quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O REI DO PETRÓLEO (18)



RCE - República dos Comités de Especialidade, algures no Golfo da Guiné.

Errata: onde em qualquer lado lerem ou ouvirem, diversificação da economia, leiam ou ouçam, diversificação da corrupção.
Se nós os pusemos no poder, arriscando as nossas vidas e passando inúmeros sacrifícios, também podemos de lá os tirar e enviá-los para o banco dos réus para serem julgados e condenados por alta traição à Pátria e ao Povo.
Mensagem enviada a um amigo algures na costa do Atlântico Norte: O meu salário do Jornal …… é incerto, não se sabe quando cai, está como tudo aqui, incerto. Por isso sugiro que instruas um teu familiar ou amigo aqui em Luanda para me enviar duas recargas de telemóvel da Unitel, para o meu móvel … … … … pois devido à falta de saldo vou ficar sem comunicações. Antes conseguia kilapi por aqui, agora está muito difícil, ou impossível. A empresa Sókilapi, Lda faliu. Também à Grande Marcha da Fome aderiu. Dia a dia isto infesta-se de maldade, antes era a guerra pela independência, agora é a guerra pela sobrevivência. Está comigo um neto de três anos e meio, posso dizer permanentemente, e só para te dar uma ideia dos preços, uma lata de leite Nido de 400 gramas custa oitocentos kwanzas. Assustador, não é?! Costumamos guardar a comida para ele e o pouco dinheiro também lhe fica reservado, e nós, eu e a minha esposa, comemos qualquer coisa, por exemplo, há quatro dias que comemos arroz com couve. Devido à crise os pais dele também passam por maus momentos. Beber um vinho, cerveja, isso são luxos. Como sabes, sou técnico de contas, uma profissão que aqui não tem qualquer valor porque onde há corrupção não há contabilidade, pois os corruptos têm pavor dela. Nem mesmo perante a monumental crise do petróleo os corruptos lhe dão valor, o que traz funestas consequências para a moribunda RCE. Antes era, posso dizer, fácil conseguir trabalho, mas desde que ordenaram a invasão de Angola pelos portugueses nunca mais consegui nenhuma empresa para lhe fazer a contabilidade. A promiscuidade portuguesa avançou até atingir o nível de máfia, e neste momento espanto-me como é que os mwangolés são despedidos devido à crise, e os portugueses conseguem emprego. Isso pode-se comprovar facilmente pelo Facebook no site deles. Os chineses também diariamente roubam os empregos dos mwangolés. Neste momento já se torna muito difícil aqui sobreviver e dentro de alguns meses creio que será impossível aqui viver. O ambiente crispa-se diariamente e não se vê nenhuma solução. De certo modo posso afirmar que as pessoas vivem aterrorizadas, basta ver à noite nas ruas. Devido à crise do petróleo há muito prevista, mais que desgraçadamente anunciada, os mwangolés são despedidos aos montes, tal como o lixo que se vê nas ruas e que não para de crescer até engolir esta cidade, a cidade do lixo, onde tudo e todos são lixo, lídimos representantes da lixeira mundial. Mas os portugueses conseguem empregos e outros conseguem mantê-los não se sabe como… sabe-se muito bem, pois quem apoia a corrupção salva-se muito bem. A actividade dos chineses é extremamente escandalosa, basta citar o exemplo das fábricas de tijolos, sob o silêncio do partido que há muito finge estar cego, finge que não vê nada, apenas se preocupa com a facturação que resta do apocalíptico petróleo nos saldos de miséria para abastecimento do palácio e da sua vasta família que rodeia o fausto faraónico. Tudo isto constitui uma situação gravíssima, mas como os que fingem que nos governam já cegaram de vez, aguardemos que isto caia também de vez e para sempre.
Ver isto com olhos de ver: não será mais importante que a estafada e falhada operação presos políticos afastar as populações da Grande Marcha da Fome e conduzi-las para a Grande Marcha da Comida? Porque só os do palácio têm direito a comer e a população não? Governar a fome com repressão é procurar o fim imediato ou não? Persistir no infantil erro, é carregar o caixão do desterro.
Enquanto a Igreja corrupta de Angola estiver de pé, nunca levarei a sério a cruzada do Papa Francisco I.
Isto está como um cavalo sem freio nos dentes, e ninguém tem a coragem de lhe tomar as rédeas.
Atenção! Ler livros dá prisão.
Parafraseando Galileu (1564-1642). E contudo a corrupção move-se.
Má governação é ficar no poder até à exaustão.
Má governação é vivermos rodeados de lixo por todo o lado, é uma governação que foi atirada para o lixo.
Onde há presos políticos há horrível governação.
Parafraseando o poeta português António Aleixo: quando este Mpla cair do seu pedestal, a vida será para todos igual.
Sem nenhum intelectual, o Mpla faz o seu funeral.
Manos e manas! Apoiemos todos a grandiosa Marcha da Fome do nosso glorioso Mpla. Viva o nosso Mpla!
Ponham-se estupidamente armados em Coreia do Norte, a matarem-nos à fome, e depois vão ver o que lhes vai acontecer.
O Mpla é muito bom para alguns, e muito mau para muitos. É o partido da maioria da absoluta fome.
Parafraseando Napoleão Bonaparte (1769-1821). Ó esfomeados! Olhai! Do alto deste palácio, quarenta anos de fome vos contemplam, vos arrasam!
A corrupção é uma flagrante violação dos direitos humanos. É devido a ela que qualquer cidadão é um preso político. E quanto mais se fortalece até acabar numa epidemia, montanhas de cidadãos são acusados de conspiração, montanhas de presos políticos apodrecem nas prisões, pois a estratégia é fazer por qualquer meio que eles lá morram devidamente assistidos pelo demónio. E Angola há muito que está inundada pela corrupção. É uma inundação de tal ordem que é devido a isso que quando andamos nas ruas ficamos com os pés molhados.
Se não fosse a Igreja e as igrejas, em Angola não existiria corrupção, ditadura e presos políticos.
Aurea Palhares. “O banco Bic está a fazer transferências? Pelo que sei deram prioridade aos fornecedores, e as poucas transferências que fazem estão super atrasadas, Bic está nos piores para mim, desisti, boa sorte.”
Uma sobrinha de uma vizinha foi levantar os dólares no banco que lá tinha depositado. Informaram-lhe que não têm dólares e que poderá levantá-los convertidos em kwanzas. Está muito chateada. Disse que se vai queixar. Não sei a quem, alguém sabe?
Quem faz de um país uma prisão de presos políticos, é porque se vê incapaz de resolver problemas económicos. E a manter-se teimosamente assim verá a hecatombe final. Mas como é que em Angola são detidos conforme a lei, se em Angola não existe lei.
Ouvi na Rádio Despertar que por toda a Luanda as kinguilas estão a ser presas, algemadas e encaminhadas para as esquadras onde lá ficam.
E a RCE tornou-se um país tipicamente africano, daqueles onde não vale a pena ligar a nada, porque só se vive o dia-a-dia, o dia de amanhã não existe.
Sempre as mesas vozes que há quarenta anos se ouvem. Isso são vozes do além que estão aqui para nos atormentar, para nos aterrorizar, para as suas tumbas nos levar.
Na província do Namibe, a Grande Marcha da Fome já lá chegou em força. Já não se pode comer pão porque os preços sobem, sobem, e não caem. Mas os meios da desinformação da RCE garantem que este paraíso – com bombardeios constantes de imagens paradisíacas - não sofreu alterações. Parece o paraíso prometido das Testemunhas de Jeová.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (15)



Outro 1975 à vista, mas desta vez com os cofres vazios e fome generalizada, prenúncio da encruzilhada de outro país africano em poder dos senhores da guerra.
E os bandidos passaram na porta do prédio e quase gritaram de arrepiar: “os primeiros que vamos matar são os estrangeiros.”
A religião destruiu Angola, a África e o mundo.
Para aqueles que da crise se refugiam no cigarro, e logo, para quem fuma cigarro atrás de cigarro, se define o seu trágico futuro.
Aqui, nesta conjuntura, sinto-me como se estivesse no lugar mais longínquo da civilização.
As portas do caos estão abertas. Os que as abriram dizem que a situação política e social está estável. Bancos sem divisas, extrema miséria, a fiel amiga da fome que se espalha sem solução, porque parece que não há mingúem que saiba ou se interesse por solucionar tão fáceis coisas. Está tudo estável, até a ininteligência. A corrupção é a garantia de estabilidade dos bem adormecidos no continente berço da humanidade da mão estendida.
No Facebook, no sítio, portugueses em Angola, quando algum português está aflito com alguma coisa, envio de algo urgente de Portugal para Angola ou vice-versa, ou qualquer outra situação, como por exemplo uma dúvida ou uma preocupação de saúde, os outros portugueses respondem de imediato disponibilizando-se para ajudar. Os portugueses têm espírito de entreajuda, solidariedade, educação… de civilização. E os mwangolés no Facebook, também são assim? Salvo raríssimas excepções que confirmam a regra. Os mwangolés ainda não têm noção dessas coisas, talvez daqui a alguns séculos o consigam… se até lá não forem extintos, o que pelo actual andar das coisas não terá nada de surpreendente.
Rui Saraiva: Caros Amigos esta situação dos cartões de crédito deu cabo do dia...da semana...sei lá...queria saber, quem tem cartões de crédito de outros bancos sem ser o Standard bank e o Atlântico se está a acontecer a mesma situação? Obrigado. Pedro Cota Cruz: Esses cartões já não estão a dar para levantar em Portugal. Luis Vaz: Continua a funcionar o cartão Kumbu do banco sol, levantamentos equivalentes a 1000 usd a cada 3 dias. Desvantagem: tem que ser carregado em USD. Ana Fernandes:  Os nossos do BNI e do BAI já não têm permissão de carregamento há muitos meses. João Gomes Azevedo:  só quando os estrangeiros forem todos embora é que eles vão aprender. João Carvalho: nunca dorme o chinês!!!! o presidente angolano também não, a filha também não, o genro também não, uns quantos generais também não e outros ......!!! só o povo é que anda distraído e a dormir ........há muito tempo ....!!!”
Com o preço do petróleo quase a zero, o Brent a 28,76 e o Wti a 28,46 dólares, Angola vai desaparecer muito rapidamente e vai juntar-se ao clube dos países africanos da mão estendida.
Um bom governante é o que garante à comunidade internacional que a situação política e social de Angola é estável, mas a miséria e a fome estão muito instáveis, já deram o ultimato, estão em guerra com a situação política e social. Sem dúvida alguma que tal discurso é mais uma cabala do ritual dos feiticeiros angolanos.
Mensagem de um amigo: “O peixe que andam a vender (na rua) está todo estragado. Hoje comi um com um gosto muito estranho.” Também aconteceu comigo e com vizinhos.
Sobre a escassez de divisas nos bancos angolanos no Diário Económico: solange 
Mas alguém tem dúvida que preto é burro... Má gestão isso sim...  Não queriam ser independentes, está aí o resultado... E o pior ainda está para vir, deixa só os dólares na rua acabarem... Mafurra: Com certeza que queriam. Todos os povos querem! Ou você acha que só Portugal tinha esse direito? O povo angolano não tem culpa que meia dúzia de corruptos tenha tomado conta do país, e o tenham transformado nesta desgraça. E se for a ver, esses corruptos estão TODOS bem de vida. Com o dinheirinho bem guardado FORA de Angola. Fernando Fernandes: Os povos têm direito à auto-determinação. Negociámos mal, mas fizemos o que devia ser feito. Quando aos dólares na rua, já acabaram, salvo honrosas excepções. Mas ajude-nos, que julga vir a acontecer? Joka Snow’s: Em que país estamos? Desde quando o racismo é permitido nos comentários. Um pouco mais de respeito pelas pessoas e por um país de expressão portugueses chamado Angola é preciso. Fernando Fernandes: Os exemplos indicados para as aplicações de divisas parece-me reduzido. Cito; pagamento de salários, transferências para famílias, transferência de resultados, compras ao exterior, compras de viagens, pagamento de empréstimos ao exterior, serviço de dívida a fornecedores, abastecimento alimentar ao mercado. Com origem no exterior. Mas deve de haver mais. Com a relação usd - kwanza a subir todos os dias, não sei como vai ser para 200.000 portugueses em Angola. Brytes Lx Fernando Fernandes: os 10M de Portugueses aqui no Continente devem preparar-se para um regresso de Retornados parte II... e é bom que nos preparemos para isso antes que seja tarde e depois de eles começarem a aterrar é que se pense em arranjar trabalho para eles. Uma: Então tinham tanto dinheiro??? Preto é burro mesmo, né?!”
Artigo publicado originalmente em Socialism Today, a revista do Partido Socialista (CIT na Inglaterra e País de Gales). “As batalhas travadas na Primeira Guerra estão entre as mais sangrentas na história. Na batalha de Ypres, na Bélgica, o exército britânico perdeu 13 mil soldados em três horas só para avançar 100 metros! No primeiro dia da batalha do Somme, morreram 60 mil, a maior perda já sofrida pelo exército britânico. Isto apesar do fato de que, nos seis dias anteriores, as linhas alemãs tinham sido atingidas por três milhões de granadas! O total de vítimas na batalha do Somme foi de 1,1 milhões de soldados em ambos os lados. Até o fim da guerra, em 1918, os Aliados (liderados pela aliança da Entente, entre Grã-Bretanha, França e Rússia) contabilizaram 5,4 milhões de mortos e sete milhões de feridos. Seus opositores das Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria, o Império Otomano e Bulgária) sofreram quatro milhões de mortes, 8,3 milhões de feridos. Foram principalmente recrutas jovens, da classe trabalhadora, que faleceram. Motins eclodiram nos exércitos franceses e britânicos. No norte da França, as tropas no front ocidental receberam ordens para começar uma segunda desastrosa batalha do Aisne, sob a promessa que ela acabaria com a guerra. O ataque falhou e o ânimo das tropas mudou de um dia para o outro. Quase a metade das divisões de infantaria francesas no front ocidental se revoltaram, inspiradas na Revolução Russa. Três mil e quatrocentos soldados enfrentaram corte marcial.”
Se as democracias continuarem a apoiar, a depender das ditaduras, o terrorismo será invencível porque a sua força vem da opressão e da repressão, claro, das minorias no poder que se dizem democráticas, mas que na realidade não o são, e que também favorecem o surgimento de mais coreias do norte.
A oposição tem que ser muito forte para reagir, enfrentar o poder que conduz as populações para a fome como se fosse o escolhido por Deus para nos governar eternamente. Se a oposição é incapaz porque a sua liderança é muito fraca, logo não consegue garantir a vida dos cidadãos, essa oposição e a sua falsa liderança devem de imediato resignar e entregar o poder aos verdadeiros e corajosos patriotas salvadores da nação.
Eu, corrupto, juro solenemente que apoiarei e defenderei a corrupção de Angola.
“José Almeida: Pior, em Luanda a classe política toda, que tem mamado estes anos todos são constituídos por Generais e ex FAP, portanto eles controlam o exército. Como é que se derruba um governo assim!!!! Só com intervenção externa... Porque o povo Angolano já sabe o que lhe espera se se revoltar. São mortos ou presos, e num pais que não existe direitos humanos!!!! Os Angolanos não têm força para mudar o rumo do país. Por isso vai ser roubar ate mais não poder, essa matéria não diz nem um terço do que esse indivíduo roubou ao povo Angolano, o estrago que ele fez e os bolsos que ele encheu, exemplo a IA. Agora cidade de Luanda, Angolanos preparem-se porque cada pedra desse plano Municipal vai custar ao povo Angolano o quádruplo do seu valor, muitos bolsos para encher. Ou então melhor ainda nada ou pouco vai ser feito e o dinheiro magicamente ira desaparecer... Lol.”


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Os presos políticos da grande sinfonia da fome





A política da terra queimada
Não resolve nada
Presos políticos no Estado falido
Que definitivamente está combalido

A orquestra sinfónica da fome ensaiava
Para os esfomeados tocava
Dos acéfalos políticos orquestrava
E ninguém se salvava

No petróleo em alta todos nadavam
No dia de amanhã não pensavam
Vem aí a grande debandada
Não se sabe fazer mais nada

A terra fingia-se de lavrada
A abastança do petróleo comandava
Agora lutarão entre si na terra enlutada
Tal gente endemoninhada

Falsos defensores do povo na oposição
Tudo fazem para enredar a população
Apenas querem o poder de ocasião
Tirar um pôr outro é uma substituição

Um intenso sofrimento me acompanha
Dos quarenta anos da campanha
À moda norte coreana
Eis os feitos de gente tacanha

Onde ser político é muito fácil
E por isso é só asneirada
Perante gente tão vil
Não é possível viver na canalhada

Sem alternância de poder não há democracia
É governar como um concurso de ludologia
Poder de prazo nunca expirado da melancolia
Do abraço final da fome na nossa agonia

Também já passo fome mano Zé
E então como é
Esse partido político da fome
Que sem misericórdia nos consome

Quem é que se vai confiar nesta gente
Tão falha de valores morais
Essa religião tem muito descrente
Extinguiram-se os valores sociais

A grande sinfonia da fome caminha
O silêncio da Igreja e igrejas é sepulcral
Sob o que resta da nação que definha
É estável (?!) a situação política e social


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (14)



Com a penúria completa, sem os dólares do petróleo, é um dever revolucionário.
Se não fossem os presos políticos jamais teríamos democracia e liberdade. Sem eles viveríamos permanentemente numa jaula sátrapa.
Convém que Angola permaneça o feudo dos analfabetos, para que a minoria que nos governa e os estrangeiros jurem que Angola é o paraíso.
Do África Monitor: “Em Angola, chegada a hora, o Exército vai sair à rua para proteger quem não sentiu os aumentos e a desvalorização da moeda, quem não sentiu faltas de abastecimento em casa ou quem deixou a bom recato os carros de alta cilindrada e as grandes casas protegidas por armas que já podem ser chinesas. E o Povo de Angola, que está a sentir a penúria da falta de petróleo também está com medo. E a situação vai apodrecer.”
A história da curta vida do mwangolé: Nasceu na miséria, viveu na miséria, e na fome morreu.
Antes, devido à guerra passávamos mal. Agora, devido à paz passamos fome.
Mais de cem mil despedimentos. Um exército de mais de cem mil famílias famintas. E o ínfimo exército de bajuladores diz que isso não é problema.
Angola e o que resta da África, são como um animal ferido de morte que se esvai em sangue sem nenhuma hipótese de salvação porque os seus líderes agem como chefes tribais.
Os intelectuais (?) bajuladores conduzem-nos à miséria e à fome.
E que não se deve lutar contra Deus, pois quem o fizer será derrotado. Mas, como podemos lutar contra uma coisa que não existe, porque Deus é a invenção dos homens maus para subjugarem os homens bons.
E os exércitos de famintos não beneficiaram dos dois milhões de dólares pagos à cantora norte americana, Nick Minaj, pela Unitel, que actuou em Luanda.
Nós sabemos muito bem como é que acaba um país onde não há noção de responsabilidade.
Afinal é esta a ameaça terrorista que a Polícia tanto falava, a do aumento dos combustíveis... de tudo. Depois do incrível aumento dos combustíveis e similares, até da água, da energia eléctrica… e do pão, é como se Angola fosse contaminada por um vírus de poderosa letalidade, onde a população corre sérios riscos de em pouco tempo desaparecer ou enfrentar sem medo o poder.
Neste mundo da maldade acreditei nas pessoas e vi a minha vida destruída, no viver do frenesi do cai e levanta-te até ao momento final da força que se esvai, que cai e para sempre vai, como diz a Igreja, ao encontro do Pai.
06 de Janeiro de 2016, cerca das onze horas da manhã. Conforme uma testemunha: uma senhora mwangolé aí dos seus quarenta anos, entrou no banco Millennium na rua Rei Katyavala em Luanda, e saiu com uma pasta com muito dinheiro, não se sabe quanto. Caminhou pelo passeio para pagar uma despesa num local bem próximo do banco e do seu carro estacionado. Caminhava normalmente quando repentinamente – é sempre assim – um jovem assalta-a também muito rápido, saca-lhe a pasta com o dinheiro e outros pertences, documentos pessoais, etc, e salta para a moto estrategicamente movimentada que arranca em louca correria.
Depois de quase dois meses sem um corte no fornecimento de energia eléctrica, eis que no dia 06 de Janeiro de 2016 surge um inesperado, desculpe amigo leitor, um esperado corte que começou às 11.40 e terminou às 15.38 horas. E depois, no dia 10 até ao dia 11 de Janeiro, foram trinta horas do habitual pesadelo, sem sabermos o que se passou. Será que foi um acto de terrorismo? Claro, só pode ser, pois quem nos priva assim de energia eléctrica outra coisa não pode ser.
Creio que não vale a pena virem com lamentos, porque todos sem excepção viviam acomodados na doce sombra do bananal do paraíso do petróleo, e como tal não se produzia nada, - sal, jindungo, batata, tomate, cebola, etc, etc, tudo importado - era só pegar no dinheiro do petróleo e importar, importar… agora é só esfomear porque não se sabe o que é trabalhar.
Isto não pode continuar assim, com estações de rádio, de televisão, jornais, etc, para uso exclusivo de analfabetos.
Neste interregno do tempo em que me encontro, vim aqui parar por acidente e está difícil daqui fugir, confesso que não sei se terei, se verei o dia de amanhã. É que a bruma do tempo tolda-o e ele acabará por se extinguir.
Luanda será uma capital inteligente como Barcelona. Entretanto o lixo engole-a.
Quando algum dirigente da oposição dardeja palavras, o PR José Eduardo dos Santos, dá-lhe um berro e ele cala-se, fica cagado de medo. Viver esperançado numa oposição de palavras enquanto a fome nos devora, é como esperar que uma batalha perdida se ganhe.
Diálogo com um perito amigo: "Como é que as empresas petrolíferas reagem?, ou reagirão a um preço quase de borla?" "Vão frear a exploração e a produção. Daí o desemprego em massa."
Portugueses em Angola: “Joao Calcinha. Epa ainda a semana passada um Angolano me disse que Angola tava a pagar a divida portuguesa. ..e a agora? Como ficamos ? Pagar como? com kuanzas? Ele há cada um. Nuno Patrão. Com dólares!!! Ana Martins. Nem vale comentários. Na verdade quem não sabe governar a sua casa, como governar um país como Angola??? Pedro Andrade. Os angolanos em geral nao merecem um futuro destes so poque acreditaram num sonho . Sonhar e ser imaturo nao merece castigo . No entanto alguns sem vergonha merecem bem pior do que isto. João Carvalho. Guerra civil !!!??? ....já devia ter começado ....:! tinham evitado que aquele país fosse saqueado e estivesse a passar o que está a passar ! Nuno Patrão.  Angola já teve muitos anos de guerra civil... João Carvalho. Está a precisar de mais uns quantos , para limpar mais uns quantos que por lá andam a estragar aquele país.......! Afinal , um país com o subsolo mais rico do planeta e está na bancarrota é por conta de acontecimentos como a primeira bilionaria africana ser angolana ........! Manuel António Lopes Godinho. Infelizmente está a porta o que temia e para evitar assistir a isso vim. Embora... Uma guerra civil...oxalá esteja errado... Teresa Teixeira. Não duvido quando Têm um presidente que tem o monopólio de tudo que se espera. Tito Leandro P. Martins. Isabel dos Santos á pouco tempo em entrevista disse que não havia crise em angola... José Teixeira. Para os bolsos dela não. Francisco Valente Coelho. Tantos anos a roubar um povo e agora nao ha kumbo? Ahahaha ainda existem bajuladores deste regime.. Ridículos. Joao Carlos Prestes. Mais uma vez Angola vai cair. E desta vez, não há colonialismo...Há corrupção, incompetência e insenssibilidade...e, no que diz respeito ao dar a volta por cima, o mundo tem visto como dão essa volta e, milagres, não há. Ou são os chineses que os salvam (mas com um custo gigantesco), ou, naturalmente, a guerra vai mesmo surgir...”
Da agência LUSA/TSF: ”Segundo o alerta, emitido na sexta-feira (08 de Janeiro de 2016) e que ficará ativo até 8 de fevereiro, os cidadãos norte-americanos em Luanda são aconselhados, "como medida de precaução", a evitar a presença no Belas Shopping, Ulengo Comercial Center e Hotel Baía (centro da cidade). Na mesma informação, os cidadãos norte-americanos são aconselhados a elevar o nível de alerta pessoal, a evitar grandes eventos e locais de concentração em Luanda, bem como à revisão de planos de segurança individuais.”
E a Inglaterra e os Estados Unidos da América comunicaram aos seus cidadãos através dos seus sítios na Net que em Angola, as províncias de Cabinda e da Lunda Norte são consideradas zonas de risco para os seus cidadãos. Comentário de uma portuguesa: Dilma Conceição. Isso é tudo falso cidade segura é Angola até ao momento.
Se fosse possível fazer de Angola outra Coreia do Norte, oh!, como isso seria a nossa extrema felicidade… e da China, só que, - que tristeza – isso não dá, não é possível, e impossível também não é,  mas vamos insistindo, investindo com toda a força da nossa repressão e conseguiremos sim senhor. Temos que dar tempo ao tempo porque estamos profundamente empenhados nisso. Angola será o paraíso de todas as ditaduras mundiais.
O colapso do petróleo e outros colapsos: Preços do barril: Brent, o nosso (?!) petróleo de referência do Mar do Norte, que já não o é, a 30,31 e o WTI a 30,48 dólares, significando que o fim dos sátrapas está próximo e o da população também.
Entretanto perde-se precioso tempo com espectáculos circenses de presos políticos, e muito brevemente como será? O pior aproxima-se num cenário dantesco e está tudo bem, normalíssimo num país que vai desaparecer, explodir e desfazer-se em pó.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O país dos presos políticos, da extrema miséria e fome




Onde há presos políticos não há garantia
De liberdade e de democracia
É a desgraça de Angola a cada dia
Que da sua população faz razia

Povo esfomeado
É povo atormentado
É povo desesperado
É povo abandonado

A cada ano que passa
Mais aumenta a nossa desgraça
Como punhal que nos trespassa
Dos conluiados na trapaça

Lá vão os esfomeados
Pela corja dos políticos aldrabados
Lá vão eles condenados
Para os barcos dos refugiados

Angola onde ninguém já se aproveita
Angola dominada por mais de uma seita
Neste reinar da imbecilidade
Onde já ninguém fala verdade

De quarenta anos desesperançados
Na mesma música do fomos libertados
Mas há muito no mar da fome afogados
No navio sem governação naufragados

Festeja-se a fome no palácio presidencial
Nunca em Angola se sonhou tal ritual
Naquele palácio todos os dias são natal
Nunca se desejou à população tanto mal

Não havendo mudança
Perde-se a esperança
E como nada está a mudar
As nossas vidas a fome vai acabar

Um país de presos políticos não é soberano
E isso é um pérfido engano
E assim lá vamos mais 40 e mais um ano
Que o cerco nos liberte do poder leviano

É a fome generalizada
Dela só uns poucos escaparão
Os da família consagrada
E milhões morrerão

Na requalificação dos esfomeados
Até petizes de dez anos são baleados
Os seus bens espoliados
Pela constituição dos renegados


sábado, 16 de janeiro de 2016

O REI DO PETRÓLEO (17)



RCE - República dos Comités de Especialidade, algures no Golfo da Guiné.

Os presos políticos são as flores que embelezam esta nação sem jardins botânicos.

Quem não for de um comité de especialidade é como se não tivesse bilhete de identidade.
O inferno da crise enviou para o desemprego mais de cinco mil trabalhadores da construção civil que se juntarão à Grande Marcha da Fome. Mas muitos mais verão um recibo em branco no final de cada mês porque também serão despedidos. Será a edificação da nova pátria dos desempregados, onde não existirá mais divisão de classes, a tão esperada vitória final do socialismo científico e da criação do homem novo e do partido sem trabalho.
Uma curiosidade: a palavra mais pronunciada pelos mwangolés continua a ser: vou-te bater!
“Rasguem a Constituição e digam que estamos num Estado autoritário.” Advogado, Francisco Viana, depois da repressão policial sobre os manifestantes a favor dos presos políticos em Benguela, e que depois foram levados para parte incerta.
Mais um prémio para a cidade de Luanda. Foi considerada a cidade mais suja de África, por enquanto ficou em terceiro lugar, mas muito em breve conquistará o primeiro lugar devido à persistência que a caracteriza. Para nós o lixo é impressionante, para a governação extremamente desorientada isso é a normalidade da vida dela. Só tem dinheiro para as luxuosas actividades palacianas e para reprimir manifestações pacíficas e encher as prisões de presos políticos. Dinheiro para a recolha do lixo não há… não o há para nada, só para despesas supérfluas. De repente a minha mente diz-me que isto é impossível acontecer em 2016, e transporta-me de imediato para a Idade Média. Sim, este é o verdadeiro ambiente em que nos encontramos, e dele ainda não se sabe quando sairemos.  
De uma vizinha: «Cuidado… quem se mete com o PRVP-Partido Revolucionário da Vanguarda do Petróleo, hum! hum, ele mata. Muito cuidado, não se metam com ele.»
Os sinais são bem evidentes porque prenunciam o que em breve vai acontecer, um medonho TERROR. Conforme a Rádio Despertar, no Cacuaco, arredores de Luanda, os fiscais arrastaram pelo chão uma zungueira com a sua criança de oito meses às costas. Os carros pararam e devido a isso o trânsito ficou engarrafado. Um cidadão abandonou o seu carro e foi em auxílio das há muito abandonadas pela lei. Os fiscais sempre sob o reinado do terror ameaçaram-no: “Não te metas, sai daqui!” Mas ele não saiu e disse que isso não são maneiras de tratar uma mulher com uma criança às costas. Foi selvaticamente sovado com porretada e depois chegaram os polícias que lhe pontapearam, algemaram-no e prenderam-no como sempre sem acusação. Esteve na esquadra dez horas no cumprimento da lei do Terror. Antes, um seu conhecido seguiu-o no seu carro atrás da viatura da polícia que o levava. Chegado na esquadra perguntaram-lhe o que é que ele queria. Ele respondeu que vinha saber o que se passava com o detido. Os polícias também lhe surraram e como manda a lei do terror o abandonaram. Da zungueira e da criança de oito meses ninguém soube mais nada. Talvez que estejam para aí abandonadas num poço de petróleo também abandonado pelos preços que com tanta despesa injustificada e custos elevados, – como se costuma dizer – isto já não dá parta o petróleo.
Mais terror: Pergunto-me porque é que nenhum realizador internacional – nacional, isso é uma quimera - se preocupa em filmar os terrores de Angola e de Luanda? O estado dentro de outro estado. Rafael Marques de Morais disse em Lisboa que um general lhe telefonou para ele saber que na maternidade Lucrécia Paim em Luanda, onde uma parturiente já em vias de facto foi-lhe dito para aguardar lá fora porque ainda faltava muito tempo. Ela assim fez e deu à luz debaixo de uma ambulância, o nascituro - pobre coitadinho vítima das crianças afogadas na RCE - bateu com a cabeça no chão e morreu.
A Grande Marcha da Fome avança imparável, incurável, impulsionada, orquestrada pelo nosso Grande Obreiro, o poderoso Arquitecto de tudo. A Grande Marcha da Fome abisma a Nação, porque a péssima política económica conduz o país para o abismo. As suas populações continuam com o estatuto de presos políticos. Povo esfomeado é acusado de tentativa de golpe de estado. Esfomeados desta Nação! Façam boa viagem e saúdem a corrupção! Estes que vos governam regozijam-se, apressam a vossa, a nossa morte. Que se calem as vozes dos cobardes e dos hipócritas que fingem defender o povo, pois será deles o inferno no céu e nesta terra.
E o Rei do Petróleo estava contentíssimo porque mais uma das suas ideias prevaleceu. Convém salientar que qualquer ideia sua mesmo antes de a divulgar já tinha o apoio incontestado do seu partido – sim o partido era só dele – e logo vinham as palavras de ordem: Viva ele! Ó Rei do Petróleo, tu és o máximo! Ó garante da paz e reconciliação nacional! Ó senhor dos nossos exércitos! Ó grande democrata! Ó responsável pelo bem-estar das nossas famílias e dos nossos filhos, das nossas crianças que graças a ti, leite, pão, comida nunca lhes faltarão! Este paraíso foste tu que o construíste! Sim, ele tem muita razão e quem o contrariar merece prisão como preso político sem acusação! Nesta terra de cegos só ele tem a visão de um grande líder. Só ele é que vê, só ele sabe tudo. E logo só ele está em condições de resolver tudo. Os outros, aqueles que nele não acreditam, são presos e enviados como cobaias para laboratórios para que os nossos avançadíssimos cientistas neles estudem e possam desvendar os segredos da vida e assim contribuírem com os seus cadáveres para o bem da ciência. A RCE está-lhes infinitamente grata.
Libertar é os vossos corpos entregar para a nossa ciência estudar.
Onde há ditadura há presos políticos, pois sem isso ela não existe. E quantos mais presos políticos inventar, mais cresce o movimento do revoltar. E onde não há dinheiro a revolta está sempre primeiro.
Onde há muita miséria e fome por trás há sempre uma feroz ditadura.
E os comités de especialidade provinciais esmeraram-se como sempre em mais uma solicitude do altíssimo líder Rei do Petróleo. Logo, logo fizeram baixar, isto é, ordenar, a todas as instituições públicas e privadas que quem não acatasse mais este desejo do grande entre os grandes, o Rei do Petróleo, seria sancionado de acordo com as normas estatutárias do partido sempre em tudo vencedor. Sim, dos fortes não reza a história, porque a história relata os factos sempre verídicos dos fracos contra os fortes, e como os fracos são sempre os vencedores, claro que os fortes são sempre os perdedores.

Em toda a RCE era um mar de gente nunca visto, nunca na sua história se conseguiu reunir tão volumoso exército para a consolidação da Marcha da Grande Fome. Claro que o Rei do Petróleo não estava presente, mas estava sempre omnipresente devido aos seus inúmeros negócios de estado, isto é, os seus incontáveis interesses empresariais que iam desde o jindungo até ao petróleo. A RCE era um vasto império empresarial, e o Rei do Petróleo dirigia-o com mão de ferro. Ele considerava que a RCE era uma gigantesca empresa e como tal as populações eram seus empregados, fiéis servidores E mandou aprovar uma lei geral do trabalho que obrigava os trabalhadores a trabalharem doze horas e a serem sumariamente despedidos… com um vencimento mínimo nacional de quinze mil kwanzas. Era uma lei da consolidação da escravidão. Também, num Estado escravocrata nada havia a esperar. Quer dizer, o patrão acorda mal disposto e despede sumariamente o empregado. Ou pede a uma empregada para foder com ele, e como ela está nem aí, ele também a despede.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O REI DO PETRÓLEO (16)



RCE - República dos Comités de Especialidade, algures no Golfo da Guiné.

LIBERTEM OS PRESOS POLÍTICOS, JÁ!

Em Roma sê romano, na RCE sê corrupto.
Andam todos de cabeça perdida. A água para todos: no prédio colocaram um aviso – afinal é em todos os prédios – a ameaçar que a EPAL, Empresa Provincial de Água de Luanda, vai cortar o abastecimento porque ninguém paga os consumos. Quarenta anos depois... e agora que ninguém tem dinheiro... mas privar a água a quem tem as contas em dia, como se fosse um vulgar caloteiro… então pagar regularmente as contas não adianta nada porque também sofrerá as consequências. Então, pagar ou não pagar eis a questão! Não adianta pagar! Porque a água me vão cortar, faltar. Quarenta anos de dívidas que têm de ser perdoadas porque o culpado disso é o governo que nos abençoou com tal apocalipse, e passar a contar os consumos de por exemplo de há três meses atrás. Quando nadavam no dinheiro do petróleo nunca se preocuparam com a cobrança dos consumos. Agora que a fonte do petróleo secou, estão sem dinheiro, a população também, como é que vai ser? Só os demónios o sabem. Um governo de loucos e para loucos.
Onde há muito dinheiro todos sabem trabalhar. Onde não o há, só uma minoria sabe trabalhar.
É como a Polícia que continuamente diz que está tudo sob controlo... tudo sob controlo da bandidagem.
Os chineses continuam travestidos de colonos. Em Viana, arredores de Luanda, numa fábrica de tijolos, furaram a conduta de abastecimento de água para fabricarem a tijolada. A rua é açoitada por enchente sem parar e as casas próximas também. Os moradores já fugiram da zona porque não dá para viver assim na área invadida por bandidos chineses. Estes e outros chineses têm que ser expulsos, creio que alguém o fará.
E a nova lei geral do trabalho que acaba de entrar em vigor foi feita para os chineses. De tal modo que o vice-presidente de uma central sindical disse na Rádio Despertar que essa lei é assassina!
E Marcolino Moco, ex/primeiro ministro de Angola e ex/secretário-geral do Mpla disse que estamos a viver pior que no tempo do colono.
Não há povos burros, os seus dirigentes é que o são.
Numa das suas infindáveis reuniões, o rei do Petróleo produziu um memorando interno que qualifica as populações como presos políticos. Podendo-se prender e torturá-las até à morte se necessário – coisa muito fácil na RCE – por qualquer um. E logo de seguida se inaugurou o campeonato nacional – no futuro será internacional com destaque para as principais ditaduras mundiais e outras emergentes, são tantas as candidatas que se torna difícil contá-las – da caça ao preso político, portanto das populações. Os estádios de futebol às moscas encher-se-ão de multidões obrigadas à força das baionetas, de multidões nas prisões. Os chineses e portugueses aplaudiram de imediato tais medidas repressivas com overdoses de bajulação para garantirem o seu ganha-pão dos servos da escravidão, considerando tais inovações como ajustes ao sistema revolucionário da RCE. Reforçando que são de extrema importância para a paz, harmonia social e sãos princípios de convivência humana. Sim, só eles são pessoas, gente, seres humanos e nós… uns reles montes abjectos de merda.
Se não resolverem o desastre económico, nem adianta pensar em política. Esfomeados seguem a ideologia da fome.
"Há muitas petrolíferas que estão a ponderar sair do país se o cenário mundial não mudar" "Se não houver uma significativa redução dos custos, tudo vai parar", disse o director-geral da Total em Angola, Jean-Michel Lavergne, em declarações à agência financeira Bloomberg, nas quais explicou que caso as condições não melhorem, a indústria petrolífera angolana "vai desaparecer", partindo do princípio que o preço do barril de petróleo se mantém nos 60 dólares. As novas normas sobre as emissões o desperdício, aliadas aos preços baratos, significam que algumas companhias estão a pensar em sair do país.” In  m.economico.sapo.pt
Nuno Garcia. “Um Exmo. Sr. agente da autoridade, apreendeu-me o carro e recusou-se a emitir qualquer auto de apreensão. A quem devo recorrer, aos Direitos Humanos?”
Suzana Neves. “Fui mandada parar. Não por ter cometido qualquer infracção, mas porque sou branca. O agente disse que tínhamos de chegar a acordo ou me apreendia o carro. Disse-lhe para me passar a multa e insistiu que tínhamos de chegar a acordo. 40 minutos depois, e saturada da situação, perguntei - lhe o q queria... queria 5000 kzs. Fui buscar a carteira e dei - lhe. Perguntou - me se lhe estava a dar o dinheiro de livre e espontânea vontade. Olhei para ele e disse "estou - lhe a dar o dinheiro porque se não, não me deixa ir embora"... sorriu e perguntou se eu ia fazer queixa dele.”
Os preços sobem, sobem, pouco faltando para ser diariamente, antecipando a grande catástrofe económica e social, da qual já não resta nenhuma dúvida… do fim do país. O caos total aproxima-se com passos de gigante engolfando os prisioneiros da grande fome. O apocalipse da exterminação da população pela fome, parece um plano premeditado das forças do mal.
Nesta abençoada sanzala de prédios que brevemente cairão aos pedaços porque já ultrapassaram o tempo de vida, devido ao seu mau uso, geradores, partir paredes, infiltrações de água, o supra-sumo da destruição. Na rua das Sirenes não há amontoados de lixo como nas outras sanzalas que mais parecem aterros sanitários onde o lixo engole tudo, incluindo os cidadãos que há muito deixaram de o ser, foram transferidos para canis ao ar livre e claro lá vivem como cães sem dono, sacanas de cães vadios. A rua das Sirenes é muito civilizada, o lixo é recolhido todos os dias, porque creio que o Governo me respeita como cidadão e como tal mereço-lhe muita consideração, talvez por ser um exemplo de cidadania. E na energia eléctrica também há muitos meses que não há problemas, raramente há cortes. A rua das Sirenes é o paraíso de Luanda. Este Governo gosta mesmo muito de mim.
De um mwangolé a explicar como conseguiu construir a sua casa: construí a minha casa e sinto-me muito orgulhoso porque numa empresa onde trabalhei roubei o suficiente para isso. Consegui roubar seis computadores. Roubar nas empresas onde trabalhamos é garantir a nossa sobrevivência.
Pois, nós não somos um Estado soberano, somos o estado de um soberano.
E a grande depressão de 1927 varre a RCE.
A Grande Marcha da Fome ladeada pelos seus comités de especialidade da extrema miséria, faz a sua entrada triunfal em todas as províncias da RCE. Já cadavéricas, as populações são obrigadas a assistirem aos intermináveis comícios realizados de noite e de dia por todos os locais e no fim caem mortas. Logo os corpos são recolhidos e enviados para uma vastíssima necrópole mandada erguer pelo coveiro da nação. Tinha no seu frontispício os dizeres: AQUI JAZEM AQUELES QUE OFERECERAM AS SUAS VIDAS EM HOLOCAUSTO AO NOSSO ARQUITECTO DE TUDO.
Sob escoltas militares e sob constantes ameaças de morte a quem não ousasse participar ou quem não tivesse forças para caminhar, era logo pronto para fuzilar. E aos poucos as populações desapareciam na chacina da Grande Marcha da Fome. E o grande obreiro da nação nas vestes de Deus vangloriava-se dos seus poderes que consistiam em, deus no céu e eu deus nesta terra, olhava extasiado para as multidões de moribundos que lhe agradeciam por tudo quanto ele fez e fará pelo bem-estar da nação, do seu partido e da população. E cantavam em uníssono: Honra e glória ao continuador do nosso guia imortal. E os bajuladores aplaudiam, gritavam para a multidão: prisão e morte para os presos políticos. Um só chefe, uma só democracia. VIVA A NOSSA DITADURA! 


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (13)



Se não pensares no dia de amanhã, não vale a pena viveres.
O Governo deve rever de imediato o Orçamento Geral do Estado, sob pena de enfrentar a fúria da população. (Abílio Camalata Numa, político da Unita)
De um português em Angola: As coisas não estão muito boas, mas também não há motivo para alarmismos.
E o prémio nacional de jornalismo não partidário vai para o jornalista Carlos Rosado de Carvalho, do jornal Expansão. Para o jornalista, António Festus, da Rádio Despertar, e para os jornalistas do Folha 8, António Setas e William Tonet.
Os meus eleitos do ano: Ministro do ano, Batista Borges, ministro da energia e águas. Literatura, José Eduardo Agualusa. Político do ano, Sediangani Mbimbi, do partido PDP-ANA- Partido Democrático para o Progresso-Acção Nacional Angolana. Todos os presos políticos. Jornalismo investigativo, Rafael Marques de Morais. Mulher do ano, Miahela Weba. Rádio do ano, Rádio Despertar. Outro eleito do ano, o advogado David Mendes.
E coitadas das árvores, não foram podadas e com o peso da água da chuva acabarão por desabar. É ver tudo a esperar desabar, a se arruinar. Angola a desabar e o governo a descansar de muito trabalhar.
Trabalhadores da TCUL- transportes colectivos urbanos de Luanda, estão em greve porque há nove meses não recebem os seus salários. O governo – a desabar – mantêm-se em silêncio. Entretanto, os trabalhadores ameaçam entrar em greve de fome. (Rádio Despertar) Salários para os trabalhadores não há, salários para os corruptos… há sempre.
Com os seus presos políticos até gora injustificados, Angola torna-se no principal país da infâmia mundial.
Um homem que faz tudo sozinho é mal aconselhado, é um homem derrotado.
Os exércitos de famintos já se movimentam. Claro que as crianças são as principais vítimas.
Podemos retirar de Angola todas as riquezas para o nosso sustento. Isto é, retirar as riquezas do solo e do subsolo que depois de transformadas são a nossa miséria e a nossa fome.
A repórter da TPA- televisão do “partido” de Angola, está na Ilha do Mussulo e pergunta a uma jovem se está contente por passar o fim do ano. A jovem responde que habitualmente passa todos os fins de ano no Mussulo. E a repórter pergunta-lhe se é a primeira vez que vem passar o fim do ano no Mussulo.
O xerife de Notthingham subiu outra vez os preços dos combustíveis, o gasóleo ronda os cem por cento de aumento. Antes, desde 01 de Maio de 2015, estava a setenta e cinco kwanzas, desde o dia 01 de Janeiro de 2016 passou para cento e trinta e cinco kwanzas. A gasolina que antes estava a cento e quinze kwanzas agora está a cento e sessenta kwanzas o litro. Aguardo com ansiedade que o Robin dos Bosques nos salve, pois que as nossas vidas estão em perigo. E como se continua sem contabilidade, quando ela agora se torna imprescindível – os corruptos não querem nada com contabilidade, preferem destruir Angola e também a eles, pois pelo turbilhão de Angola serão arrastados – devido ao rigor dos gastos e dos custos que a penúria financeira exige, Angola torna-se num país maldito. Os assaltos atingirão níveis jamais vistos ou sonhados acompanhados pela mortandade também jamais vista. A miséria e a fome originarão os temíveis exércitos de famintos. E não será verdade o que dizem: “Não se metam com o Mpla!”. Na verdade será melhor dizer: Não se metam com um exército de famintos porque a sua fúria é incontrolável. Creio que o que há a fazer é “cagar” nos partidos políticos da oposição e criar um movimento de salvação nacional que congregue todos os cidadãos para que a fome não nos carregue para os seus celeiros sempre vazios.
2016, o ano do caos. Chegou o primeiro dia do ano da desgraça de 2016. O exército de famintos aglomera-se na república dos famintos de Angola. Com o aumento dos preços dos combustíveis num estado falido pelo esbanjamento da realeza, onde os preços sobem constantemente, ontem a embalagem do fumo para mosquitos que estava a duzentos kwanzas, subiu para duzentos e cinquenta kwanzas. Se a população já não podia suportar mais nenhum gasto, - onde pára a cebola?!, os asiáticos carregaram-na para os seus países?, pelo que parece também serve para especular – agora com mais este aumento dos combustíveis é o caos total e completo. Mas o país não parece na penúria porque se ouviram as habituais explosões dos fogos de artifício de fim de ano. Então, há ou não há dinheiro? Quer dizer, os fogos de artifício são para uso exclusivo dos príncipes e das princesas deste reino. É necessário manter a vida faustosa da minoria palaciana. Há que extinguir ministérios e similares para se conseguir dinheiro, mas a corte do rei sol não aceita isso e condenará à morte quem se lhe opor sob a acusação de traição ao rei.
De um amigo perito: “O preço (do barril de petróleo) abaixo dos 40 dólares é impraticável para as empresas.”
Mwangolé! As forças políticas medíocres estão contigo.
Corrupto amigo, o povo parece estar contigo!
O general, Pedro Neto, presidente da FAF- federação angolana de futebol, disse que nas folhas de salários há vários trabalhadores que nada fazem e recebem os salários sem trabalhar. E que isso monta a noventa mil dólares mensalmente. Pergunto: quantos mais milhares existirão nessas condições? E ainda mais pergunto: quando é que se acaba com este comunismo que nos corrói as almas, que reduz Angola a uma partícula que nos domina, que como num núcleo atómico se prepara para a grande explosão atómica do tal pesadelo de uma sociedade sem classes, que para existir necessita da classe do poder, a tal classe que nos conduziu ao primitivismo da história.
As famílias são o suporte de uma nação. Em Angola os seus alicerces são a corrupção.
A maior calamidade que nos acontece, é o não confiar em ninguém, porque os que nos dominam estão muito carregados de primitivismo.
A vida não tem sentido. Tem um, conseguir dinheiro para não morrer de fome.
Quando a visão é curta, os horizontes da democracia, da liberdade e das ideias são inacessíveis.
As frutas da árvore da democracia estão maduras, podem ser colhidas. Lamentavelmente não há democratas para as colher e assim elas vão apodrecer.
Outro mártir da intolerância política e da repressão do desespero do caos de Angola, é Marcos Mavungo, preso político em Cabinda sem acusação, sem lei, à espera que apodreça, sucumba na prisão, porque é esta a liberdade de expressão consagrada na constituição.
Quem dirige a economia de Angola e logo o poder, são os chineses, os paquistaneses, libaneses e indianos. E por isso mesmo Angola é por vontade própria trincheira firme dos asiáticos em África.
E há sempre alguém que olha com satisfação para o descalabro de uma nação. Porque dirigindo-a como se fosse um bocado de terra de propriedade pessoal, pouco lhe importa quem nela vive, porque como um senhor feudal quem morrer que morra e daí nada de anormal, pois quem manda com poderes absolutos, desde que no seu solar não lhe falte nada porque as manadas de escravos famintos nada têm a reclamar pois é delas a morte.
Mas que ilusão essa pretensão de nos quererem libertar do colonialismo pois que afinal para outro caminhavam sempre acompanhados de massacres. No colonialismo os povos não tinham direitos e com a independência também não têm. Massacram-se povos em nome da independência e do fim do colonialismo. Na generalidade a classe política é corrupta porque perdeu a capacidade de fingir, perdeu a noção de mentir.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Ascensão e queda do estado falido



Digo que no próximo ano não quero ficar
Mas infelizmente não consigo descolar
E por cá continuo a definhar
É horrível, não consigo mais isto suportar

Os homens maus não param de aumentar
E por isso as crianças não param de chorar
Ninguém é capaz de os homens maus acabar
Para que as crianças possam brincar

Vejam bem o ano que aí vem
Isto não dá para confiar em ninguém
Nem na Igreja e nas igrejas
Falsos defensores do povo
Confundem-se com a repressão
Com palavras bonitas
Dizem que vem aí a nossa salvação
Mas não, é a continuação da destruição
Charlatães políticos sorriem-nos
Nos partidos políticos segue o sectarismo
Como na religião
Onde o outro não pode ter opinião
Os partidos parecem tribos
De obediência cega aos seus chefes

E do terrível ano que já terminou
Outro muito péssimo já começou
Tentou-se envenenar os presos políticos
Se se confirmar não surpreende
Nada, nada, nada nos surpreende
Enquanto o saque chinês acontece
E a corrupção prevalece
Quantos que fogem do inferno de um país
E na fuga para o paraíso de outro
Morrem abandonados
Crianças no martírio dos afogados
Apenas têm um direito, a morte
O divertimento dos políticos psicopatas
Deixar crianças morrerem de fome
É um prazer mórbido
Porque crianças não se podem defender
Crianças são indefesas
Dependem dos homens muito maus

E de tanta maldade consumada
Não dá para acreditar em mais nada
Perdeu-se o rumo desta estrada
Definitivamente está desgraçada
Nas televisões e jornais da palhaçada
Onde todos irão viver à paulada
“Chupar o sangue fresco da manada”
Dos ardilosos que vivem da cambalachada

Estes hipócritas são como a peste negra