sábado, 4 de janeiro de 2014

O porta-aviões da cleptocracia





Ai este Poder
Que só o deixo
Quando morrer

Já chegou?! o guardião da democracia
No lago angolano fundeado
Amarado no porto da cleptocracia
Desastrosamente capitaneado

Apenas caçadores na caça do lixo
dos opressores
E nos necrotérios cadáveres para
os cemitérios
No país dos nossos santificados
senhores
Um império sobrenatural prenhe
de galdérios

O golpe de estado anunciado
Neste país de sonhadores
Onde o povo vive açoitado
Nas noites e dias assustadores

Mais um péssimo ano novo
E os tugas saem da colónia
Não pagam os salários do povo
De férias vão para a parvónia

Ó Liberdade vem até mim
Liberta-me desta devastação
Deste inferno diário sem fim
Sem direito a manifestação

Diariamente a moda da notícia
Surgiu mais uma vala comum
Mas que prazer, que delícia
Neste mundo do lugar-comum

Nesta terra é tudo muito bonito
Tem um povo muito pacífico
2014 mais um ano incógnito
Nos saúda, nos desafia maléfico

Um povo humilde e acolhedor
Um povo único, maravilhoso
Com um pôr-do-sol, esplendor
Que vive no medo do impiedoso

Quem conhecer, desejar Angola
Dizem os tugas: ou a ama ou a odeia
Para eles é doce, para nós é a gaiola
De facto e de jure somos uma aldeia

Lá na tuga empregados de limpeza
E nesta colónia muito inteligentes
E sábios chefes com muita nobreza
Que nos vendem as suas aguardentes

A hipocrisia prossegue vitoriosa
Renova-se a eleição do colonialismo
Nesta demonstração desastrosa
Virá sem dúvida o catastrofismo




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