Ai este Poder
Que só o deixo
Quando morrer
Já chegou?! o
guardião da democracia
No lago angolano
fundeado
Amarado no porto
da cleptocracia
Desastrosamente
capitaneado
Apenas caçadores
na caça do lixo
dos opressores
E nos
necrotérios cadáveres para
os cemitérios
No país dos
nossos santificados
senhores
Um império
sobrenatural prenhe
de galdérios
O golpe de
estado anunciado
Neste país de
sonhadores
Onde o povo vive
açoitado
Nas noites e
dias assustadores
Mais um péssimo
ano novo
E os tugas saem
da colónia
Não pagam os
salários do povo
De férias vão
para a parvónia
Ó Liberdade vem
até mim
Liberta-me desta
devastação
Deste inferno diário
sem fim
Sem direito a manifestação
Diariamente a
moda da notícia
Surgiu mais uma
vala comum
Mas que prazer,
que delícia
Neste mundo do
lugar-comum
Nesta terra é tudo
muito bonito
Tem um povo muito
pacífico
2014 mais um ano
incógnito
Nos saúda, nos
desafia maléfico
Um povo humilde
e acolhedor
Um povo único,
maravilhoso
Com um pôr-do-sol,
esplendor
Que vive no medo
do impiedoso
Quem conhecer,
desejar Angola
Dizem os tugas:
ou a ama ou a odeia
Para eles é
doce, para nós é a gaiola
De facto e de
jure somos uma aldeia
Lá na tuga
empregados de limpeza
E nesta colónia
muito inteligentes
E sábios chefes
com muita nobreza
Que nos vendem
as suas aguardentes
A hipocrisia
prossegue vitoriosa
Renova-se a
eleição do colonialismo
Nesta
demonstração desastrosa
Virá sem dúvida
o catastrofismo
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