Vêm
para Angola em bandos
Para
o reerguer colonial
Os
empresários dos contrabandos
De
Angola e Portugal bifacial
Deus
te salve Angola
Isto
está cheio de escumalha
O
teu povo vive da esmola
No
corre-corre da metralha
Em
Angola já não há família
Nem
amigos, só inimigos
Sempre
em sono de vigília
Adormecem
os mendigos
E
quando a oposição hibernada
Do
seu sono profundo despertar
Mas
que coisa mais danificada
Será
que nos vai comunicar?
A
hipocrisia avança imparável
Nos
acordos da cooperação
Oh!
Esta escravidão é admirável
Vale
tudo, é a neocolonização
Agora
chamam-lhe de marciano
Eis
que outra vez se canta o fado
Não,
não, já não é angolano
Jaz
nas modernas galés algemado
Empresas
tugas em Angola?
Ou
acampamentos de ciganos?
Fazem
dos angolanos uma gaiola
Oh!
Como estes tugas são insanos
A
agonia, a desgraça de Portugal
Exporta-se
com fúria para a colónia
Atiçando
as chamas do seu fogo letal
Dos
tugas sem norte presos na insónia
Os
algozes ordenaram aos lusitanos
Escravizem-nos,
chicote nos angolanos
Conforme
a pauta dos direitos desumanos
Pilhar
para a Metrópole, mais alguns anos
Angola
vende-se aos corruptos
E
a quem a quiser comprar
Nos
hospitais vive-se de lutos
E
o povo dela não vai beneficiar
As
ruas têm que levar limpeza
Porque
a estrangeirada desgosta
Em
Portugal não há pobreza
E
Angola é uma humana bosta
E
dos destroços de África
Os
estrangeiros ganham o pão
Da
sua milenar fábrica
Onde
da corrupção nasce a revolução
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