sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Neste campo da morte do sumariamente executado





República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos
10 de Novembro
Rui Ramos. BENGUELA – “O governador provincial Issac dos Anjos acaba de exortar a comunidade de portugueses residentes em Benguela a estar presente amanhã no estádio de Ombaka no acto central da comemoração da Independência, a fim de mostrarem inequivocamente que não apoiam os actos de alguns lobbys que pretendem desestabilizar a relação estratégica Angola-Portugal.” No Facebook
Na república dos desaparecidos: Isto vai aquecendo, aquecendo, aquecendo, até que o calor se torna insuportável e há que dele nos libertarmos, antes que ele nos queime, e nos leve para a fornalha dos desaparecidos. Esta pátria está libertada, mortificada.
O problema do MPLA é que ainda tem alguns elementos que nos tratam como se fossemos súbditos de Idi Amin Dada. Por exemplo, até nos usurpam o direito mais elementar da sobrevivência das pessoas, o dormir, como se ainda vivêssemos sob a constante tortura dos gulagui, dos campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos e outros no tempo de Estaline. Uma barulheira infernal que faz estremecer prédios. Isto já acontece há mais de dez anos, ali nas traseiras da Pomobel, imediações do Zé Pirão. Já várias vezes denunciaram e condenaram, mas nada. Quando uma cidade vive sem lei, ao sabor de algozes, tudo é possível acontecer… e já acontece. Neste momento a situação apresenta-se já muito tensa devido ao caso do jovem Nito Alves e da execução sumária – à vinte e sete de Maio - dos jovens Cassule e Kamulingue, cujos corpos foram lançados ao rio infestado – para festim - de jacarés.
11 de Novembro
Pelo barulho estão a lançar fogo-de-artifício - só faltava mais esta - ouve-se em vários locais, estão a festejar as mortes de Kamulingue e Cassule? Não me admira absolutamente nada, porque esta gente só prima pela vulgaridade.
Este tiroteio não me está a cheirar nada bem, está muito esquisito, parece haver uns sons a mais que nada têm a ver com fogo-de-artifício.
As crianças já estão cheias de medo. Estes tipos só sabem fazer tiroteio. A esta hora não devia ser permitido o tal fogo-de-artifício para comemorar a independência do petróleo deles. A selva, cada vez mais selvagem.
12 de Novembro
Agora nas manifestações já não vão mais utilizar os habituais métodos, agora lançam jacarés. A cidade vive aterrorizada pois por jacarés está sitiada.
Quem é que disciplina um general indisciplinado?
"Temos cada vez menos crianças de 5 anos a irem para a escola", Nelson Pestana Bonavena, na dissertação do tema "A dignidade da pessoa humana, seus direitos, pobreza e exclusão social.
13 de Novembro
Na Rádio Ecclesia: No município de Marimba, província de Malanje, as crianças atravessam a fronteira para estudarem na RDC - República Democrática do Congo. É difícil recrutar professores angolanos porque eles ficam alojados em habitações sem água e sem luz e fogem.
Em Moçambique o reino de Gueus e em Angola o reino de Jeus.
Notícia a aguardar confirmação e mais desenvolvimento. Algures em Luanda: uma mãe atirou-se com os seus três filhos para debaixo do comboio em movimento. Um filho escapou ileso porque um senhor que estava próximo conseguiu salvá-lo. O desespero devido à miséria avança que só resta a morte como salvação. Os estrangeiros que nos governam e os outros que nos invadem piores que vampiros, é tanta a judiação que não tem nada do outro mundo, o culminar de uma revolução. O terreno está a ser bem preparado.
Reginaldo Silva e o comboio que ampara suicídios: "Em Luanda, uma senhora atirou-se hoje com três filhos para debaixo de um comboio que passava em alta velocidade. Apesar dos esforços dissuasores da população que se encontrava no local do crime, a malograda consumou o suicídio, tendo provocado em simultâneo a morte de um dos filhos e ferimentos graves aos outros dois. Quando se chega a este ponto de ruptura, a explicação só pode ser uma..."
14 de Novembro
E assim se enriquece facilmente em Angola.
Kwanza-Norte: empresa de segurança não paga aos seus funcionários. Eles reivindicaram três meses de salários em atraso, subsídio de férias, 13º mês e foram… despedidos. In Rádio Ecclesia.
Erik Charas, Facebook. Por americo Uamusse no FB do Jornal@Verdade.
"Nao é a política que faz o candidato virar ladrão. É o teu voto que faz ladrão virar político..."
Caramba! Porquê que apenas os proprietários da nossa liberdade e do petróleo e os estrangeiros agora angolanos têm direito às riquezas de Angola, e os agora estrangeiros angolanos têm direito a lágrimas? PORQUÊ?!
Quando os bispos e cardeais andarem de porta em porta a pregar o Evangelho e lutarem contra a escravidão imposta ao povo que dizem ser de Deus, alimentarem-se e viverem da caridade de cada um, então sim, talvez acredite na Igreja e em Deus.
E a mãe com os seus três filhos lançou-se para debaixo do comboio de alta velocidade para se libertar das infindáveis torturas dos carrascos?
E sabem que mais? Quase quarenta anos depois, faz um mês que tenho água – posso dizer – 24/24 horas. E a energia eléctrica também há um mês que está aceitável. O lixo continua a ser recolhido com normalidade, sem lugar a reclamações. Será que o mano Zé Du ouviu as minhas súplicas? Mas ainda há muito, muito para fazer. Mas não deixa de ser surpreendente.
15 de Novembro
E tudo continua na mesma, mais um apagão das 08.49 às 09.38, para pouco depois às 09.44 outra vez a energia eléctrica bazar.
E no cumprimento da palavra de ordem, vamos invadir Angola, os tugas exemplarmente invadiram-na, roubaram-me o emprego com as suas empresas piratas de contabilidade, pois até uma empresa do ramo automóvel também executa contabilidade e eu não posso lamentar-me, tenho que aceitar isto como absolutamente natural. Em Angola tudo é possível, pois até existe uma igreja do fogo de Deus, só não sei para incendiar o quê. Quem é que desestabiliza Angola? Qual será a solução final para jovens licenciados que não conseguem emprego pois estão todos colonialmente usurpados? E os outros milhares de jovens desocupados a venderem qualquer coisa para sobreviverem? Que bomba este rastilho incendiará? Por quanto mais tempo esta situação se manterá, pois que a miséria está generalizada, e a instabilidade cresce. Só não vê quem não quer, porque estão todos direccionados para a cegueira petrolífera.
16 de Novembro
A energia eléctrica chegou às 00.51 horas.
Uma boa notícia: a Rádio FM STÉREO já chega a Benguela e ao Namibe. A Rádio Ecclesia não.
O terrorismo de estado não é terrorismo?
Os jacarés devoraram-nos a energia eléctrica: outra vez sem conseguir assumir compromissos. Porque é que falei, devia estar calado. Convenci-me de que a energia eléctrica estava aceitável, afinal está outra vez inaceitável. Quem me manda ser parvo? E com a fábrica do fumo dos geradores, a vós ávidos pelo dinheiro espera-os e às crianças, o cangalheiro.
Isto está como um dique: primeiro tem uma pequena fenda à qual ninguém liga, depois a fenda alastra como uma ferida infectada. Depois a fenda origina outras que ficam incontroláveis, e finalmente é enxurrada por todos os lados.
Porque será que continuo apócrifo no Club-k.net? Alguém me pode explicar – já que o Club não o consegue – o porquê de tal proibição? Será que o Club recebeu instruções para me banirem? 
17 de Novembro
E disto não saímos, este navio está inavegável. Mais outro apagão das 14.19 às 20.19 horas. Logo depois outro, das 20.29 às 21.28 horas.
18 de Novembro
A tortura dos apagões prossegue. Mais outro das 00.21 às 00.57 horas.
Mas, o ministro da energia e águas, João Baptista Borges, garantiu-nos que o abastecimento de energia eléctrica à cidade de Luanda seria normalizado. Vamos viver eternamente na mentira? Na destruição das nossas vidas? Pois é, já sei! As torres, os condomínios, os prédios e a cidade do Kilamba consomem tudo, e para nós zero, como sempre, porque nós não somos pessoas.
Qual é a diferença entre um psicólogo cristão e um psicólogo não cristão?
Sinceramente que não vejo o futuro de África. Moçambique: Valentina Guebuza (filha do presidente de Moçambique, Armando Guebuza) inaugura jacto especial do Estado para ir assistir a um desfile de moda. (Canalmoz)

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