segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

AOS QUATRO VENTOS





Digo-lhes calma e claramente que Angola vai ficar muito mal porque não tem quadros. Tem muitos políticos, muitos psicólogos, muitos economistas, muitos advogados, não tem engenheiros, não tem contabilistas, portanto não tem contabilidade, e sem isto nada há a fazer. Parece que não mas Angola está numa situação caótica. Angola vai muito desastrada. O muangolé não gosta de quem sabe muito, afasta-o com receio de perder as vantagens profissionais e do receio do ficar sem o seu grupo mafioso.
Esta sociedade é alcoólica, o muangolé bebe muito, desmesuradamente. O muangolé está a beber a um ritmo alucinante. Esta pátria é alcoólica. Angola tem que importar muitos, muitos quadros porque com alcoólicos Angola sofre constantes inundações de álcool. Angola afunda-se num mar de álcool.
A formação escolar é, pode-se dizer, miserável. O muangolé está completamente subjugado pela feitiçaria, na verdade ela é que comanda, dita as regras. Não há nada que não se faça sem feitiçaria. O feitiço está presente em tudo e em todos. O muangolé não faz nada sem o quimbanda.
O muangolé está f.o.d.i.d.o!
Assim os próximos dias são cruciais para o futuro de Angola. Ou segue o rumo da ciência, ou fica à mercê dos charlatães, de seitas religiosas, de criminosos, de gatunos, de demagogos, do jornalismo incipiente, etc.

A baixa de Luanda é hoje um cemitério, a partir das 20 horas. Não há luz, não há movimento. O Palácio da Pena, onde ficava a saudosa Lello, devia estar também já com o destino traçado - esperemos que a nova governação impeça mais esse crime - lá está, aguardando o camartelo. Destruíram o Hotel Turismo para lá ficar um vazio, não há, salvo raras excepções, restaurantes, espaços de convívio, bares, salas de música, aquilo que é, afinal comum, principalmente para aqueles que tanto viajaram e nunca se preocuparam, no mínimo, em copiar bem aquilo que tanto elogiam e mostram conhecer. Ainda dá para salvar Luanda? (Novo Jornal On Line 12/01/18)

folha 8, mais do que um jornal, uma grande desgraça.

Como tal, a também jurista defendeu que "o Estado de Direito Democrático não precisa de ter operativos paramilitares espalhados ou infiltrados em todos os serviços públicos, nas empresas públicas, nos bancos, nos bairros, enfim...em toda a parte".
Segundo Mihaela Webba, "é por isso que as verbas para a segurança nacional [e Defesa] continuam praticamente inalteradas", estando fixadas, no relatório de fundamentação do OGE para 2018, em mais de 975 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 21,27 por cento de todas as despesas do Estado.
"Há muita gente que não produz e vive à sombra do OGE com a capa de agentes da segurança de Estado", reforçou a parlamentar. (Novo Jornal Online,18/01/18)

Sms de um amigo: Devo lembrar-te que esta merda está no caos do cais acostável final. As cenas diárias terrificam, correm além da imaginação. Como o Titanic ao encontro do icebergue.
Fico em pânico só de pensar que não há investimentos, ninguém fala de economia, são todos políticos. A gestão dos pretos, como escreveu Sousa Jamba no Novo Jornal. Sem engenheiros, sem técnicos de contas, etc., sem quadros, só se forma políticos. É o vertiginoso regresso à escravatura. Uma coisa é certa, sem capital humano é selvajaria garantida. Mais um país africano de mão estendida a mendigar. É a fúria do ciclone da fome. Aumento dos combustíveis, água, luz, impostos, taxas, etc. Num país de desempregados sem injecção de financiamentos dizem que é genocídio. 

A miséria sempre existirá, e nunca acabará porque na criação das sociedades ela tem o seu estatuto devidamente implantado. 
Porque será que o governo não acaba com os geradores e obriga ao uso da energia solar? Porque por trás está sempre a negociata do matar para facturar, como há muito acontece com o banco do terror, o banco millennium na rua rei Katyavala, que com o seu gerador mata os moradores com o seu fumo da morte.
E também a célebre promessa da fumigação para acabar com os mosquitos. Até agora não vi nada, porque por trás disto estão as empresas que facturam com a venda contra a malária. E como não querem perder o milionário negócio, é deixar matar para que o reino da impunidade se mantenha.

Enquanto a estrutura marxista-leninista não for desmontada, nunca passaremos do mesmo, disto.
O banco millennium na rua rei Katyavala, em Luanda, voltou à destruição, o que mais sabe fazer? Sempre na senda do quanto mais se destruir melhor, pois o mais importante é ver o capim crescer, é esta a aposta na agricultura. 
Este banco marxista-leninista, depois de 25 dias, até ao dia 16/01/18, eis que volta outra vez a ligar o gerador. Hoje, 23/01/18, com início às 08.41 e durante quase 20 minutos lançou fumo como se fosse um vulcão, fumo para matar. Depois o gerador continuou ligado não se sabendo por mais quantos dias. Já se chamou bastas vezes a atenção a essa ente maldita, incluindo o de criminosos e de selvajaria qualificada, mas nada. Além disso roubaram o terreno. Isto só se pode explicar assim: o poder popular marxista-leninista continua intacto. O incrível da gestão marxista-leninista é quando rebentam com uma fase da energia eléctrica, não querem saber, ligam o gerador e pronto. De cada vez que o carro vem abastecer gasóleo, são 1.200 litros, a 135 kwanzas, dá 162.000 kwanzas. Como é possível esbanjar assim dinheiro? Pois, a gerente é uma pobre coitada, está no local errado, a coitada sabe lá o que é gestão. Mas como está tudo errado, é a selvajaria que prevalece, isto está como que no poder de células terroristas. O que fazem, matar sem dó nem piedade, é o mesmo que lhes desejo, a eles e às suas famílias. Que tenham o inferno que merecem, pois dele não escaparão.

O panorama é assustador para Kamba Pedro, que trabalha numa empresa de segurança privada como guarda. A ganhar 25.000.00 Kz e pai de sete filhos, Kamba já começou a refazer as contas. "Se os preços dos produtos já atingiram níveis insustentáveis para os consumidores, com o aumento de impostos, da água e da luz, como vou sobreviver?", questionou, contando que até ao momento não conseguiu confirmar as matrículas dos filhos. (Novo Jornal Online 24/01/18
Que 2017 foi o pior ano de Angola, então esperem para ver como será 2018.

Eram dois gatos, subiram as escadas do prédio, um teve sorte, abriram-lhe a porta e deixaram-no entrar, conseguiu um lar. O outro não, não teve sorte, ficou sem lar.

De um alcoólico inveterado, veterano: beber é cultura é conhecimento.

Como pensar em grandes transformações, se nosso povo continua à mercê das mesmas doenças e limitações, há muito abolidas nos países desenvolvidos?
…Desconhecida a sua causa, os sifilíticos chegaram a ser tão discriminados quanto os leprosos, sendo que muitas vezes uma doença era confundida com a outra. Quando se percebeu que era através do contato sexual que a doença era transmitida, as prostitutas passaram a sofrer forte perseguição, como nos mostra esta pregação, feita por um dos maiores anatomistas da época, o francês Sylvius, em 1567:
“Aprende a odiar a libertinagem das prostitutas mais que a dos cães e das serpentes. Odeia o seu olhar impudico, os seus gestos tentadores, as suas conversas sedutoras, o sorriso dissimulado dos seus lábios, os seus seios erguidos para a corrupção”.
…Ao mesmo tempo em que a mídia exalta os grandes avanços de uma ciência cada vez mais apoiada em uma tecnologia cara e complexa, recursos a cada dia mais escassos têm que ser administrados para fazer frente a um imenso desafio. Como atender às populações mais carentes, sujeitas, ainda hoje, à falta de saneamento básico, carências nutricionais de toda ordem, exposição a vários tipos de endemias, acesso limitado a um sistema público eficiente, com carência de moradia decente, sem acesso à informação, expostas diariamente a vários tipos de violência física e psíquica, sem acesso ao lazer e sem uma formação profissional que lhe permita obter uma renda digna?
O modelo atual, que privilegia o tratamento, gera um considerável consumo do dinheiro público, além de transformar o Estado em mero repassador de recursos do setor público para a iniciativa privada, em detrimento dos reais interesses da ampla maioria da população.
…Além disso, em sua maioria as faculdades não estão contribuindo para a colocação, no mercado de trabalho, de profissionais adaptados às novas demandas e desafios exigidos pelos problemas de saúde que serão prevalentes no século XXI.
Neste século, prevê-se o aumento das doenças psiquiátricas (principalmente a ansiedade e a depressão), das doenças relacionadas ao tabagismo e as sexualmente transmissíveis (ligadas ao sexo não seguro), além das patologias a elas associadas. Também aumentará de importância a violência urbana (com suas consequências em termos de saúde pública) e com a maior expectativa de vida maior número de pessoas com idade avançada deverão necessitar de mais atenção dos serviços de saúde. (Medicina Uma Viagem Ao Longo Do Tempo, de Eurico de Aguiar. 2010)

Um vizinho foi no bairro Prenda, de dia… estacionou o seu carro e pouco tempo depois, ele não demorou muito, e quando chegou o vidro da porta da frente do lado direito já não estava. Isto é alta mestria ou quê?
A vizinha recém-chegada, a tal que gastou um monte de dinheiro na reabilitação do apartamento depois de o comprar, de quem lhe vendeu foi para beber, beber até o dinheiro se acabar e que segundo testemunha já está com a cabeça avariada de tanto beber que já não reconhece muito bem quem habitualmente convivia com ele, pois, a vizinha foi assaltada, roubaram-lhe, segundo ela, seis milhões de kwanzas e algumas joias só que a porta não aparentava sinais de arrombamento. Na vizinhança há quem afirme, garanta que ela é gerente de um banco e que quando sai de casa transporta dois sacos cheios de dinheiro.
Na Rádio Despertar, foi noticiado que nas indústrias ABC seis trabalhadores foram despedidos por exigirem o pagamento das horas extraordinárias.

Passam quarenta minutos da meia-noite, um jovem solitário caminha no passeio, vai com um saco às costas, desses que ganharam o hábito universal, toda a gente o usa em qualquer parte do mundo, quando repentinamente é atacado por outro jovem maluco, desses que deambulam, fazem da rua a sua casa. O jovem do saco enfrenta-o, afasta-se, tira o saco das costas e encosta-o a uma árvore, vai para a luta. O assaltante corre para outra árvore onde estão algumas pedras, carrega-as e arremessa-as contra o defensor. Das pedras atiradas nenhuma acertou no alvo, um milagre, perderam-se na rua. O jovem do saco grita-lhe para parar porque senão ainda vai acertar num carro, mas qual quê. De repente o maluco parou e como uma magia desapareceu. Dos vários seguranças presentes nenhum se intrometeu porque têm ordens superiores para não ligarem ao que se passa à sua volta, só seguram o que for dos seus clientes, mas com tanta bandidagem no país dos desempregados sem direito ao fundo do desemprego, os seguranças têm as vidas contadas.
O tempo vai passando e os maus dias se vão perpetuando e a vida encurtando, adiando. Até agora nenhum corrupto, gestor da tuji, charlatão, colarinho branco foi para a prisão. De corruptos estamos inundados como enxames de mosquitos da malária. Começa a desanimar porque nada vai melhorar. Tudo o que é negativo assusta, duramente permanece, as almas ensombrece.
Segundo a Rádio Despertar, 10/01/18, as ordens de saque do governo de Benguela para pagamento às empresas da recolha do lixo não têm cobertura bancária.

E sobretudo, manos e manas, não se deixem embalar pelo canto da sereia dos charlatães que abundam como varejeiras, porque depois os adormecem e ficam em poder de um, ou dois indivíduos muito perigosos, é sempre assim, ferozes ditadores. Um deles de vez em quando aparece na Rádio Despertar e fala como o Tarzan a cagar no deserto.
Aqueles que tudo fazem para enriquecer e para tomar o poder matando os seus semelhantes, dizimando tudo e todos, são o perigo da destruição da humanidade. Há que manter sempre luta contante contra tais mentes diabólicas. Nós temos que viver e eles têm que desaparecer?
Esta é a cidade do prazer mórbido de matar pessoas.
Não há empresários, há mercadores de escravos.
Onde há muita miséria, as igrejas enchem-se de fiéis na vã esperança que Cristo ressuscite e tudo inunde de comida, porque é sempre a única esperança que existe de resolver o problema da fome. Mas não se fala de demolir os governos que trazem a peste da miséria e da sua inseparável amiga, a fome, porque tais governos são eleitos por Deus.
E muita chuva de miséria e de fome desabou em Angola.
O fanatismo da religião enlouquece.
Num país onde a lei é “pode-se ir queixar onde quiser” como é que esse país acabará?
E o povo angolano escolheu, decidiu que prefere continuar na escravidão.
O dinheiro mal utilizado causa muitos estragos, o exército de desempregados e depois na condição de exército de famintos que o digam.

Como se fosse a coisa mais natural do mundo, junto à Liga Africana a queima do lixo continua. E com o fumo tóxico produzido não há problemas se alguém morrer, porque esta é a grandiosa pátria da morte, dos investimentos da morte.
Se isto está de fugir, como querem que haja investimento estrangeiro?

O que acha da situação actual dos mercados financeiros indianos?
Acho que não podemos subestimar o impacto dos estímulos económicos do BCE. Nem o recuo da onda de liquidez derivada da alta nas taxas de juros da reserva dos EUA.
Frida Kahlo?
Bem, além da aquisição feita pelo Louvre em 1939, ela não foi reconhecida até surgir o movimento artístico Mexicano no final da década de 1970.
O renascimento mourisco?
O palazzo sammezzano, na Toscana.
Tecnologia Bluetooth?
Que, é claro, deriva do nome do lendário rei dinamarquês Harald Blatand, cujo nome é “Bluetooth” em inglês. E o logotipo do Bluetooth são as iniciais dele em runas nórdicas. (Do filme, Kingsman The Golden Circle, 2017)

Se Angola é um dos países mais ricos do mundo, um paraíso como alguns portugueses lhe chamam, então como é que está considerada como o segundo pior país do mundo para viver?
“Afinal de contas, porque deverá um investidor de capital de risco investir o seu capital num projecto, se os seus próprios promotores não estiverem dispostos a investir o seu dinheiro?” (Revista Ideias e Negócios, Fevereiro de 2003)

A banana da morte
Falam que na rua há bananas envenenadas, envenenam uma e quem tiver o azar de a comprar morre envenenado. Se isto for verdade, do que não duvido porque estamos nos momentos agonizantes, do descalabro, da grande trapalhada, dos preços que sobem, da fome violenta, onde tudo é possível, e isto quem o faz é para satisfazer o desejo de vingança nos inocentes, como sempre.
Da maneira que tratam as populações, as pessoas, os trabalhadores, depois ainda se admiram quando há revolta, violência gratuita, morte, muito triste, mas é a realidade.
Tantos que morrem antes do tempo, ou como as crianças não chegaram a conhecer um pouco da vida porque os adultos mataram-nas, não as deixaram viver. E haverá crime mais abominável que este?

São sempre os mesmos, ou outros com outras máscaras faciais, nos mesmos lugares e disso não passamos.

Imagem: Sérgio Piçarra, Novo Jornal Online, 02/01/18

sábado, 3 de fevereiro de 2018

CÉUS E TERRAS



Os fazedores de países falidos ou os democratas/demonistas
Efeito dominó
No início a revolução, no fim a dizimação
Nunca o Altíssimo esteve tão baixo
Nada se faz sem feitiçaria, está na ordem do dia
Capitalismo selvagem é terrorismo

O capital humano
Ignoramus et ignorabimus, ignoramos e ignoraremos.
Gestores do import
Dizem-me, mas eu não acredito que haja alunos na Universidade que não sejam capazes de uma Leitura Corrente, para não falar já da Leitura Expressiva. Este boato (tem de ser um boato) serve de justificação para que eu ponha o meu filho na África do Sul, onde a leitura nem é corrente, nem expressiva, é inglesa. (Dario de Melo, Novo Jornal Online, 11/01/18)
Requiem para a empresa STI-Soluções de Tecnologias de Informação e Consultoria, LDA, ali no bairro Nova Vida, e outras empresas/cantinas.
Quase a meio do mês de Dezembro disseram aos trabalhadores para irem para casa e para voltarem no dia 08/01/18. Entretanto os empresários/cantineiros foram para Portugal e lá passaram o Natal e o ano-novo, gastando rios de dinheiro que chegariam muito bem para pagar aos trabalhadores. Na data aprazada os coitados trabalhadores assim fizeram, lá chegados um empresário/cantineiro disse que as coisas estão muito mal, e que blá, blá, e que mesmo assim gastaram em Portugal muito dinheiro em materiais (?!) para venderem em Luanda para conseguirem dinheiro para pagar os salários. Disseram aos trabalhadores para irem para casa e lá aguardarem por instruções. Por volta do dia 20/01/18 lá enviaram um sms para que os trabalhadores comparecessem numa reunião. Lá foi dito que até antes do final de Janeiro seria pago o mês de Novembro. Entretanto, enviam sms para um trabalhador informando que no bairro Talatona há muito trabalho. O trabalhador responde que não tem dinheiro para apanhar o táxi, é-lhe respondido que já vão enviar dois mil kwanzas pelo multicaixa, mas o dinheiro tarda a chegar inviabilizando a ida do trabalhador. Ou para ir em casa do chefe arranjar o computador que está avariado. Porra! Que estes fdp gozam com as pessoas. Pois, a impunidade prevalecente protege os corruptos e a bandidagem empresarial. Por isso não se espera nada de bom, porque isto está como uma ilha de flibusteiros. O fim de janeiro chegou e nada, alegam que não têm dinheiro. O mês de Fevereiro chegou e mantem-se o silêncio. Está claro que a estratégia destes reles cantineiros é forçar os trabalhadores a abandonarem o trabalho para que não haja lugar a indemnizações. E depois contratarem outros, ficarem dois, três meses sem lhes pagarem, cantando-lhes a música anterior. O caricato disto é que há muitos empresários/cantineiros destes por aí, aos montes, são todos iguais, seguem a mesma estratégia, como se viessem de uma grande clonagem, quem sabe se não será verdade. 
No passeio junto ao prédio aproximei-me de dois jovens quase nos quarenta anos. Um vizinho grita,” olha os três contabilistas!” apressei-me a corrigi-lo para “Não, um técnico de contas e dois contabilistas.” Eles não gostaram, via-se perfeitamente nas faces que estavam bem chateados, então desafiei-os: “Tu, responde-me, o que é o cash flow?
“O cash flow? São as entradas e as saídas do caixa. “
E para o outro: “ E tu diz-me três contas do passivo.
” “Fornecedores, clientes e o OGE.”
Ainda perguntei no primeiro para ele me fazer o movimento de um cheque que veio devolvido pelo banco e que posteriormente o cliente pagou por depósito em numerário, e que este movimento foi efectuado fora do caixa. Ele não me soube responder.
E estão inscritos na ordem dos contabilistas de Angola.
Uma jovem é contabilista numa muito conhecida empresa estatal, chegou o momento de fechar as contas e a pobre coitada disse que afinal isso de contabilidade é uma coisa muito difícil, e que vai sair da empresa porque não aguenta o embate.
Outra jovem entrou na universalidade para estudar economia mas não sabe nem nunca ouviu falar de John Maynard Keynes (1883-1946), e de Adam Smith (1723-1790).
Ainda outra jovem que está numa universidade a estudar direito e também nunca ouviu falar, não sabe quem foi Caio Júlio César (100 a. C.-44 a. C.)
Gerir empresas é ter muitas mulheres e levá-las à falência. Se não têm vocação empresarial nem intelectual, o que é que os pobres coitados estão lá a fazer? Isso mesmo, aldrabar, destruir.
Bancos/cantinas, empresas/cantinas, assim vai Luanda, do que resta de Angola nem adianta falar, está pior que o deserto de Atacama.
Estamos a ficar encurralados
O que move um país é o capital humano, não o tendo fica-se na selvajaria.
E se algum trabalhador das empresas da tuji diz a alguém que ainda não recebeu, esses empresários da tuji ficam muito chateados e fazem ameaças aos trabalhadores escravos.

Música muito alta de desconjuntar a estrutura óssea, muito álcool e “vou-te bater! Vou-te bater!” sem dúvida alguma que é a casa de um muangolé.
Viver entre irresponsáveis, como não podia deixar de ser, é também uma das maravilhas de Angola.
Eles no palácio da riqueza e nós nos porões da miséria da incerteza.
Devido ao ambiente de selvajaria instituído, as crianças são quem mais sofre, mais precocemente nos dizem o adeus, o nunca mais voltar. Que gente é esta que tortura diariamente as crianças e as privam da vida. E não se cansam destes horrores, pelo contrário, mais os incentivam porque para psicopatas assistir crianças no último suspiro… é um dever revolucionário.
Amanhã é outro dia, dizem os alcoólicos.

O porquê da demora dos carros da fumigação a trabalhar, porque os enxames de mosquitos não dá mais para aguentar. Com hospitais que fingem que estão a funcionar. E querem-nos matar.
Onde está a tão prometida fumigação? Desviaram as verbas? Desviaram as viaturas?

Porque é que em Angola a Internet ainda é um luxo, apenas acessível a uns poucos?

23/12/17. Faltavam dois dias para o natal, os bêbados já festejavam com força. Não sei, até fujo de pensar como será no ano novo. A minha preocupação é como é que as crianças se vão salvar, essas pobres indefesas que vão desaparecendo devido aos excessos alcoólicos do beber até cair, do desmaiar até não mais se levantar.
Luanda é como que um gigantesco saco de lixo que se rompeu e se espalhou por todo o lado, suculento pasto para cães, gatos, mosquitos, crianças e outros fossadores. 
Porque não se declara Angola um Estado falido? Sem investimentos é mais um campo de concentração. Depois de tanto andar, depois de tanto déjà-vu, sinto-me como no derradeiro adeus ao Titanic no porto de partida na viagem inaugural, vendo os lenços a acenar da multidão. A nossa vida é um Titanic.
Os constantes perigos que ameaçam a nossa vida, terramotos, ciclones, maremotos, fortes tempestades seguidas de inundações, escapar da morte constante da malvadez humana, e sair ileso, faz com que seja um milagre chegar à terceira idade.

Ó diabo será que mudam-se as pessoas e continua tudo na mesma?
Viva esta república dos medicamentos falsificados e prazos de expiração adulterados.
Cada vez mais longe da civilização.
No hospital Boa Esperança, algures em Luanda, são atendidos diariamente quinze casos de abusos sexuais.
Até agora, as medidas para por a economia em marcha foram administrativas, se não se alavancar a economia de imediato, um novo abismo será criado. Isso de política é para os fracos, economia, isso é coisa para alguns homens fortes, nunca para uma multidão de fracotes economistas.

Ah, pobres coitados que ficam muito felizes quando praticam o mal, quando olham para quem fazem sofrer e que estão em posição de o fazer. Não têm coração, são monstros disfarçados de humanos.
Por aqui a música é sempre a mesma: que ele roubou dinheiro, que o outro roubou dinheiro, todos a roubar. E a impunidade protege-os. Decididamente não dá mesmo.

Ó Angola, ó pátria dos trabalhadores escravos! Onde há trabalho escravo e onde não se pagam salários. E onde estão esses sindicalistas da tuji? Em conluio com o patronato? Tudo faz crer que sim, só assim se explica a escravidão dos trabalhadores.
E que ninguém jamais se esqueça que no folha 8, quem reclamar salários em atraso é acusado pelo superdemocrata william tonet e o seu sipaio, orlando castro, de agente do Sinfo, traidor, cobarde e muito mais.

Entretanto, mais uma estrangeira, uma portuguesa foi embora com o carimbo só ida, não volta mais.
E as empresas de construção civil portuguesas continuam a enviar trabalhadores para Portugal por falta de trabalho em Angola.
Num conhecido estabelecimento comercial um muangolé desembolsou por quatro garrafas de champanhe, do tal mais caro que não vale a pena citar a marca, cem mil kwanzas.
O panorama de todos os momentos: “Dá o dinheiro que roubaste do miúdo!” É alguém que persegue um jovem hércules que roubou o dinheiro de um miúdo que vende bolos na rua. O pedido mantem-se, “Dá o dinheiro que roubaste do miúdo!” o jovem hércules prossegue a sua marcha convencido de que vai escapar, mas já as pessoas se avolumam como formigas à sua volta, ele vê que já está cercado, e agora já é um coro de vozes que se agiganta, “Dá o dinheiro que roubaste do miúdo!” Já é uma pequena multidão que se reforça com mais transeuntes, o jovem hércules tenta furar o cerco mas é cutucado, ele reage violentamente contra quem o pretende agarrar, convencido da sua força hercúlea. Durante alguns segundos consegue, mas caiem-lhe todos em cima, uns seguram-no pelos pés e outros pelas mãos. Já está completamente imobilizado no chão. Um jovem retira-lhe a carteira, vasculha-a, pega no dinheiro e entrega-o no jovem saqueado, que depois a atira para o chão junto do seu dono. O jovem hércules levanta-se e põe-se a andar antes que a multidão se enfureça e lhe dê a sentença do pneu queimado.

Sobre julgamento de Manuel Vicente em 2022: Na Rádio Despertar, 25/01/18, jurista fala em desaparecimento de provas. Não consegui saber de quem se trata. Que raio de jurista é este? Como conseguiu inscrever-se na OAA?
Convém lembrar que Angola está infestada de charlatães e que é isso que a destrói.

Sempre sobre o banco Millennium na rua rei Katyavala
É abastecido semanalmente com 1.200 litros de gasóleo. Por semana são 162.000 kwanzas. Por mês 648.000 kwanzas. Anualmente, oito milhões de kwanzas, (arredondado). É assim que se faz a destruição da gestão bancária em Angola. Este banco não tem serviços de inspecção bancária? Assim é fugir de investir em Angola. Este país está mergulhado no lodaçal da charlatanice. Com tamanha multidão de incompetentes, não se vê como Angola se vai salvar, e por incrível que pareça ninguém nota isso, claro que não. Sim, há alertas, por exemplo, de Alves da Rocha, Carlos Rosado de Carvalho, e mais um ou outro, mas continua tudo como antes, de ouvidos surdos, só eles é que sabem, mais ninguém.
Se esta impunidade continuar então nada mais há em quem acreditar, especialmente nas falsas promessas de que isto vai mudar. Mudar para quem? Para os mesmos com outra roupagem? Se tudo está na mesma, ou pior? Rodeados de criminosos não se atraem investimentos, a instabilidade provoca a sua fuga. Um banco no centro da cidade depender exclusivamente de um gerador para trabalhar? Estão possuídos pelo demónio da destruição, só pode.
Um banco que mata os moradores com o fumo do seu gerador significa que o marxismo-leninismo está em pleno.
De portas e janelas fechadas para que o banco possa facturar, viver, e nos desgraçar, morrer. Como é possível esta bandidagem fazer o finca-pé da barbárie? E ainda no tom habitual de quem é dono desta m.e.r.d.a afirmar ditatorialmente que “vão-se queixar onde quiserem!”
Se isto funciona assim, é porque há consentimento de quem governa. Muito, muito deprimente, muito tumultuoso, muito brevemente.
“No momento em que o homem não conhece nenhum limite para seu poder, ele começa sua autodestruição”. (Claude Lévi-Strauss

Gestão dos pretos: A deputada Tchizé dos Santos, num desabafo resultante das falhas da TPA 2 que agora não é gerida pela sua empresa, escreveu "en passant" que as pessoas ficavam aborrecidas quando a má gestão era caracterizada como sendo típica dos africanos. Sousa Jamba. Novo Jornal Online 06/01/18

“Não creio que um jovem de 20 e tal anos, que começou a vender na rua, como é o caso do Tulumba, possa ter um avião privado. Fico estupefacta. Não sei aonde foi buscar esses biliões e com que garantias”, questionou a economista que associou o empresário a Kundi Payhama e considerou Bento Kangamba um mero ladrão de kinguilas que “não era ninguém” mas agora é bajulado… Mas “Milucha” não se ficou pela arraia-miúda. Foi mais longe e levantou fortes suspeitas sobre a actuação do DT Group, propriedade dos generais Leopoldino do Nascimento “Dino” e Manuel Hélder Vieira Dias Jr. “Kopelipa”. No final, foi lapidar: “Não têm que se preocupar só com os filhos de José Eduardo dos Santos mas com todos os ladrões do país”. (Correio Angolense)

“2018, o ano da diversificação da economia”.
EXPANSÃO 454 de 05/01/18
RUI SANTOS, PCA da SISTEC
Tudo aponta para que o ano de 2018 seja muito difícil embora se preveja que existam algumas novas regras que poderão melhorar as coisas a partir de meados de 2018. As duas questões chave são: a diversificação da economia de forma a que o País não fique dependente de um só produto em termos de comércio internacional; o aumento da capacidade real de energia eléctrica a fim das indústrias e do mercado poderem funcionar sem recurso a sistemas caros de energia alternativa.
ALVES DA ROCHA, Economista
Antigamente, na fase do partido único, de má memória, é que se definiam slogans como o da questão formulada “2018, o ano da diversificação da economia”. Claro que não, 2018 não vai ser o ano da diversificação, pois a diversificação é um processo (tenho escrito e explicado isto muitas vezes nas minhas crónicas escritas e faladas), que não tem nem começo, nem fim. É estultícia (tolice) pensar-se assim.
Ainda ALVES DA ROCHA
Ficou para mim claro, no Seminário do MPLA, que nem toda a sua gente pensa que a corrupção exista de facto no País e que mereça ser combatida. Envergonhadamente, alguns defendem que o problema não é o do desvio fraudulento de dinheiros públicos, não é a traficância de interesses, mas sim má governação. Claro que, quando há corrupção, há também má governação. Outros filiam-se nas tradições africanas enquanto outras abordagens desviam o problema para as influências estrangeiras, os lobies e os grupos de interesse. O pedido do Presidente João Lourenço de repatriamento voluntário dos 30 mil milhões USD que, ilegalmente ou ilicitamente, foram desviados da economia nacional, pode não ter o impacto esperado. Mas fica a intenção e o aviso. Só que parece que existem os maus e os bons vilões em Angola. Os maus são os que conseguiram colocar dinheiro fora do País (com conivências institucionais e pessoais que valeria a pena apurar) e os bons, os que, a despeito de serem corruptos e terem desviado dinheiro do erário público, passam agora por serem bons patriotas porque investiram o produto desses desvios ilícitos em Angola. Convenhamos.

Empresários do importar são empresários da tuji, das comissões pagas no exterior

Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um óptimo trabalho. E a única maneira de fazer um óptimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Steve Jobs
Agora não é o momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem. Hernest Heminguay
Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido.
Em cada despedida existe a imagem da morte. George Eliot
A Revolução Francesa foi fruto da situação de miséria e opressão pela qual passava o povo francês, assim como de uma corrente de ideias igualitárias, resultado da influência das doutrinas vitoriosas nos Estados Unidos. Com o crescimento de tais ideias começa o declínio de Luís XVI, fracassado administrativamente, incapaz de deter as despesas que cresciam assustadoramente. A corte impunha seu luxo com acinte e provocação aos operários e camponeses que morriam à míngua. Após várias reformas econômicas, sociais e políticas, as quais não surtiram o efeito desejado, (A Guilhotina e o Imaginário do Terror de Daniel Arasse.)

O novo Governo fez mudanças de pastas a nível superior, enquanto a nível inferior, as quadrilhas bancárias, financeiras e empresariais continua tudo na mesma, ou pior. Continuam a decidir tiranicamente pelas nossas vidas, como é o caso da quadrilha bancária do banco millennium na rua rei Katyavala, que há 16 dias lenta e seguramente mata os moradores com o fumo do seu gerador. Como se não bastasse, à boa maneira marxista-leninista, roubaram o terreno das traseiras do prédio que não lhes pertence, claro. Aguarda-se que a lei chegue para repor a legalidade desta bandidagem bancária e de outras bandidagens.
Não sei se o PR conseguirá acabar com tais quadrilhas. Se não o fizer de imediato corremos sérios riscos de morte das máfias que tendem a reorganizar-se com muita força. Sob a batuta dessas quadrilhas altamente perigosas não sei como será a curto-prazo. Ainda estamos mal, muito mal.

Banco millennium, um banco do Holocausto
Apelo ao PR João Lourenço
Excelência, de janelas e portas fechadas, mas mesmo assim o fumo consegue entrar quando o vento muda de direcção, e quando isso acontece tem que se fugir da cama porque há o risco de morrer sufocado. Há vinte e três dias que o fumo e o barulho do gerador do banco millennium, na rua rei Katyavala, matam lentamente os moradores. O terreno onde está o gerador foi roubado. Este apelo é feito porque nada nem ninguém demove tais criminosos assumidos, como se Luanda fosse uma cidade do tempo do faroeste norte-americano.

Imagem: Sérgio Piçarra, EXPANSÂO