sábado, 10 de março de 2018

LUANDA. PERIGO DE MORTE DO BAIRRO VILA FLOR. GABINETE IMP. CASA-CE





ABEL CHIVUKUVUKU VISITOU POPULAÇÕES RESIDENTES NA ZONA DE PERIGO DE MORTE DO BAIRRO VILA FLOR NA MANHÃ DE SEXTA FEIRA 09 DE MARÇO
ABEL CHIVUKUVUKU DESCEU AO TERRENO JUNTO DA POPULAÇÃO EM PERIGO DE MORTE
FOI NA MANHÃ DO DIA 09 DE MARÇO QUE O PRESIDENTE DA CASA-CE, DEPUTADOS E MEMBROS DO CONSELHO PRESIDENCIAL SE DESLOCARAM AO BAIRRO VILA FLOR. O CONSTATADO É ALARMANTE!

FÉLIX MIRANDA
GABINETE IMP. CASA-CE

Centenas de casas e respectivas famílias estão localizadas numa zona de Alto Risco. Trata-se das populações residentes no perímetro que envolve a Região da FILDA e o Bairro da Vila Flor no Cazenga. Em todo o sítio por onde se passa vê-se afixado “PERIGO DE MORTE”, Zona Interdita. Em sociedades em que a vida humana tem expressão e valor, esses concidadãos jamais ali estariam. Permanentemente expostos a irradiações de Alta Voltagem de Energia Eléctrica, lançadas por enormes dínamos que através de cabos condutores fazem transportar Corrente Eléctrica ou Energia Continua para cima dos 10 mil volts, os populares vivem um inferno: distúrbios psicológicos e enfermidades estranhas.
Mesmo a escassos metros da grande central onde se concentram os dínamos, estão mais de 100 casas. O que as populações contam é impressionante. Na calada da noite, o ruído é ensurdecedor, obrigados a fugirem do local, pois é impossível dormir. Muitas vezes sentem sintomas estranhos de saúde, ligados à cabeça e dores do corpo.
O mais grave é que, nem sequer beneficiam dessa energia, cujos cabos saídos dos radiadores ao alcance das mãos, passam pelas suas cabeças. Apenas se contentam com o barulho que os põe loucos. A energia de que se servem provem da Subestação da Cuca.
Diante das câmaras de televisão e ao transmitirem as ocorrências ao Presidente da CASA-CE, os residentes, maioria mulheres com bebés ao colo, denunciaram a má fé do Governo. A empresa que ali instalou a subestação, quando chegou ao local, isto é, em Outubro de 2013, havia prometido evacuar a zona e ceder casas às populações que ali se encontram desde o início dos anos 80. Até ao momento, diz uma das senhoras: “Apenas barulho; barulho que nos põe loucos”. Ali tiveram filhos, esses produziram netos e até agora, nem água vem, nem água vai.



O Presidente Abel Chivukuvuku lamentou o facto do Governo não dar atenção devida à um caso tão melindroso como este que envolve vidas humanas, quando se sabe que por exemplo, nos zangos e centralidades existem casas vazias onde se podiam evacuar essas pessoas que sem dúvidas vêm seu tempo de vida encurtado pelos efeitos nocivos, embora se manifestem lentamente e quase invisíveis, são devastadores.
Mais disse o Presidente às televisões, aos jornalistas e à população que: logo terminada esta 1ª Ronda de constatações da realidade de vida das populações de Luanda, irá junto ao Governador Adriano Mendes de Carvalho para propor soluções urgentes. Não há tempo a perder, em jogo estão vidas humanas e o futuro comprometido da Nova Geração. A evacuação é a solução primeira.