sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Corrupção+alcoolismo+analfabetismo+fanatismo=famintos



República das torturas, das milícias, das demolições e das fraudes eleitorais
Diário da cidade dos leilões de escravos

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos.

Ó diabo! O TC, Tribunal Constitucional, indeferiu o requerimento da CASA-CE, onde requeria a sua transformação em partido político.
Afastem-se! Afastem-se! Abram alas! Deixem passar o circo da oposição.

“Angola sem dinheiro para actualizar contratos dos empreiteiros”. (Novo Jornal)

Nesta sociedade, no que dela resta, os assaltos tornaram-se uma vulgaridade que até já são considerados como se fizessem parte do dia-a-dia. Aceitam-se como uma instituição. Até já se fala em enviar militares para as ruas para combater os assaltantes, mas isso não resolve nada, mais parece uma guerra civil. No Cacuaco, Norte de Luanda, cidadãos oeste africanos fogem devido à onda de criminalidade. Com um país falido, que não investe no emprego nada há a fazer. È rezar para que não se seja o próximo a morrer.
Actue global na corrupção global. Actue global na lixeira global.
“Uma centelha alumia a chama, mas a vela só tem luz enquanto tiver pavio. As folhas caem da árvore uma vez por ano. A árvore continua a crescer forte e orgulhosa”. (Do filme Stargate)
Angola é lixeira dos outros países porque o que não presta vem parar aqui nesta grande lixeira.
Isto está a ficar porreiro está. A população está a regressar ao estado primitivo da selvajaria, sem dó nem piedade. Só se destrói vidas, é muito horroroso pensar no dia de amanhã. Estamos abandonados como num mar repleto de tubarões que nos devoram, se divertem em dilacerar as suas presas tingindo a água que fica vermelha de sangue.
Onde há corrupção epidémica, há miséria e fome, facilmente a epidemia da cólera se instala. Fica uma república de epidemias.
Onde há a mania de que governantes são super-homens, claro que dá super burricada, caos total e completo.

As confidências de Sindika Dokolo : "Não vejo ninguém mais competente e capaz do que a minha mulher (Isabel dos Santos) para pôr a Sonangol em ordem" (Novo Jornal)

“A bobina da corda é longa, mas o fim irá aparecer”. “No reino da esperança não há inverno”. (Provérbios russos.)

Do tempo passado só restam lembranças dos bons e maus momentos. Com muita saudade os bons momentos estão sempre presentes. Os maus são para afastar como se numa floresta assombrada fugíssemos de seres aterradores.  

A Unita diz que já não engole mais sapos. Presumo que agora esteja a engolir em seco.

Centenas de trabalhadores da função pública, em Luanda, não receberam o salário do mês de Dezembro. Outros apenas receberam 50%, devido à escassez da moeda nacional, o kwanza, revelou ao Novo Jornal uma fonte oficial.
Bruno Amaral: a vida na Banda é uma luta constante... Havias de ver o meu espanto quanto na Tuga me entregaram as 2 cópias de chaves em 2 minutos por 2 euros cada... Parecia parvo a olhar para o gaijo kkkkk Só quem cá vive entende o porquê.
“Seria, por isso, intelectualmente desonesto o mundo não reconhecer os angolanos como campeões mundiais do delírio! Senão - com recurso a um inevitável recuo a um tempo histórico - vejamos: logo depois da Independência inaugurámos uma padariazita - Kaxicane - e logo nos apressamos a catalogá-la como a maior panificadora de África! A seguir, fizemos da África Têxtil, em Benguela, um modelo fabril único no nosso continente, para anos depois acabar por ter um fim ruinoso”! (Gustavo Costa no Novo Jornal)


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O PARAÍSO PERDIDO A OCIDENTE (21)



Tinha alguns livros marxistas. Um deles era o Capital e quatro outras obras de Marx e Engels. Coloquei-os na estante do nosso posto de rádio. Não ficaram lá muito tempo. O Valadas vinha muitas vezes observar o ambiente, e dava-nos ordens rigorosas de que não queria ninguém estranho no nosso local. Isso causava-nos imensos transtornos com qualquer que fosse como era evidente.
Tratava-se de manter o sigilo das comunicações. Assim que viu os títulos dos livros na estante, perguntou de quem eram. Respondi que me pertenciam. Sem quaisquer explicações retirou os livros, abalou com eles. Advertiu-me que este tipo de literatura na sua companhia estava proibido. Isso depois foi muito comentado. Os alferes e furriéis quando tomaram conhecimento ficaram apreensivos. Devido a este facto e outros a relação com o Valadas começou a ficar fria.

No seu gabinete o alferes Santos, que era o segundo comandante, quando se reunia já não falava, mas gritava, ao ponto de chegarmos a pensar que a qualquer momento o Valadas seria agredido ou abatido. Talvez devido a isso o Valadas iniciou um ciclo de uísque. Preocupados assistíamos às suas incursões frequentes onde quer que fosse. Implicava por tudo e por nada. Tornou-se tão aborrecido que quando alguém avisava que ele vinha a caminho todos fugiam. Perante isto tive uma ideia. Arranquei uma folha de banda desenhada em que o herói gritava: – Vem aí os índios!!!
Como os três pontos de exclamação lembravam os galões de capitão, tratei de sublinhá-los devidamente, e colei a folha no posto de rádio. O Valadas quando entrou com o copo na cabeça viu a caricatura e disparou:
- Grandes punhetas tirem-me já esta merda daqui!
Como era eu que estava de serviço, e depois do incidente dos livros pensei que desta vez não escaparia. Mas não me aconteceu nada. O Moreira aconselhou-me para evitar provocações porque o homem não andava bom da cabeça. Inclusive já tinha problemas com o fígado, e de vez em quando ia para Luanda em tratamento. O nosso comandante definitivamente estava arrumado devido às comissões de serviço sucessivas. Estava no estado a que chamávamos cacimbado.

O cabo Pereira era meu colega. Como eu era o substituto do furriel Moreira, ele achava-se no direito de também dar ordens, o que era incorrecto. Sentia-se por isso muito constrangido e frustrado. Todas as ordens que lhe dava ele não as cumpria. Chegou ao ponto de voltar todos contra mim. Quando notei isso já tinha um ambiente desagradável no nosso seio, que duraria até ao fim da nossa comissão. Apesar do seu posto, era medíocre em tudo o que fazia. Não consegui entender como conseguiu a especialidade. Só provavelmente com cunha, o que os colegas comentavam em surdina. Este homem seria o meu inferno diário até ao fim da desmobilização.

O Moreira facultou-me as NEPs-Normas de Execução Permanentes, que ensinavam detalhadamente como gerir as comunicações. Fui procedendo de acordo com tais normas. Um dos aspectos importantes eram as baterias que alimentavam o nosso rádio fixo RACAL e os outros móveis também da mesma marca. Isto devia-se à cooperação Sul-Africana. Expliquei a todos que quando a bateria de trabalho – que era muito pesada e que convinha serem duas pessoas para a transportar – estivesse no mínimo de carga, substituírem-na pela outra que estava sempre a carregar no respectivo carregador.
Disto dependia a nossa sobrevivência, pois que sem comunicações que seria de nós? Perante isto o Pereira decidiu exactamente o contrário. Quando estava de serviço colocava os pés em cima da bateria. Carregada de lixo e pó tornava-se perigosa pois podia explodir devido a um curto-circuito. Quando acabava o serviço deixava a bateria quase sem carga. O local com louça suja, restos de comida, lixo por todo o lado como soe dizer-se. Era o quem quiser que limpe. Os colegas chamaram-me a atenção. Falei com ele mas em vão. Queixei-me ao Moreira. Este reuniu com todos e zangado chamou-nos a atenção. O Pereira a seguir teve o desplante de continuar – ou melhor de piorar – a situação. Quando numa manhã entrei de serviço para o substituir e deparei com o espectáculo de pura provocação chegámos a vias de facto. Era inevitável. Lutámos. Talvez que ele não contasse que eu chegasse a este ponto. Depois de sofrer algumas escoriações começou a chorar estupidamente. Nunca mais nos falámos a não ser indirectamente. Limitei-me a culpar a guerra por este incidente que até nos causava inimizades.

De salientar um aspecto muito curioso. O Pereira conseguia passar o tempo a ler e a reler o mesmo jornal desportivo de tal modo que, chegava ao ponto de estarem a chamá-lo pelo rádio e não ouvia. Era necessário que algum de nós lhe chamasse a atenção, ou que pegássemos no micro e disséssemos:
– Informa!
Enquanto o operador do outro lado dizia que a manter-se a situação informaria o chefe do batalhão. E de vez em quando surgiam mensagens a informar que foi punido tal e tal operador.

Quando o céu anunciava tempestade e vento, saía como voluntário, cansado de olhar sempre para a mesma paisagem. Oh! Como desejaria que a Belita estivesse aqui junto a mim para sempre. Se ela ou eu pudéssemos voar quão felizes seríamos. Oh! Como é doce sonhar amiúde com o cheiro e o sabor da sua vagina que me acompanham todas as noites. Só receio que na ausência reste apenas uma ténue recordação. Enquanto vou permanecendo nas tempestades e nos ventos, nos abraços do meu pénis erecto tentando perfurar os tecidos que inventaram e que incomodam o amor. Com o passar do tempo e devido à distância, a separação é quase sempre inevitável. As noites lentamente passaram a ser masturbações de vez em quando. Até que tudo repentinamente terminou. As tempestades e os ventos passaram a ser a única companhia que me confortava e alentava. Ao contemplar o verde no alto das montanhas, via o meu sonho de amor perdido para sempre.


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A ECONOMIA SEM MERCADO (01)




A água deslizava como que sorrateira acariciando as pedras e caía parecendo um volumoso fio de prata, que a cerca de dez metros de altura libertava-se formando um lago sempre rejuvenescido. O lago estava ladeado por mangueiras que vaidosas ostentavam suculentas mangas, e aves viuvinhas passeavam, saltavam de ramo em ramo brincando tranquilamente.
Do lado oposto estava como que encomendada uma saliência de pedra natural que servia para dar mergulhos tipo prancha de piscina, para sentar, descansar ou admirar tão magnífica paisagem que obrigava os sentidos a se enfeitiçar.
Depois de uns mergulhos, os jovens, Lukeni e Mita, sentados na saliência conversavam ao mesmo tempo que balançavam as pernas que pendiam no vazio. Pararam de balançar e acto contínuo decidiram os corpos encostar. Lukeni segredou no ouvido dela “és mesmo tu que eu quero, jamais te esquecerei, jamais o teu amor abandonarei. Prometo amar-te para sempre. Prometo que serás para sempre a fonte da juventude do nosso eterno amor que jamais secará.” E ela sentindo arrepios de amor por todo o corpo, esfregava as pernas e acariciava o corpo entregando-o à irresistível lascívia. Abraçaram-se e beijaram-se convictos de que para eles o tempo parou, e que o mundo era só deles como se fosse uma gigantesca ilha, a aldeia global do amor.
Era no tempo da estação quente. O apogeu do calor incomodava os corpos, Lukeni e Mita caminhavam de mãos entrelaçadas no início da tarde na direcção de um grande lago abundante de cacussos (Tilapia rendalli). Lukeni retirou a sua pequena cana de pesca previamente anzolada, iscou-a e lançou-a para o sorteio da água. Não demorou quase nada e logo um cacusso se prendeu num anzol. Pescou mais um, encostou-o ao outro e passou-lhes pelas bocas um fio de tecido vegetal. Continuaram a caminhada, colheram da terra fecunda duas brutas batatas-doces garantindo o maná do dia. Mita, esticou as mãos e colheu duas orgulhosas mangas.
De repente, como que por magia o céu escureceu, nuvens escuras moviam-se rapidamente, não tardaria e a chuva presente se faria. Correram para o refúgio de um casebre estrategicamente edificado para o efeito, instalaram-se e viram o dia a se transformar em noite, tal era a intensidade do breu. Antecedendo a chuvada, o vento assobiava e soprava de tal modo que parecia que tudo pelo ar voaria. Parecia uma procela, era tal o ímpeto da chuva que fazia lembrar o déjà-vu. Mita começou a preparar os cacussos com a água da chuva, enquanto Lukeni preparava a fogueira com a lenha seca retirada do improvisado aprovisionamento. Depois de saciados deitaram-se bem colados, sentia-se frio porque a temperatura baixou. Taparam-se com uma manta a tresandar a pó. A chuva continuava a bater forte e sem se darem conta adormeceram profundamente.  
A Aldeia do Lago era muito pacífica, os seus habitantes viviam em – pode-se dizer – harmonia absoluta. O sustento diário estava garantido, miséria e fome eram totalmente desconhecidos, e talvez também porque não existiam partidos políticos nem feitiçaria, porque as contendas eram geridas pela jurisprudência do Sábio do Lago, assim cognominado porque vivia no penedo do lago. Ele também educava as crianças e os adultos dando-lhes instrução primária, secundária e até superior, porque era da tradição e ele detinha os conhecimentos do legado dos antepassados.
Lukeni e Mita cedo se levantaram e já pela aldeia circulavam a distribuir os bons-dias pelos aldeãos. De mãos entrelaçadas iam para o seu poiso habitual, o Lago da Cascata.     
Já lá estavam quando dee repente o céu foi abalado por um barulho muito conhecido, ouvia-se distintamente o som característico de hélices de helicópteros. Eram três que de imediato se fizeram a terra, enquanto vários camiões estacionavam e deles saíam tropas especiais, e dos helicópteros desembarcavam pára-quedistas. Pela movimentação a aldeia ficou pejada de pó, como se de um nevoeiro apocalíptico se tratasse. Estranhamente, a cena lembrava o filme Apocalipse Now de 1979, do célebre realizador Francis Ford Coppola, só lhe faltava o napalm. Um militar com um megafone em punho fazia-se ouvir muito estridente “petróleo à vista!” Os aldeãos em pânico corriam de um lado para o outro sem saberem o que fazer, acreditando piamente que as suas vidas chegaram ao fim.  
Creio que uma das principais funções dos seres humanos é destruírem os paraísos dos povos, ainda há quem lhes chame de descobertas, mas descobrirem o quê? Mas como se pode dizer que se descobriu um país, um povo? E indo nessa, serve-lhes de jurisprudência para colonizarem outros povos, alegando que eles são inferiores, que andam vestidos com um pequeno pano a tapar-lhes os órgãos sexuais, alcunhando-os de pagãos e com a tenaz da religião e a união de uma ditadura, estão lançados os dados da jurisprudência para a anexação subtil ou não desses países e povos. Modernamente usa-se o paradigma da cooperação vantajosa e a amizade entre países e povos.

Imagem: autor desconhecido





quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O EFEITO DOMINÓ



República das torturas, das milícias, das demolições e das fraudes eleitorais

Diário da cidade dos leilões de escravos


Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos.

À toa, os partidos políticos da oposição estão a ser irremediavelmente destroçados por um gigantesco tubarão. Será que a oposição tem mesmo poder de mobilização? É de duvidar pois se não consegue organizar manifestação.
Angola, onde qualquer sem vocação, iletrado, é sacerdote, ou se não o consegue procura refúgio como polícia.
No dia 04 de Janeiro de 2017 houve corte no fornecimento de energia eléctrica durante duas horas. No dia 15 do mesmo mês, nove horas. Foi dito que a partir de Janeiro de 2017 a energia eléctrica funcionaria normalmente. Mas como disse Hitler (1889-1945): “Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela”.
Pergunto-me: o ensino e a saúde em Angola são gratuitos? Se sim, então porque é que quando necessitamos desses serviços temos que pagar?
Há cada vez mais crianças que vão para a escola com fome.
Quando a corrupção começa nas escolas, cedo as crianças aprendem a ser corruptas.
Ensino corrupto, nação corrupta.
A cólera que começou no Norte de Angola, na província do Zaire, já chegou no Sul na província de Benguela, no Cubal.
Tratados como Zés-ninguéns, como seres vis, desprezíveis, como vermes, como lixo amontoado nas ruas, como cadáveres abandonados em estado de decomposição. São estas as condições da diversificação da economia para a saída da crise.
E esta nação continua naufragada num mar alcoólico.
Sinceramente que já não sei o que resta desta sociedade, só vejo destroços humanos e creio que quem bem melhor a explica é Carlos Rosado de Carvalho no jornal Expansão: “Os riscos são para levar muito a sério. Estado prevê gastar mais 3,225 biliões Kz do que vai angariar em receitas correntes e de património. Para cobrir este défice, diferença entre despesas e receitas, o Governo vai ter de recorrer a empréstimos no mesmo montante que, em dólares, à taxa de câmbio do BNA, equivale a quase 19 mil milhões USD. É muito kumbu! Vai depender da capacidade do Governo conseguir encontrar quem esteja disposto a emprestar dinheiro a Angola e que os empréstimos cheguem em tempo oportuno, ou se atrasa os pagamentos. Numa economia muito dependente do Estado, os atrasos nos pagamentos acabam por conduzir a uma situação em que (quase) ninguém paga a ninguém, com as consequências que daí advêm. Os principais prejudicados são as famílias mais vulneráveis, com salários em atraso e despedimentos. Actualmente, o sector bancário nacional está a atravessar um momento difícil, como fez saber o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, "descortinando", há quase um mês, que existem "31 bancos e cinco destes têm problemas de incumprimento e "insolvabilidade", [correndo] mesmo [risco] de uma falência técnica, que impacta em todo sistema financeiro". Sendo que a situação crítica de alguns bancos está a "minar" todo sistema financeiro”.
(Mensagem recebida no Facebook) “Impor África: Não temos viaturas de momento e não temos previsão de receber. Auto Zuid: De momento não temos viaturas e não temos previsão vai ligando. Cosal: Só temos uma viatura, mas é manual e está reservada. De momento não estamos a receber nada, talvez em Março. TDA: Volta a passar em Fevereiro, de momento não temos nada, em Fevereiro vamos receber, mas poucas quantidades. Bancos: Não estamos a fazer transferências para este efeito, só podemos transferir X, Y, Z para efeitos de tratamento médico ou assistência a familiares no estrangeiro e o valor máximo por cliente é J”.
 “O economista Alves da Rocha revelou hoje, em Lisboa, que a China recusou emprestar 5 mil milhões de dólares à Sonangol, apesar das diligências da presidente do Conselho de Administração da petrolífera estatal, que até se deslocou a Pequim para tentar garantir o financiamento. Alertando para o risco de esse valor atingir 80% do PIB ao longo de 2017, Alves da Rocha lembrou que só a dívida pública da petrolífera angolana poderá "ascender a 9 mil milhões de dólares, segundo declarações públicas". (Novo Jornal)
Eleições gerais de 2017 tal e qual como em 2016? MPLA, votos 4.135.503 71,84% 175 deputados. UNITA, votos 1.074.565 18,66% 32 deputados. CASA-CE, votos 345.589 6,00% 8 deputados. PRS, votos 98.233 1,70% 3 deputados. FNLA, votos 65.163 1,13% 2 deputados.
“Nando apresentou e louvou Chivukuvuku e, em seguida, lhe convidou a ler a sua declaração de renúncia à UNITA e ao Jonas Savimbi. Calmo, concentrado e seguro, Chivukuvuku tirou um papel do bolso da sua camisa e o leu: "Eu, Abel Epalanga Chivukuvuku, juro e reitero a minha fidelidade incondicional à UNITA e ao meu Presidente Jonas Malheiro Savimbi. Eu sou UNITA e serei sempre UNITA. Viva a Unita, Viva o projecto de Muangai, Viva o Dr. Savimbi!" Espontaneamente, a electricidade foi cortada, a TPA e Luanda apagaram-se até ao dia seguinte. Mas, era tarde demais, o povo ouviu a declaração de Chivukuvuku na íntegra. Como resultado desta fractura, Chivukuvuku anda coxeando e ficou diminuído físico, em defesa da Unita e de Jonas Savimbi. Que coragem suicida de Chivukuvuku!” (In Makuta Nkondo)
“Uma boa notícia para você. Jesus Voltará. “Sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.” Quando? Como? Porquê?” (Poluição religiosa da igreja adventista do sétimo dia, num folheto da, Casa Publicadora Brasileira.)
“Núcia de Almeida Baptista, apelidada de "Baronesa do Kilamba", foi acusada de burlar mais de 300 pessoas, entre 2013 e 2014, com a promessa de uma casa na centralidade do Kilamba, esquema com o qual terá lucrado mais de dois milhões de dólares. Apesar de ter fugido do país para escapar da Justiça, ao regressar a Angola na semana passada, e já depois de ter sido entregue à Polícia pelos lesados, acabou por sair em liberdade, graças à Lei da Amnistia”. (Novo Jornal)


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

SEM PUDOR



República das torturas, das milícias, das demolições e das fraudes eleitorais

Diário da cidade dos leilões de escravos

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos.

Quando alguém da governação utiliza a expressão “pode-se produzir” está-se mal, porque significa que não se vai produzir nada.
Estrangeiro, em Angola sê corrupto!
A corrupção, a miséria e a fome, são a santíssima trindade angolana.
Se a Unita continuar a engolir sapos, vai-se engasgar, sufocar e morrerá por falta de ar.
Quando só se dá atenção e se premeia bajuladores, significa que a corrupção está no seu máximo, a sociedade apressa o seu fim e a miséria e a fome são a catapulta do estertor final.
A revolta dos escravos parece iminente, só falta Spartacus ordenar.
Quer emprego? É muito fácil! Basta ir a um bom corrupto, demonstrar-lhe que se deixou corromper, mostre-lhe o seu currículo, e logo de seguida tem emprego garantido.
Quem vive de quimeras, os inúteis sorriem-lhes.
O que mais admiro nos políticos da nossa oposição, é o serem pessoas extremamente ocupadas porque raramente estão disponíveis. Praticamente indisponíveis fazem disso o seu mote. São políticos, como direi, absolutistas.
A oposição ladra, mas a caravana do M passa.
Jamais se deixem dominar pela religião porque da escravidão não se libertarão.
Povo analfabeto fanatizado pela força da religião e da corrupção, só lhe resta um caminho, a fome.
Preferem manter-se no abismo político fingindo que lutam para dele sair.
Que fazer numa sociedade dominada por alcoólicos, bandidos assaltantes, famintos desesperados, fanáticos religiosos, fanáticos políticos e corruptos. Não havendo liderança que comande, tal sociedade será devorada pelo monstro exterminador.
Já não há empresas, há fazendas de escravos com capatazes que os chicoteiam e a quem chamam o nome pomposo de empregados. São escravos dóceis que além de serem comandados pelos mercadores de escravos do poder, onde a tal comandita da oposição política também disso faz jus. Não se sabe quem é quem porque todos são capatazes de escravos.
Nas empresas os muangolés fingem que trabalham, o outro faz o trabalho e outro diz que foi ele quem o fez.
Estamos na eleição dos dias corruptos e ferozes.
Jovem feiticeira de vinte anos caiu numa escola primária do zango 4. Nua, há alunos que dizem ter fotos nos seus telemóveis.
“Quando as pessoas perdem o respeito pelas leis, elas passam a usar da força física para prevalecer seus interesses”. (Luis Sapori, especialista em segurança. República do Brasil)
A partir de 2010 decidi anotar os constantes cortes de energia eléctrica. Assim, no ano de 2010 totalizaram-se 538 horas, em 2011, 916, em 2012, 1.084, em 2013, 622, em 2014, 573, em 2015, 311, e no ano de 2016, 336 horas. O que dá um total de 4.380 horas, dias 183, e em meses, 6. Com estes números não admira que Angola esteja na miséria e na fome.
“Luanda continuará com restrições de energia eléctrica até ao final do ano de 2016, disse, João Batista Borges, ministro da Energia e Águas. O consumo é insuficiente porque no tempo do calor agrava-se e porque se ligam os ares-condicionados. Depois de 2016 haverá estabilidade plena. In Rádio Ecclesia, 21 de Maio de 2012.
Há mulheres que no início se apresentam como almas bondosas. É, meu amor para aqui e para ali. Pouco tempo depois, meses, um ano, ou com muita sorte dois, revelam a sua face escondida de demónio. Para cada mulher o seu homem escravo e para cada filho o seu calvário.
Quase todas as pessoas têm por hábito o darem maus passos, não dando ouvidos à experiência dos mais velhos, dos pais. E que mais tarde originam a destruição das suas vidas.
Do Novo Jornal: “A agência de notação financeira Moody's considerou hoje que Angola e Moçambique estão entre os países africanos que vão enfrentar os maiores problemas de liquidez este ano devido à queda dos preços das matérias-primas”. “A empresária Isabel dos Santos possui a 8.ª maior fortuna de África, concretizada num património avaliado em 3,2 mil milhões de dólares, calcula a revista Forbes”.
Sdiangane Mbimbi disse no programa Angola e o mundo em sete dias da Rádio Despertar, do dia 8 de Janeiro de 2017, que um operativo do Sinfo, polícia secreta, foi a sua casa e lhe preveniu que já estão grupos montados para a qualquer momento o assassinar. Também o presidente da Unita Isaías Samakuva se ele insistir em fazer comícios nos bairros de Luanda, e de modo geral todos os líderes da oposição e todos os que insistem em manter a sua posição crítica ao regime e os demais que insistirem em abrir os olhos do povo. Pretende-se a repetição da matança de 1977, para que o Mpla não tenha nenhum opositor que o incomode e facilmente ganhe as eleições.
A bancarrota omnipresente e omnisciente: funcionários portugueses da embaixada de Portugal recebem do banco os seus salários em euros a conta-gotas. O banco faz-lhes o favor de lhes arranjar um pouco de dinheiro. Há empresas que ainda não pagaram o mês de Dezembro. Um português ligado às companhias petrolíferas disse-me que muita gente está a abandonar Angola porque as empresas em que trabalham despedem pessoal e que são muitas empresas que estão a falir. Terminou dizendo que isto está muito mau. Aqui ocorre-me perguntar: porque é que a oposição não faz um levantamento das empresas que faliram, das que estão em vias de seguirem o mesmo caminho e quantos trabalhadores nacionais e estrangeiros foram para o desemprego. Ah, já sei, isso não compete à oposição, pois a sua única função é o período menstrual, desculpem, período eleitoral, tudo o mais se resolve depois das eleições. Entretanto o poder promete que 2017 será melhor que 2016, mas todos sabemos que será muito pior. E o poder como sempre não sabe nada disso. E tem raiva a quem sabe. 

“Anularam os meus diplomas de licenciatura e mestrado em Direito e, com isso, um acordo educacional entre duas universidades: a American World University e a Universidade Agostinho Neto. Esta tresloucada decisão não teria pernas para andar, não houvesse a magistral (segundo fontes palacianas), “Ordens Superiores” de José Eduardo dos Santos, visando atirar-me para o desemprego, para vegetar nos esgotos da indigência, miséria e fome, afectando, com isso, também, a minha família”. (In William Tonet no Folha 8 de 7 de Janeiro de 2017)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

FICÇÃO CIENTÍFICA. AS CRÓNICAS DO MARCOS (01)




Ao Marcos
meu neto

Os cientistas advertiam sobre os perigos que corria o planeta Terra. Falavam das inundações diluvianas e os economistas seguiam-lhe as peugadas sobre os investimentos em áreas consideradas muito vulneráveis, e por isso não adequadas a investimentos na agricultura, porque as alterações climáticas acabariam por inundar os campos e os investimentos perderem a sua rentabilidade. Exceptuando uma minoria, é sempre assim, os governos mundiais estavam alertados com informações sempre actualizadas mas não criaram órgãos devidamente atempados para evitar a catástrofe das populações. Limitando-se a criar impactos nos noticiários internacionais quando a catástrofe surge para forçar a ajuda da caridade internacional. É mais fácil colocar nos noticiários internacionais uma grande calamidade com corpos a flutuar nas águas, do que trabalhar para que tal não aconteça. E a desculpa vem sempre, de que há uma crise económica. Sim, a corrupção gera crise, gera o caos económico.

Em uma nota mais obscura, tanto o Mistério de Sírio de Temple e o Décimo segundo Planeta de Sitchin foram adotados avidamente por cultos OVNI que buscam fornecer um fundo mítico e histórico para sua Nova Era de que alienígenas benfeitores salvarão os eleitos na Terra em uma astronave. Em 1998 o culto Heaven's Gate cometeu suicídio em massa enquanto esperavam que uma astronave logo atrás do cometa Hale-Bopp recebesse suas almas para transportá-las a um planeta Plutão oco, que Lovecraft chamou de Yuggoth, a casa dos Antigos alienígenas.
(Não me recordo qual é a fonte deste texto.)

As civilizações nascem e tornam-se impérios, depois morrem e talvez nasçam outros impérios. Quando surgem grupos de indivíduos que anunciam a salvação no suicídio e depois se espalha por todo o lado, estamos em presença de quem queira gerar por todos os meios o Apocalipse, o fim da humanidade. Infelizmente parece haver a tendência no ser humano para o suicídio global, a destruição total. Depois os que sobrarem edificarão uma nova Bíblia, ou inventarão uma com um novo deus. Sempre foi assim e sempre assim será, porque a religião é o suprassumo da dominação, da subjugação do ser humano que supersticioso por natureza atiram-lhe com um livro jurando-lhe que foi escrito por um deus, e facilmente se convence, facilmente se deixa dominar.


A NAVE DIVINA

“Avô, a nave espacial ainda não chegou”!
Era o meu neto Marcos a apresentar-me o seu relatório diário sobre a nave espacial. Tudo começou quando há duas semanas ele me disse que estava a jogar no seu computador contra uma invasão de naves espaciais, então tive a ideia de lhe dizer para ele ir para a varanda vigiar que uma nave espacial viria e lhe convidaria para nela viajar, brincar. O Marcos tinha cinco anos, e claro, de manhã à noite era só brincar. Incansável, não parava um bocadinho, como se tivesse um poder desconhecido, excepto quando via um filme ou jogava no seu computador, mas passado um bocado o tédio atacava-o e lá continuava com as suas travessuras. De vez em quando o seu irmão Daniel já quase nos dez anos de idade aparecia de férias escolares e juntos ocupavam grande parte do tempo na brincadeira dos saltos mortais. Por isso o Marcos costumava chamar-me e dizia-me como se acabasse de fazer uma grande façanha: “Avô, anda, vem ver os meus saltos mortais”!
Chegada a noite pedia na avó que lhe desse o leite e lá para as vinte e duas horas, às vezes vinte e três ou meia-noite adormecia a ver um filme de desenhos animados do Tarzan, dos dinossauros, do Rango, etc. Eu e a avó dele fazíamos o possível para que ele dormisse bem, e várias vezes fazia um sono reparador de doze horas. Quando acordava, levantava-se, abraçava a avó e ia para a mesa da cozinha onde o seu leite descansava. Gostava de o beber no biberão, de vez em quando bebia-o na cama, mas preferia ligar o computador e ver um filme, sentindo-se feliz na companhia do seu leitinho.
Quando a avó saía para comprar algo para casa, ele fazia questão de a acompanhar e depois teimosamente ajudava-a a carregar um saco, mas não conseguindo suportar o peso arrastava-o pelo chão enquanto a avó protestava para que ele não estragasse a comida, pois já tinha problemas em andar devido às pernas cansadas, desgastadas, doentes pela idade que quase se recusavam a obedecer-lhe. E a avó lamentava-se que odiava ter de subir as escadas até ao quarto andar, porque lhe fazia dores e ela quase gemia. Chegava, sentava-se, respirava fundo e quase como numa prece, “Ai meu Deus, as pernas doem-me, quase que já não posso andar!”

Estávamos em Angola, situada na zona sul do Continente africano, na zona costeira leste, entre os 12º 30' Sul e os 18º 30' Este. Vivíamos na sua capital, Luanda, que devido a uma grave crise de corrupção que já ia em quarenta e dois anos e que tal como o império romano atingiu o seu auge. Assim, era ver Angola entregue à miséria e à fome com um monumental exército de famintos que se tornava impossível de suportar. As verbas do último Orçamento Geral do Estado contemplavam os serviços de defesa e segurança como se o país estivesse ou se preparasse para uma guerra. O império, propriedade de uma família desmembrava-se, o que indicava que a repressão imperial não conseguia aguentar a pressão dos famintos e que o seu fim era um facto lamentável, irreparável e funesto conforme a moda africana há muitos anos em voga. 


SITIADOS



REPÚBLICA DAS TORTURAS, DAS MILÍCIAS, DAS DEMOLIÇÕES E DAS FRAUDES ELEITORAIS

DIÁRIO DA CIDADE DOS LEILÕES DE ESCRAVOS


Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos.

Oposição que se lamenta não nos sustenta.
Angola a arder e os Neros a ver.
Quem é que já ouviu um discurso semelhante a este? “Possuímos hoje uma poderosa Wehrmacht, (forças armadas) no coração de uma Alemanha poderosa, porque a Providência nos deu um chefe de uma energia inquebrantável. Nesta hora solene, queremos assegurar ao nosso Fuhrer que a Wehrmatch, na totalidade, executará sempre as suas directrizes com tanto ardor como audácia. Partistes com a ordem de combater, voltastes com a certeza de serdes vencedores!” (In Hermann Goering (1893-1946), comandante nazi da Luftwaffe (força aérea) na Segunda Guerra Mundial. Grande Crónica da Segunda Guerra Mundial, Selecções do Reader’s Digest)
E em 2017, as eleições foram geralmente não livres, não transparentes e injustas. Por aqui facilmente se vê quem foi o vencedor.
Há mais de quarenta anos que os sitiadores obrigam os sitiados às mais depravadas privações. Pelos vistos este será o último ano em que os sitiados devido à fome se renderão sem condições. Sitiados, estamos a ser devorados pelas feras tal como se fez com os cristãos nas arenas romanas.
Amiga do álcool não é tua amiga, não é tua namorada, nunca poderá ser tua esposa. Amiga do álcool é tua inimiga.
A imposição do terror pela acusação de feitiçaria periga as vidas porque de livre-arbítrio qualquer inquisidor acusa quem bem entender de feitiçaria decretando-lhe morte imediata. Viver com tal terrorismo é mais um abismo que engole Angola.
Não é possível viver com pessoas que gostam de viver no sofrimento.
E depois da destruição da economia resta ao exército de famintos como derradeira sobrevivência, a venda do que for possível nas ruas. Mas de todo o lado surgem feras humanas que intitulando-se de guardiãs da ordem pública, saqueiam e matam indiscriminadamente e impunemente como entretenimento nazi do tiro ao alvo. Este país é obra de carrascos.
 E lá no céu, os anjos fizeram manifestação contra Deus, porque Ele há muito que abandonou Angola, abandonou o mundo, deixando tudo ao deus-dará.
Angola, onde qualquer pega numa bíblia abre-a ao acaso e logo é chamado de pregador, mais um enviado de Deus, mais um demónio para destruir Angola.
Onde reina o analfabetismo é muito fácil reinar, é demasiado fácil matar. Fazer ver a um analfabeto que a sua postura está errada, é como dizer a um fanático que quem nos governa não foi eleito por Deus.
Não havendo dólares, não há importações, pois tudo vem de fora, e não havendo importações não há kwanzas.
Angola parece ser o maior produtor mundial de bandidos. Angola tem tudo pela negativa e nada pela positiva.
E como esta cidade dos leilões de escravos está infestada de geradores, quantos mais prédios arderão, como aconteceu com o prédio da Ecil na Marginal de Luanda? Quantas mais residências sucumbirão de presente às chamas? Quantas mais pessoas morrerão? E se também os ministérios começarem a arder? Ainda não é chegada a hora de checar as instalações eléctricas? Pois, no caos instalado a desgraça alastra rapidamente, como se Luanda fosse devorada pelas chamas de geradores. Até parece que estamos governados por piromaníacos. Com a utilização desordenada de geradores, sem normas de segurança de instalações eléctricas, cada um faz de electricista improvisado, poluição sonora e ambiental, gastos de combustível não programados que conduzem à ultra miséria, Luanda vai desaparecendo. A miséria e a fome não mandam, comandam. Parafraseando José Afonso: a miséria e a fome é quem mais ordenam dentro de ti ó cidade.
É necessários que nos libertemos da actual política sem política dos partidos políticos da oposição, porque isso não nos leva a lado nenhum. Política titubeante que reforça o partido no poder, e que facilmente se vê vai ganhar as eleições. Na verdade não há oposição, há submissão.
Todos os apoiantes da corrupção, quando a justiça chegar, ela lhes será implacável, das grades não escaparão, os honestos libertadores virão.
Se tudo é controlado pelo Estado, então não há liberdade, e a democracia anda muito afastada, há muito renegada.
E um decreto-lei sobre o acto de pensar será publicado.
Eles nos palácios e nos castelos fortificados, e nós às feras que eles criaram lançados.
Amigo leitor, preciso que alguém me explique como é possível viver normalmente com um exército de famintos. É o inferno, afinal o inferno existe sim senhor. E Luanda é a capital do inferno de Angola.
E com a aprovação da Lei de Imprensa, a cortina de ferro renasce e cai sobre Angola.
Quando tenho coragem de assistir a um noticiário da Tpa, fico a pensar como é possível gozar com as pessoas, utilizando a desinformação como nos tempos mais ortodoxos do comunismo.
Em Angola as portas da corrupção nunca se fecham, estão sempre com sistema, funcionam 24/24 horas, porque há uma grande azáfama e os corruptos nunca se cansam, e a corrupção também não. Entretanto reforçam-se as medidas contra a honestidade. Mas levianamente os corruptos defendem-se que a corrupção existe em todo o mundo, à escala planetária. A corrupção tem muitos caminhos, a miséria e a fome têm apenas um. Os maldosos têm o extermínio que merecem. Desgraçada Angola e África negra onde até a merda de uma sarjeta também é poder. Pergunta a um corrupto como é que ele conseguiu o dinheiro, ele fica como um padre quando se lhe fala de Voltaire (1694-1778).