quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Sexto Congresso da Ditadura Leninista


A chefia não se impõe, nasce naturalmente.
Angola é o país onde tudo o que é presidente é vitalício. Claro que a doença espalha-se por todos os domínios da governação e da Nação.
E depois do fecho de mais este inglório Congresso os mwangolés que se preparem porque vão chegar brutas tempestades, brutos vulcões e terramotos.
Enquanto existirem ditadores com democratas a apoiá-los nunca existirá democracia. Como é possível votar na eleição de um presidente que já está eleito, que se elegeu? Com uma única lista? É possível sim! Na africana Angola. E com o apoio dos habituais, boçais comunistas. Que não fazem eleições nos países deles. E em Angola falam de democracia. De facto e de jure a democracia em Angola está moribunda.
Porque será que a Internet em Angola continua uma miragem? É o corte da informação marxista-leninista.
Enquanto os tubarões no mar luandense e angolense devoram populações dos casebres e as espoliam, a FAMÍLIA conluiada com os agentes do imperialismo internacional assaltam terrenos, destroem casebres para cinicamente construírem nas reservas de caça do Estado projectos sociais, mas edificam as suas construções particulares, José Eduardo dos Santos garante-nos o bem-estar social.
«O objectivo central do nosso Partido é a construção de uma sociedade de bem-estar social, democrática e com justiça social, dotada de um sistema de protecção e segurança social adequado, onde as classes e camadas sociais cooperam na realização do desenvolvimento económico e social da Nação, ao mesmo tempo que lutam pelos seus interesses específicos.»
Empregos na prostituição é que batem bem. Porque os que existem são só para estrangeiros e para a FAMÍLIA. Os estrangeiros remuneram-se justamente e os angolanos – mas ainda existem? Ainda não acabaram com eles? - injustamente. Ainda subsistem as promessas feéricas da Luanda-Dubai que rapidamente faliram. Em Angola existem de facto e de jure apenas meia dúzia de Técnicos de Contas, portanto as empresas têm o caminho facilitado para fugirem ao Fisco. Não existem excepções. Em Angola é fácil corromper porque a miséria é demais. Já não existem índices para a medir. Não existe nenhuma empresa em Angola que não fuja ao Fisco. E quem esbanja são exactamente as empresas protegidas ou conotadas com o regime. É facto que Angola é propriedade de apenas uma família. O nome correcto de Angola seria: Angola dos Santos. Mas que empresas angolanas?! Só se forem as da FAMÍLIA e dos seus outros manos, é tudo deles. As demais são apenas cantinas de cantineiros. Aliás na sua intervenção ao VI Congresso do MPLA José Eduardo dos Santos não nos deixa lugar a dúvidas conforme afirmou:
«O MPLA preconiza, pois, uma sociedade na qual seja reconhecido o mérito do trabalho e a necessidade da sua remuneração justa, assim como a importância do papel do empresário, cujo objectivo final não será apenas o de criar e acumular riqueza para esbanjar, mas sim realizar investimentos onde for necessário, gerar empregos bem remunerados e contribuir para o aumento da produção de bens e serviços, cumprindo igualmente as suas obrigações fiscais.»
Todas as pessoas são iguais perante a lei do MPLA. Quem não o for ou não o aceitar é proscrito, antipatriota, anti-revolucionário… anti-tudo sem quaisquer oportunidades. Iguais perante a lei… quem tiver dinheiro para pagar a soltura da prisão ou fazer esquecer ou desaparecer o processo judicial. Mas a clarividência do nosso Chefe máximo continua, acentua-se. Afinal ele é o nosso timoneiro incontestado e esclarecedor:
«O meio para a materialização destas intenções é a realização da democracia política, económica, social e cultural, consagrando o princípio segundo o qual todas as pessoas são iguais perante a lei e têm as mesmas oportunidades.»
Os bancos em Angola são pioneiros no crédito à população. Os micro-créditos funcionam plenamente. Vê-se pelo enxame populacional estabelecido nas ruas, ruelas e esquinas. Os bancos em Angola desenvolvem um exemplar combate contra o analfabetismo promovendo o ensino e a criação de bibliotecas. Expandiram o ensino à distância pela Internet. Devido a isto até um êxito notável aconteceu na agricultura. Em especial os bancos portugueses investem parte dos lucros na literatura. Não, não! Quem disse que os bancos portugueses levam tudo daqui e não deixam nada (!).
Os bancos em Angola não promovem a destruição dos casebres para depois financiarem condomínios e outras coisas de betão. Estes bancos sabem o que fazem, investem muito bem. De tal modo que Luanda não tem mais nada para destruir. Já a destruíram. E continuam impunes no roubo de terrenos, taxas elevadas, sistema informático… «Não temos sistema». Claro que têm poder associado a outros irresponsáveis e de má-fé da nossa praça. É por isso que não lhes custa nada mandarem assassinar quem se lhes atravesse no caminho.
Antes dos bancos chegarem vivíamos numa boa. Quando se arrastaram para aqui atrás dos preços elevadíssimos do petróleo a nossa vida infernizou-se. Instalam-se com as suas dependências do terror que mais parecem gozar do estatuto de embaixadas. E desmandam, criminalizam. Esta tralha já não dá mais para suportar e lamentavelmente terá que rebentar.
Os bancos em Angola dão-nos um futuro de abastança. A população sorri-lhes pelos níveis de riqueza almejados. Milhares, milhões de desempregados confirmam-no. Que farão os bancos para contrariarem tal desastre social que provocaram? Conseguirão sobreviver aos ataques das hordas esfomeadas, desempregadas, abandonadas, espoliadas, torturadas, escravizadas?!
Angola não tem guerra, mas tem gente a mais com armas. Em Angola, os bancos dão desenvolvimento económico e social. Angola tem muito petróleo. Por isso tem muitos bancos com muitos milhões de lucros que fazem milhões de populações muito felizes. Mas mesmo assim alguma sacanagem terrorista bancária apresenta nos seus balanços em Angola prejuízos. E ninguém contesta, para quê?! O terrorismo internacional bancário é mesmo assim. Será sempre assim?! Os angolanos com habitações muito condignas, muito bons empregos, água e luz sem interrupções. Sem os bancos o povo angolano seria muito infeliz. Bancos em Angola são a nossa felicidade. Em Angola, os bancos apoiam o bem-estar e a felicidade das populações.
E José Eduardo dos Santos corrobora mais uma vez com a notabilidade que o caracteriza. Afinal quase cinquentenário no poder, este dá-lhe o mérito de Guru, o único com experiência em Angola para governar eternamente nesta Angola e depois lá na outra no azul do céu estelar. E assim nasce-lhe sabedoria, a eloquência. Ele é como… ele é o nosso pai:
«É igualmente a aplicação racional do princípio da regulação do sistema financeiro, e do bancário em especial, harmonizado com o da livre iniciativa económica dos empresários e da adopção de uma política fiscal progressiva, que garanta a geração constante de riqueza, uma redistribuição equilibrada do rendimento nacional e a eliminação das assimetrias regionais.»
«No seu discurso de abertura do VI congresso do MPLA, partido a que preside, José Eduardo dos Santos referiu-se ao termo akuakuiza (os vindos de outros lugares), expressão que indica a aversão dos nativos de determinadas regiões do país (Angola) em relação aos quadros de outras proveniências. Dizia JES que "tal comportamento é pernicioso" ao desenvolvimento do país e pediu mesmo o seu "enérgico combate". Se o apelo de JES já peca por tardia, pois os técnicos e quadros doutras regiões há muito são catalogados como estrangeiros no seu próprio país, JES cometeu igualmente um lapso ao não ter apelado ao combate generalizado destas práticas separatistas e tribais a todos os níveis e sectores de actividades do país, referindo-se somente ao combate dentro do seu partido. De um homem que preside o maior partido e o país esperam-se, sempre, discursos de Estado e não circunscritamente partidários, como foi desta vez. Resta-nos agora aguardar que o MPLA, partido que governa Angola, inicie a luta contra a exclusão ou xenofobia interna e que esta luta se estenda no mais curto espaço de tempo a todos os segmentos da sociedade angolana. JES terá também de orientar um minucioso estudo sobre as causas deste destrato que sofrem os angolanos que se dirigem em missões de trabalho a outras províncias (bem identificadas), para se saber se estarão por trás disto sentimentos meramente separatistas, políticos, ou se motivados por "atraso" cultural (acentuada iletracia), falta de oportunidades ou doutra índole, pois regiões há onde se preza mais o estrangeiro branco do que o negro angolano doutra província.» In http://mesumajikuka.blogspot.com/
Só o que faz a Ajapraz, o Fundo Lwiny, a Fesa, o Movimento Nacional Expontâneo, e tudo o mais partidário está certíssimo. Desde que se idolatre o Chefe está tudo bem. Quem não o fizer incorre no crime, está ao serviço de um partido político, contraria o Chefe Supremo. E José Eduardo dos Santos adverte, discorda:
«Entretanto, exprime também a sua discordância com o facto de algumas ONG’s estarem a realizar tarefas e missões que competem aos partidos políticos.»
Em Luanda os fiscais do GPL- Governo da Província de Luanda, acompanhados por polícias e civis saqueiam, espoliam os bens da população. Isto mais parece outro Ruanda. Os próximos dias apresentam-se muito sombrios. É o retorno à barbárie. Esfomeados saqueiam outros esfomeados. Uma vendedora para reaver a sua panela com comida, o fiscal pede-lhe um cartão de recarga para o seu telemóvel. Entretanto o petróleo vai jorrando milhões de dólares que sustentam a FAMÍLIA opressora e a sua máquina de terror à Robespierre. E clamam que libertaram o povo angolano. As mulheres espoliadas enfurecidas gritam-lhes: «Devia vir mais o tempo das bombas para acabar com vocês!» Mas o nosso querido Líder tranquiliza-nos quanto à situação, emancipação da mulher angolana e assegura-nos:
«A mulher angolana é a principal guardiã do nosso legado histórico e cultural. É ela quem melhor transmite às novas gerações os valores positivos da nossa cultura, as nossas línguas, tradições, usos e costumes e as bases iniciais para a socialização das nossas crianças. É um papel insubstituível que devemos preservar e enriquecer com a contribuição do homem.»
Imagem: combate Marxista-Leninista). Dos dezoito textos, catorze descrevem o ...
homenshonrados.com



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