segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A República das Catástrofes


Também designada por, República das Vinte e Quatro Horas, isto é, em part-time, porque nos fornece luz num dia e no outro não, e também, República do 1 de Abril, isto é, das mentiras. Ou ainda por, República da Manutenção, devido a que há trinta e seis anos, imaginem, estão na manutenção dos grupos geradores das barragens, da água, das estradas, do desemprego, da corrupção, das eleições, etc, e etc.
A corrupção é como um forte terramoto, é um mal necessário.
Provoca-se a falência à la Nosso Super, para depois se obter mais uma bruta negociata. Tá na cara, né?! E assim caminha a impune endemia da corrupção. A propósito: para quando a união de toda a oposição para acabar com a corrupção? Ou têm mais que fazer, coisas mais importantes se levantam? Nós aguardamos a resposta do vosso silêncio sepulcral.
Coisas de Satanás? Então, se não há luz, porque é que as brigadas impopulares da EDEL andam de porta em porta a cortarem/censurarem a luz inexistente de quem não paga o que lhes deve? E quem é que paga a indemnização destes últimos meses em que aconteceram mais apagões do que fornecimentos? Ainda não chegou a hora dos cortes da luz do leninismo?
Há homens que fundam nações, outros afundam-nas.
Breve ponto da situação da escuridão em 22 de Novembro: na loja dos Sênês, (senegaleses), não se vende frango e similares. A Pomobel encerrou porque o gerador foi-se, deixou de ser quem era. Banco Millennium estava sem sistema, e além disso o cartão de crédito entrava mas já não saía, confisco ou quê?! A Rádio de Confiança, Rádio Ecclesia, alertou-nos que o PIB da criminalidade está a subir. Nas nossas casas não vale a pena comprar frescos ou congelados, para quê? Para o lixo, pois claro. As mulheres do peixe que passeiam com ele pelas ruas, também estão no: tô nem aí! É que ninguém lhes compra, não há onde o conservar, excepto novamente o lixo. Acredito que muitas empresas se não forem à falência, pouco lhes restará. Só se houve a gritaria e o fumo tóxico dos geradores. Dos partidos da oposição nada, estão pela lei da escuridão ofuscados, e estão muito exaustos, já não aguentam, perderam as forças, se é que alguma vez as tiveram, devido ao esforço consentido na melhoria de vida das populações. Isto é pura e simplesmente uma CATÁSTROFE NACIONAL! E aqui aplica-se muito bem a sapiência do dito, quem nasce torto, jamais se endireita.
Eu odeio este jogo!
O meu grande receio é que estes observadores da demência independente corrompam o tempo, e eu não possa mover-me nem para a frente, nem para trás. Quer dizer, ficar parado no tempo.
Movo-me pelos labirintos do tempo desencontrado, entre tantas palavras e nada de notável de políticos que já me destoa ouvir, já não os sinto, vejo-os como noutra dimensão, neste tempo que está outra vez em evolução e revolução. Que coisa mais sem sentido: fala-se de tudo e mais alguma coisa, e o amor, que lhe fizeram? Será que o amor e o amar alguém também já é um acto de terrorismo internacional?!
Não acredito em nenhum sonho enquanto o pesadelo da corrupção não terminar.
O nosso eterno líder promete ajudar Portugal a sair da crise. Sai de uma e entra num abismo.
Sempre o retorno do eterno gelo com criaturas Pré-Históricas nele petrificadas, ou a caracterização da demência de Poe ou de Dostoiévski. A lotação do nosso hospital psiquiátrico está esgotada, e por isso muitos loucos andam à solta. O principal sintoma é a bajulação.
Nos países democráticos fazem-se manifestações de repúdio quantas vezes necessárias, até se chegar a um consenso/entendimento. Há mares tempestuosos, mas também há bons navios com bons comandantes que resistem às grandes intempéries político/marítimas, e delas saem vencedores.
O finalmente não existe, porque quando se pensa que o alcançamos, outro começo continua. Resumindo: em política não existe finalmente.
ANÚNCIO. Precisa-se muito urgente: Milhões de cidadãos necessitam urgentemente de partido político para organizar uma manifestação contra a falta sistemática de energia eléctrica e água, imaginem… há trinta e seis anos. Oferecemos bom vencimento mais comissões e demais regalias em vigor.
O primordial dos nossos mestres da tautologia é o quererem ir mais além, mas a cabeça não dá. Querem voar mas as asas neuronais dos seus cérebros engarrafam-se, despistam-se no trânsito da imbecilidade dos comités de especialidade da bajulação. São exímios na arte, pelo que ultrapassam muito de longe qualquer outro bajulador até agora de serviço. Nunca alguns ultrapassaram tantos.
A corrupção e a mediocridade andam sempre de mãos enlaçadas.
Em Angola existem jornalistas ou vulgares comentadores de acontecimentos?
A fé move montanhas e a corrupção move o quê?
Estou baralhado: é o dinheiro que compra a corrupção, ou é a corrupção que o compra?
Mas o que é que se pretende? A nova versão dos campos de extermínio massivo pela fome como na governação de Estaline? Para viver assim, facilmente se prescinde da classe política. Ela deve ser extinta pelo... povo? Então, se os políticos usam a arma da fome para nos liquidarem, não nos fazem nenhuma falta, muito pelo contrário, são apenas um grande estorvo? Então, FORA COM ELES!
Nalguns casos os desmaios já estão solucionados. Quando surge a época das provas, as meninas desmaiam massivamente. Uma desmaia com o medo do exame e logo de seguida, reacção em cadeia, todas desmaiam. Isso já está provado. Em relação aos outros casos, o mistério persiste. Mas, sem dúvida que a miséria e a corrupção se interligam na projecção do golpe do desmaio final.
Hum, quando alguém não entende nada de política e nela se mete, só pode daí advir tragédia social. Não é por acaso que temos muito disto em Angola, e no resto do Mundo nem vale a pena falar.
Campos de concentração infantis. Os mosquitos atacam-nos de acordo com as leis da incúria humana. Há sempre muito dinheiro para maratonas, marchas dos movimentos espontâneos e grandes manifestações a favor da paz. Para apoiar uma simples manifestação contra os amigos declarados do paludismo, os mosquitos, nunca há dinheiro. E assim vamos muito convictos de que a nossa vida vai piorar. E por isso mesmo, facilmente se nota que há um prazer mórbido no padecer das crianças – o tal futuro sem nação – e no incentivo da miséria. Sim, porque as crianças da nomenclatura viajam para o estrangeiro assistidas nas melhores clínicas com o dinheiro do erário público que há trinta e seis anos se privatizou.
E até as praias privatizaram.
Não é possível implementar seja que plano for, enquanto não se acabar com a teia da corrupção que nos aprisiona.
Rádio Ecclesia. Padre Quintino Kandandji carrega agora a cruz da informação. Neste crucial deserto da informação angolana de cactos sempre eriçados, sempre na hipócrita emboscada de que quem informar a verdade da corrupção não escapa, até há quem defenda que Deus elegeu e apoia eternamente o reino dos corruptos, desejo a sua reverendíssima Padre, Quintino Kandandji: só a liberdade nos liberta.
Que Deus lhe dê voz, para que não pereçamos no desabamento dos barris do petróleo.
Como é tão confrangedor o silêncio do deixa andar dos presidentes e seus secretários-gerais dos partidos (?) políticos da oposição (?). ggggrrrr!!!!
Vox populi: ele, José Eduardo dos Santos e os generais, estão a fazer do William Tonet outro Nelson Mandela.
A Justiça da injustice. Ontem saí à rua com vários companheiros do Partido Popular e em uma hora conseguimos angariar mais de mil dólares. Se tivermos em conta que as quitandeiras, os lavadores de carros, os vendedores de rua e ardinas foram os que contribuiram com valores que iam de cinco kwanzas a cem kwanzas, podemos concluir que milhares de pessoas contribuiram pela causa, William Tonet. In David Mendes Advogado Angola no Facebook.
O caso William Tonet. O vulcão está a ficar “complicado”. É que não se fala noutra coisa. A frase mais ouvida é: «Então vão prender quem fala a verdade e defende os pobres?» É imprevisível o que poderá suceder nos próximos tempos. Se a população se aglutinar, o que parece estar a acontecer, não sei como será. Aguardemos. Mas que foi um colossal erro de estratégia política, isso foi. Aliás, como é habitual em quem não resolve problemas, pelo contrário, cria-os às toneladas.
E sobretudo não se esqueçam, jamais se deixem dominar pela hipocrisia. Neste momento e em todos eles, há hipócritas que tentam a todo o custo impor-nos as suas falsas moralidades. É que estamos no momento ideal para o triunfo dos lobos disfarçados de cordeiros. Não se deixem arrastar pelas correntes populistas do caos e de tantos desmesurados revolucionários. O verdadeiro, o lídimo revolucionário costuma surgir ao longo da História apenas um, ou outro, muito poucos, agora de repente tantos, tantos, assim a revolução fica confusa, não se sabe quem é quem, não é?! Evitemos cair na tentação de mais um Triunfo dos Porcos. Onde a hipocrisia reina, que é o caso, virá pois o ocaso.
14 Outubro, Luanda. No cemitério de Sant’Ana, antes para enterrar lá alguém cobravam trezentos dólares, agora são setecentos. E tem bicha, porque só existem duas pás para abrir covas.
Para a oposição: está certo, certíssimo, mas um filme sem acção torna-se monótono, o que é compreensível. Montem delegações em tendas à Zango, no centro, no interior dos bairros, no âmago da miséria. Todos os dias, dezenas de factos políticos acontecem. É isto a democracia. Mais: na democracia as palavras isoladas de pouco valem, mas quando elas mostram factos então tornam-se muito valiosas. No fundo, é isto que faz a democracia acontecer, viver.

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