sexta-feira, 29 de setembro de 2017

HÁ NOVE, DOZE ANOS

 

Adeus viajantes da eternidade.
Recordo-me com muita emoção dos meus entes queridos que estavam vivos e comigo conviviam e depois faleceram, mas jazem eternamente nas profundezas do meu coração. E envio-lhes o meu mais nostálgico abraço.
Creio que não morreram, renasceram nos nossos netos e bisnetos.
Morrer é os nossos entes queridos não mais ver, e das suas recordações viver.
O mais terrível que nos pode acontecer, e sem dúvida nos acontece, é perder aqueles que nos são mais queridos, aqueles que mais amamos, aqueles que moram nos nossos corações, e que nada nem ninguém os pode substituir.
Aqueles que mais amamos, os que se foram embora, aqueles que não nos conseguimos despedir pessoalmente.
Creio que a morte é como uma coisa muito estranha. As pessoas morrem e os que ficam, os vivos, claro, passam o tempo das suas vidas a viver das recordações dos que partiram e já não voltam. Quer dizer, morrer é não mais ver. É a tristemente famosa viagem de ida sem regresso.
Onde estão vocês, minha avó, oh, minha avó. Minha mãe, oh minha mãe, meu pai, oh meus pais, ai, ai!
Tudo desaparece, fica a recordação de que nada foi em vão. O que é bom permanece no nosso coração. O que é mau sente-se, vê-se a ilusão.
Éramos jovens, crescemos e vocês envelheceram e depois veio a infalível morte. Mais tarde nós também envelhecemos e também somos levados pela morte, enquanto os nossos filhos estão jovens, sempre assim sucessivamente. Assim mais uma vez creio que a vida não tem nenhum sentido, porque é nascer e morrer.
Ver o pai, mãe, meus netos, é como se o meu filho, os filhos regressassem à idade de crianças. Portanto, os netos são a continuação dos nossos filhos, o que significa que não morremos, neles renascemos.
A morte é não vermos mais a pessoa amada, e viver apenas, muito das suas recordações.
Somos imortais porque reencarnamos nos nossos filhos, nos nossos netos, nos nossos bisnetos.


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