quinta-feira, 31 de julho de 2014

O paraíso perdido a ocidente (10)







Um café foi inaugurado. De pequenas dimensões, mas devido à grande afluência de clientes depressa cresceu. Uma esplanada considerável foi construída, o seu interior aumentado, um anexo com bilhar e matraquilhos nasceu. O café não tinha nome, não tinha letreiro que o identificasse, e nós demos-lhe um, o do seu proprietário, Café do Frederico. A sua fama era tal nas redondezas que absorvia clientes de outros cafés. Um outro café nasceu próximo. Considerado de luxo porque uma pessoa mal vestida não podia entrar. Tinha anúncio luminoso muito bonito, Café Três Portas, porque tinha três portas de entrada. Primava pelo silêncio absoluto, um local ideal para estudar, trocar ideias sem ninguém incomodar.
Um investimento vultuoso. Muitos saíram do café do Frederico por vingança, porque como só existia o café dele, tratava-nos como bem entendia, até com desprezo em algumas situações. Assim convencemo-nos que ele iria à falência. O Três Portas em pouco tempo começou a ficar cheio e o Frederico vazio. As semanas iam passando e de repente todos começaram a voltar para o Frederico. O Três Portas ficou às moscas e acabou por falir por falta de clientes. Porquê? Esta era a questão que se comentava. Quem trabalhava no Frederico era o proprietário, a sua esposa e filha e à noite o Antunes, que depois do seu serviço diário vinha fazer um biscate como empregado de café. Já idoso, tinha cerca de cinquenta anos, era muito simpático e brincalhão, e quando algum de nós não tinha dinheiro para pagar a despesa, não havia problemas, no outro dia pagava-se. Claro que existia sempre um de nós mais ousado que entendia de vez em quando aborrecê-lo. Um desses era o Luís. Sentava-se, o Antunes aproximava-se e perguntava o que queria, e o Luís:
- O jornal de hoje e o de ontem, um palito para os dentes, um copo de água e um pano para limpar a mesa
- E não deseja mais nada?
- Sim, acenda-me o cigarro.
- Deseja mais alguma coisa?
- Sim, que horas são?
- É tudo?
- Não. Avise-me quando começar a chover.

O Antunes impávido e sereno servia o seu cliente com muita solicitude. Até que preparou a sua vingança. O Luís no outro dia sentou-se e repetiu os pedidos, mas o Antunes já estava devidamente preparado para o receber e gritou:
- Liguem a mangueira e tragam um tambor com água.
E o Luís levou um grande banho.
Os dias passaram. Luís veio com alguns amigos, juntaram duas mesas e fizeram uma despesa considerável. Mais tarde as mesas estavam cheias de cadáveres de garrafas de cerveja. Eram quase horas de fechar e pediram a última rodada. Beberam e o Antunes apareceu com a conta para pagar. Luís pegou num saco cheio de moedas de valor mínimo, que parecia não ter fundo e entregou-as ao Antunes, este calmamente sentenciou:
- Grandes filhos da puta!.

Quando o Luís aparecia ficávamos atentos, porque nunca sabíamos qual era a partida que ele iria fazer. Numa das vezes alguém estava concentrado a ler o Diário de Noticias – as páginas eram gigantes – sentado, o corpo ficava quase todo tapado. O Luís acendeu o isqueiro e sorrateiramente aproximou-se da base do jornal junto aos pés do leitor e pegou-lhe fogo. Quando a chama se elevava gritou:
- Eh Pá! Estás a arder!
- Hã! Hã!
Quando ele queria beber um galão e não tinha dinheiro, sentava-se ao pé de alguém com um. Utilizava a ponta do guarda-chuva como colher para espalhar o açúcar, como o galão já não dava para beber, ele bebia-o assim mesmo. Há gente capaz de tudo.

O Frederico de vez em quando sentava-se à nossa mesa. Trocava opiniões, dava conselhos, jogava aos matraquilhos, ao bilhar, era quase – podia-se dizer - como um pai. Quando alguém tinha um comportamento indigno não tinha meias medidas. Chegou ao ponto de expulsar clientes seguros pelas orelhas, pelo vestuário e até com um pontapé no rabo. Quando surgia um possível desordeiro nós sabíamos que não demoraria muito que ele não mantivesse o ambiente salutar. Dono de forte compleição física e de altura pouco comum, a sua presença era suficiente para impor respeito. A sua esposa era bastante humilde e seguia os mesmos princípios. A filha quando começou a namorar tinha vergonha de servir os clientes, de levar a bandeja às mesas. Pedia-nos por favor em voz baixa para os servirmos quando eram ocasionais. Isto só se verificava durante o dia porque à noite não era necessário. Em suma, o êxito do Frederico deve-se à intimidade que mantinha com os seus clientes, o que acho digno de realce para quem pretenda manter o seu futuro no negócio.

Depois veio uma sapataria, e antes uma pequena tabacaria que também vendia jornais e algumas revistas. Era aqui que comprava o Diário de Lisboa ou o República. O Diário de Lisboa porque preferia este a qualquer outro, devido à sua linha editorial. Acho que era o mais educativo. Voltando à sapataria, esta tinha muitos modelos de sapatos o que para nós era motivo de satisfação. Depressa angariou muitos clientes e as vendas eram consideráveis. Mas, na parte baixa dos Olivais-Sul existia uma pequena área que devido ao comportamento dos seus habitantes passou a chamar-se aldeia dos macacos.

Lixo e normas de convivência não se ajustavam com os outros moradores. E a sapataria começou a sofrer assaltos. Porta arrombada, caixas de sapatos vazias. A situação de semana a semana mantinha-se. Ninguém sabia quem era, mas suspeitávamos que eram os da aldeia dos macacos. Até que depois as nossas suspeitas se confirmaram. Um grupo de jovens sem meios surge no Café do Frederico. Com bons sapatos, a fumarem boas marcas de cigarros, a jogarem bilhar durante horas, a comerem sandes de fiambre e de presunto e com vestuário caro. Estava desvendado o mistério dos assaltos, eram eles. Pouco depois a Policia Judiciária aparece. Foram todos presos. Pouco tempo depois foram soltos devido aos pais pagarem as despesas correspondentes e o motivo de serem menores. Mas os assaltos aumentaram. Já não era só a sapataria, as vivendas mais luxuosas que circundavam o bairro entraram em pânico devido à onda de assaltos. E lá surgiam eles no Frederico quase como novos-ricos. E a Policia Judiciária também. Como solução para acabar com a onda de assaltos foram os jovens enviados para o reformatório. Os assaltos acabaram. O bairro voltou à normalidade.

Imagem: O Bairro dos Olivais Sul começou a ser construído em 1959. De promoção municipal, abrange uma área de 186 hectares destinada a 38250 habitantes, ...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

08-17Jul14. República das torturas, das milícias e das demolições





Diário da cidade dos leilões de escravos

08 de Julho
É o inicio da segunda, ou terceira parte da série, o sistema bancário na fossa das Marianas. Os tipos estão todos feitos já há muitos, muitos anos, com dados contabilísticos falsos. Os governos sabem bem disso mas tapam os olhos, até que a coisa rebenta, porque é impossível durante muitos anos inventar números sem que surja o descalabro. O mais interessante é as equipas de auditores que não detectam nada? Não, não é possível, estão todos feitos!
Viva a revolução dos apagões! Das 19.54 até às 21.02 o poder supremo cortou-nos a energia eléctrica.
O histerismo político de algumas vozes, junto com a religião corrupta não servem Angola. Só têm visão da pessoal ambição.
A miséria e a escravidão abriram as portas ao povo angolano. E abraçaram-se, e fizeram muitos tratados de amizade, cooperação e respeito mútuo. E foram muito felizes.
09 de Julho
Das 07.40 até às 08.23 horas deixaram-nos às escuras.
Cinco horas e dez minutos da manhã com dezasseis graus de temperatura e oitenta por cento de humidade lá fora. Acordei, no apartamento de baixo o bebé dos indianos esteve meia hora a chorar com força.
Cinco horas e quarenta e nove minutos. No apartamento de cima um casal de amantes mwangolé está na sua actividade habitual, na luta diária da pancadaria. Ouve-se o cair de objectos no chão e o arrastar de mobiliário. Pouco depois é o silêncio. Sabe-se que tais demonstrações de força acontecem de vez em quando porque o amante engravidou outra.
10 de Julho
Não me recordo bem se foi neste dia, não anotei a data porque estou na trincheira insegura devido ao ataque sem dó nem piedade da bronquite crónica que não aceita tréguas. Foi um acontecimento insólito: Creio que pelas 10 e tal da manhã na Rádio Ecclésia, ouvi que o IDF-Instituto de Desenvolvimento Florestal, no Bié, tem apenas seis fiscais para combater a desflorestação anárquica dos carvoeiros. De imediato passo para a Rádio Kairós da Igreja Metodista e oiço também que o IDF do Bié tem apenas seis fiscais. Coincidência incrível não é?!
11 de Julho
No dia 30 de Junho um casal foi com o seu filho ao hospital para consulta de possível cegueira devida à malária cerebral, e os seus pais são informados que no hospital Maria Pia os médicos estão de férias.
Mais um golpe da repressão eléctrica. Ficámos a ver a luz de vela das 17.53 até às 18.24 horas.
Às vezes fico a pensar se a Internet veio para nos facilitar ou complicar a vida.
Quando uma criança nasce com deficiências congénitas, significa que quando no ventre da mãe, o software biológico da imunodeficiência não foi completamente instalado. Houve um erro que o sistema não conseguiu repor.
12 de Julho
Angola está terra de ninguém. Que Deus e os nossos bispos abençoem o nosso partido do petróleo e das barras de ferro. Não se pode aceitar nem conceber que a escravidão do mwangolé seja uma fatalidade.
E todos se vendem – até o clero – por um barril de petróleo.
É impossível haver paz, estabilidade política, social e económica entre a democracia, a democracia do petróleo e a democracia das barras de ferro.
13 de Julho
Mais uma vitória, uma grande conquista: O paraíso das barras de ferro que enche, abastece Angola e os angolanos de violentas equimoses.
E onde não há informação, isso é incitação à violência.
14 de Julho
Na primeira noite o português já mais velho está bêbado, junta-se aos seguranças na entrada do prédio e pede-lhes para que o deixem dormir. Abancou, dormiu e de manhã bem cedo lá foi ninguém sabe para onde.
Na segunda noite o português reaparece e renova o pedido para abancar. Continua bêbado. Pede aos seguranças se lhe podem emprestar dinheiro. Coitados dos seguranças, pois o dinheiro que ganham mal lhes chega quanto mais para fazerem empréstimos. O português muda a conversa para uma moradora que estacionou por momentos para falar com um segurança, e o português sem qualquer pudor diz-lhe para ela lhe arranjar uma jovem angolana. A moradora responde-lhe que se quiser uma mulher que aguarde lá para a meia-noite que a essa hora aparecem muitas jovens mulheres da vida e aí é só escolher uma. O português insiste com outra pergunta, se pode dormir em casa dela, ao que a moradora vira-lhe as costas e baza para a sua casa.
Na terceira e última noite, outro português diz que conhece o outro muito bem. Que ele era director numa empresa e foi ruado por ser bêbado. E que também foi ruado de casa pelo mesmo motivo. O homem chega exausto de álcool, prepara-se para abancar, senta-se e um segurança já farto de o aturar segreda para outro que, olha, chegou a confusão. Mas, o português ouve e descarrega como é seu hábito, porra! Caralho! Então, os seguranças viram-se para o homem e dizem-lhe para abandonar as instalações da entrada do prédio e procurar asilo noutro local, porque aqui já não dá porque se lhe acontecer alguma coisa eles depois é que serão culpados. E assim o português lá foi diplomaticamente escorraçado. Onde pára? Anda por aí abandonado.
15 de Julho
O segundo Alcácer-Quibir: “Os títulos do BES estão em queda há sete sessões consecutivas e bateram esta manhã mínimos de sempre nos 35,5 cêntimos. A crise no Grupo Espírito Santo está a pressionar Lisboa, que lidera destacada as perdas na Europa”. In Diário Económico
O terceiro Alcácer-Quibir: “Além da posição de capital, avaliada em 670 milhões, o BES emprestou 3.000 milhões ao BESA. Esta exposição pode estar em risco com a tomada de controlo angolana. Luanda procura solução que não prejudique BES. O Banco Espírito Santo está em risco de perder cerca de 3.000 milhões de euros de apoios de liquidez concedidos ao BES Angola”. In Jornal dec Negócios
16 de Julho
Decreto 000/999/14 do Conselho da Revolução
Convindo proteger a corrupção e todos os que com ela colaboram, e a todo o momento se empenham na defesa desses nobres ideais, o Conselho da Revolução decreta: § Único: quem ofender ou injuriar um corrupto será exemplarmente punido, surrado à morte lenta pelas barras de ferro. De lembrar que só serão permitidas manifestações que enalteçam a bandeira da corrupção. As manifestações que não sigam o paradigma da corrupção serão proibidas – o que não constitui nenhuma novidade, apesar da CRP-Constituição da República do Petróleo, o permitir na mais pura (?) legalidade – e qualquer tentativa para o seu restabelecimento, os seus mentores e demais manifestantes serão implacavelmente perseguidos, presos, torturados, numa só palavra: Entregues à nossa inquisição.
Cumpra-se e publique-se para consumo interno
O Conselho da Revolução
17 de Julho
A maldição do petróleo continua. São cerca de vinte e uma horas. Parece um maluco, mas não. Será o pai? Um transeunte talvez aí de trinta anos de idade vai com uma criança de quatro, cinco anos de idade. Pega-a e carrega-a nas costas. A criança está doente e o pai também. Arrastam-se pela rua em busca de socorro. Quem os observa sente pena de tamanha desgraça, de tamanha miséria que se abate sobre os desalojados do petróleo de Luanda, onde estás Angola?!. De certeza que sucumbirão no frio e na fome da noite que já está como gelo.









sábado, 26 de julho de 2014

A manifestação em Viana, arredores de Luanda, do dia 26 de Julho de 2014







"Manos estamos na vila de viana, fazendo a ronda notamos que são mais de dez agentes a paisana e mais devinte armados ate aos dentes, com 1 patrulheiro da policia d transito 6 patrulheiros e 1 brigada canina + 4 brigadas montadas (cavalares) visto que que estao preparados para reprimirem com violencia os manifs. trabalhando sm os seus respectivos craxas."
Recebida agora por SMS:
"Saudações meu mano, sou eu Manuel Nito Alves. Nós, os manifestantes, estamos a ser apreendidos "detidos" agora pela Polícia Nacional e DNIC aqui na manifestação de Viana defronte à Casa da Juventude".
Bom dia Central Angolaangola teve inicio a instante e ja detecoes nito e mais 8 rapaz e uma senhor que foi bofateado junto a porta da casa da juventude estao preso e esteve la o comandante
EM ACTUALIZAÇÃO
Por causa da manifestação contra os maus tratos das zungueiras em frente Administração de Viana, foi cortado a circulação dos transportes publico nessa zona, alguns populares se perguntam, será que o dono do país vai passar? Não há taxi!..
CK
Enquanto isso, na "Mãe Jú"...
Neste exato momento na rua C-10 por traz da mãe ju o MPLA vai realizar uma actividade de massas por causa do vazio está o seu membro "reverendo" dirigente local a "zungar " com a camisolas na rua "levando"os distraídos alegando que depois da reunião serão abertos dois barris de fino e haverá vários grelhados.
Até quando continuarão a usar esta política barata se aproveitando da sua pobreza para dizer que é o povo.
Estão ficar fora do contesto mudem de tática porque os pobres/desgraçados já estão a ver as vossas "carecas"
Alguns dos detidos já foram soltos.
A PNA mantém 4 sob sua alçada em parte incerta: Manuel Nito Alves, David Salei e mais dois que não conseguimos identificar.
Os que ficaram no local continuam a protestar, perto da via principal, debaixo da ponte amarela, a 50 metros da administração. Têm os seus dísticos e vão entoando que querem água, luz, saúde e educação.
A polícia fez uma pausa nas detenções e a PIR ainda não entrou em ação.
Relato via telefónica por Dago Nível Íntelecto
Tardou, mas não falhou. A brigada equestre e a PIR carregaram em simultâneo, dispersaram os manifestantes que se aglomeravam e levaram mais 4: RaúlLindo Mandela, Emiliano Catombela e mais dois jovens que tinham aderido à manifestação no local depois de se aperceberem que a mesma estaria a decorrer.
Neste momento estão todos dispersos em grupos pequenos e isolados e não temos a certeza de qual é o estado de espírito, se as pessoas voltarão a juntar-se ou se ficam por isso mesmo.
mais dois jovens detidos, dentre os quais um dos nossos olhos na manifestação: Dago Nível Íntelecto.
"um manifestante que está a ser chamado pelo nome de Baixinho, acaba de ser atacado por um cavalo da polícia, tendo ficado ferido e foi levado ao hospital"
NB: O cavalo não tem culpa nenhuma, o agressor é o agente que o comanda. Imbecil e criminoso!
Duas correções:
1 - Segundo Joao Papusseco Songua, o RaúlLindo Mandela não foi levado pela polícia, encontrando-se neste momento consigo no Hospital.

2 - O jovem "Baixinho" que referimos num dos posts anteriores como tendo sido ferido por um cavalo ou por um polícia da brigada equestre foi na verdade agredido à "puretada" por um dos "comandantes" de serviço. Como vêm o cavalo está sempre inocente.
O rapaz na foto chama-se Afonso e temos nos referido a ele como "Baixinho". Estava a conversar com o Emiliano Catombela (um dos detidos) quando de repente sentiu um "picar" repetido duas vezes na sua face. Tinha acabado de ser atingido por uma sequência de duas "puretadas" desferidas por um "comandante" que foi sábio o suficiente para retirar a sua placa de identificação. Acabou de ser suturado (3 pontos).
LD-64-61-EE. Esta é a matrícula de um dos carros que levou em detenção alguns manifestantes.
O Afonso "Baixinho", levou 3 pontos, teve de desenterrar 4000 AKZ para o tratamento e mais 600 para adquirir a medicação receitada.
Polícia Nacional de Angola, vão pagar?!?!?
13:40 - Acaba de ser detido mais um jovem. Desta vez, um zungueiro. Foi retirado do meio das srª zungueiras solidárias com a manif. O jovem foi confundido como pertencendo ao MRA, os únicos que estão a ser detidos (ou quem com estes seja confundido).
14h00: Agora mesmo foi detido Mateus Francisco, o Idéologo Málafaia Angolano, na ponte amarela por um carro da sinfo land cruiser. até agora não temos mais info sobre ele.
TERRIVEL O QUE SE PASSA EM VIANA. JUVENTUDE A SER MASSACRADA PELA POLICIA.
Na imagem temos algumas corajosas zungueiras, os já habitués ativistas e polícia em número desproporcional para essa vintena de manifestantes. De lado vê-se um cordão de azuis escuro e ao fundo a polícia montada fazendo barreira. Sabemos já qual foi o desfecho!
Mano boa tarde.
eu estou bem graças a Deus fui pego pelas bófias quando tentava a dar a minha localização ao mano pedro gonga,no carro não estava sozinho tinha dois jovens segundo eles vivem em cacuaco. não fomos batido 30min de interrogatorio com as seguintes pergunta: quanto é pago a vocês para fazerem isso?
qual é o partido que vós apoia?
tens mulher?
trabalhas?
depois levaram-nos a via expresse devolveram-nos os telefones e mandaram-nos descer na ponte.
já me encontro em casa nervoso.
MANIFESTANTES FORAM TRANSPORTADOS ATÉ AO KWANZA-NORTE!
Acabámos de receber um telefonema do Manuel Nito Alves. Precisam de boleia para regressar, como é óbvio. Alguém se prontifica?
Referência: DEPOIS DO CONTROLE, PERGUNTAR PELA PRAÇA NOVA. Os jovens encontram-se aí.
Manuel Nito Alves e 6 outras pessoas continuam a espera de boleia no Kwanza-Norte, Kassualala, na praça na Nova, sentido Ngolungo Alto
O número do Nito: 938546438
Quem pode ajudar? Wís com carro?

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