam as verdades ganham miséria de salário, e ainda os recompensam com a prisão e morte.
Na Natureza nada se perde tudo se transforma, disse o imortal Lavoisier. Em Jingola, com o nosso eterno grande timoneiro, tudo se perde e nada se transforma.
Quando é que começam os julgamentos dos rapinadores do erário público?
Numa empresa qualquer trabalhador que não serve é despedido, vai para a rua. Na grande empresa do rei de Jingola onde há muito tempo abundam trabalhadores parasitas, esses não se despedem, não.
E Deus deu Jingola, uma terra muito rica, que não lhe falta nada, têm tudo, mas os negros não a sabem aproveitar. Autor desconhecido. (Só nos faltava mais esta, hem!)
Jingola, seis horas da manhã. Amanhecer, acordar e da cama levantar. Sem luz, sem água, cheira a gasóleo e fumo tóxico. Geradores com escape livre impedem-me a concentração do pensamento. Chineses ou vietnamitas arrastam tubos de ferro e deixam-nos cair em cima de outros. Facilmente se pode imaginar o som insuportável. Uma motorizada, depois outra, de escape livre imitam cerrados tiroteios. Um vizinho que não tem nada para fazer, nem onde gastar o dinheiro, parte as paredes da sua casa e ergue outras. Na Rádio da Verdade ouve-se a frase da propaganda leninista: «A nossa vida vai melhorar.»
A invasão de igrejas em Jingola é um perigo para a democracia - porque essas igrejas encostam-se aos barris de petróleo da ditadura - para a unidade do povo jingolano e para a sua independência. Bom, a Peste Negra foi pior e a Europa sobreviveu.
As centralidades da especulação da corrupção alimentam a instabilidade social às favelas que as rodeiam. A convivência não será pacífica, porque a democracia está adiada, e depois do seu restabelecimento todas as anormalidades virão á superfície. E as contendas não resolvidas regurgitarão os habituais conflitos depois do final de qualquer ditadura. Sim, porque ditadura é o reprimir da liberdade do ser humano.
Foi Jingola que aprendeu a desgovernar? Foi Jingola que ensinou o reino europeu Emboaba a desgovernar, ou foi Emboaba que ensinou Jingola a desgovernar? E pergunto isto por um motivo muito simples: é que as circunstâncias são idênticas, que não me admira nada que estabelecessem um acordo geral de cooperação nesse domínio, na desgovernação e corrupção claro. Aqui, convém esclarecer em relação ao reino Emboaba: como é possível um povo evoluir se passa o tempo a fumar e a falar de futebol?
A família dos idiotas governa o mundo, não admira pois que ele esteja assim tão triste, tão sem futuro. Apenas uma coisa nos garantem: a marcha da miséria global.
Não me lembro quem, mas alguém confirma a síndroma Jingola: Não, não, eu escrevo bem, o teclado é que se engana.

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