quinta-feira, 26 de março de 2015

Rafael Marques e o Estado islâmico de Angola




Os malfeitores são quem mais ordena
Nesta medieval arena
Isto não é uma democracia
É uma cleptocracia

Quando a liberdade chegar
A independência vamos cantar
E os do petróleo e os seus estrangeiros
Nas prisões serão passarinheiros

E os das igrejas são os dirigentes
Dos rebanhos muito obedientes
E têm no povo de escravos a multidão
Há muito petróleo mas não há pão

O preço do petróleo baixou
O preço da alimentação aumentou
No Governo os gastos continuam
No povo a miséria e a fome abundam

As democracias apoiam a escravidão
É por isso que somos uma grande nação
Dos lucros do petróleo não participamos
São testamentos que não herdamos

Do choro com fome das crianças
Sentem-se as tristes desesperanças
Que o petróleo é nosso, dizem eles
O petróleo não é nosso, é deles

Na independência seriamos muito felizes
Hipócritas! Queriam dizer muito infelizes
Esqueceram-se de diversificar a economia
Sem petróleo é o fim que se previa

Fingir democracia é o que interessa
Fugir com o que resta da massa depressa
O petróleo não dá, jamais será o que era
Deixou de ser aquele por quem se espera

Qualquer voz denunciante é para manietar
A corrupção é um bem tem que alastrar
De caras tristes e mãos estendidas
De 40 anos de promessas não cumpridas

Deuses do templo do petróleo adorados
De medievos passos cadenciados
Com imagens adoradas no altar
Do petróleo sonegado em alto mar

E lá vamos para a inevitável rebelião
Assim o escreve a violenta repressão 
Impor pela força das armas o poder
Assim no mesmo caminho irá perecer


terça-feira, 24 de março de 2015

Portugueses no saque de Angola



De fonte fidedigna que preferiu o anonimato. “A TVCabo importou um contentor com modems avariados e anda a vendê-los aos clientes, e há muitas reclamações por causa disso. O português pega no seu software e instala-o no servidor. Este vai-se abaixo e lá ficamos sem Net.” Isto é constante e a TVCabo desculpa-se: quando chove o nosso link fica assim (avariado). Outra justificação: No Gabão entraram em greve e como vingança cortaram o cabo submarino.
Eis algumas profissões para justificar o saque de Angola: Gestora de produto. Assistente de direcção. Gestor de vendas. Gestor do armazém. Gestor controlador dos empregados. Gestor de clientes. Director de vendas de telemóveis.
A Europa é como outro EI-estado islâmico. A Europa dentro das suas fronteiras é democrática, fora delas é outro EI, pois apoia ditaduras que aterrorizam as populações. Com tais exemplos de comportamentos o terrorismo desabará a Europa.
Agora estão bem, sentem-se bem, mas depois sentir-se-ão muito mal. Quer dizer: Há catorze dias que estou – estamos, incluindo crianças – a respirar fumo venenoso do terrorismo do banco millennium, o banco da morte, o banco falido. Desde as 07.40 do dia 10 de Março, que este maldito banco na rua rei Katyavala, continua a despejar dia e noite o fumo mortal do seu gerador, obra de pobres, miseráveis mercenários portugueses que tudo fazem para conseguir transferir dinheiro para Portugal. Temos direito à revolta e quando ela chegar terão o merecido castigo. Matam, e depois não querem ser mortos?! Cães imundos! Este é também o tempo de revolta contra as células terroristas destes portugueses em Luanda. Lá em Portugal, na democracia não fazem destas coisas, mas aqui apoiados pelo reino do petróleo fazem tudo, até o matar-nos lentamente. O melhor meio de incentivar um povo à revolta é mantê-lo na escravidão. E o Ocidente adora manter ditaduras no poder fora das suas fronteiras. E da opressão, da miséria e da fome que o Ocidente promove nasce o terrorismo, o desespero para quem não espera mais nada além da morte. Continuem nessa senda e verão o Ocidente em chamas. Angola é mais um bom exemplo do terrorismo ocidental. Claro que o terrorismo mundial torna-se imparável porque nos tratam com desumanidade, como coisas inúteis, sem valor. E quando falam em desenvolvimento da nossa economia, claro que é a economia dos estrangeiros e dos habituais milionários do petróleo. E os déspotas, corruptos e estrangeiros inventaram aquela para nos dominar, que, com a fome o cérebro trabalha melhor. Para tal gente o crime é o meio mais fácil de viver. Onde há sectarismo político não é possível apresentar ideias.
E os chineses aproveitam tudo, escravizam crianças e não querem saber se estão ou não a destruir.

sábado, 7 de março de 2015

E finalmente conseguiste a paz e a felicidade




O nevoeiro deixava ver os troncos caídos
No exultar verde outros os substituíam
Não verás mais os teus sonhos traídos
E os que te amavam desapareciam

Quando te amei o sol invadia a floresta
E dos traços do nosso amor nada resta
Mas as árvores lá estão esperançadas
Abertas às réstias do sol carenciadas

E o velho tronco de folhas cercado
Jazidas verdes, vermelhas e amarelas
Do tempo do amor abandonado
Mas celebrado nas inesquecíveis telas

O espírito das florestas benze o teu amor
No raiar matinal a floresta é despertador
Onde sempre a vida nocturna cessa
E a batalha diária da vida diurna recomeça

E nas nossas incríveis idílicas aventuras
Sentados nas pedras do lago das amarguras
Pelos infelizes do amor nas suas sepulturas
Atraiçoados, abandonados sem ternuras

Os teus desejos sulcam a floresta de amor
E o som do teu piano as noites ilumina
Do cantar das crianças do inocente clamor
Evitar a sua escravidão no negócio da china

A vegetação da floresta guarda a tua voz
E excursões seguem-te em peregrinação
Tanto que sofreste, oh! Tudo tão atroz
Agora és exemplo, santuário da salvação

E quando na floresta chove o amor revive
No calor das gotas de água das folhas te tive
De mãos coladas rimos que seriamos eternos
Mas não conseguimos escapar aos invernos

E no teu majestoso caminho tumular
Abrem alas crisântemos e jasmins
O nosso amor já não se pode dissimular
Vou cantá-lo ao Universo e além confins

Oh! meu hino lá sem vida onde descansas
Perdi para sempre a querida que tanto amei
Que me importa viver sem esperanças
Vou-me arrastando em breve te visitarei

E ao teu lado abraçado de ti jamais fugirei
Unido e bem escudado te protegerei
O verdadeiro amor nunca se esquece
Na eternidade dos tempos resplandece










quarta-feira, 4 de março de 2015

O “Estado Islâmico” de Angola





E naquela maresia
Não sei o que acontecia
Só sei que tudo se fodia
De noite e de dia

Os chineses mostram o cartão habitual
De militantes da guarda presidencial
Depois do regresso ao sistema tribal
E tudo permanece tão natural

A oposição não pode piar
Nem ideias pode manifestar
Há duas constituições a subjugar
Uma no papel e outra no larapiar

O dólar chegou aos vinte e dois
Depois para os doze baixou
A especulação lucrou muito depois
Ninguém foi preso, o pobre se lixou

O petróleo é a nossa eterna fonte
O poder eterno diz que nunca secará
E que permaneceremos neste horizonte
E que pela graça de Deus se abençoará

As estradas vão para o palácio do poder
É lá que está a nossa salvação
Não sei quem dele nos irá defender
Essas estradas são a nossa perdição

E do petróleo eles degolam-nos a alma
Com os preços altos são inteligentes
Com os preços baixos não são vivalma
E a nós chamam-nos de indigentes

Quem sobreviverá à onda dos assaltos
Do exército do crude dos desempregados
Do contínuo viver em sobressaltos
Da confrontação social dos desamparados

E nesta pátria só para estrangeiros
Notabilizada pelos seus esgares
Dos privilégios sempre os primeiros
E nós nem nos últimos lugares

E muitas mais desgraças virão
É muito propícia a ocasião
Onde há muita corrupção
Também há muito ladrão

Veremos supermercados vazios
Conforme as leis da revolução
Continuaremos vítimas dos arrepios
Na pátria do tudo sem solução