O
marxista-leninista Jornal de Angola
Têm
os óbitos como informação
Lá
dois tugas trabalham por esmola
Acérrimos
defensores da corrupção
Pobres
tugas vendidos por um tostão
Estúpidos,
idiotas jornalistas de ocasião
Noutras
partes do mundo nunca o serão
Aqui
vivem com o petróleo no coração
Defensores
do petróleo para odiar
Está
lá sempre a Igreja para evangelizar
Diariamente
há um santo para nos levar
E
quem não obedecer Deus irá castigar
Outra
vez tudo a ficar aportuguesado
Com
as festas de S. António colonizado
Viver
os velhos tempos como desejado
Para
ver o povo angolano desmembrado
Reforçar
o combate ao crime se alardeia
No
combate à corrupção não há sinais
No
auscultar as mulheres nada se semeia
Dependemos
das monarquias nacionais
O
chinês aqui aprendeu a ser pedreiro
Em
Angola agora é mais um engenheiro
Num
repente a ganhar muito dinheiro
E
por essa Angola vai cambalacheiro
O
chinês aqui aprendeu a ser carpinteiro
Também
é gestor o português funileiro
Que
mal desembarcado é putanheiro
E
o chinês desbrava Angola é mineiro
Conversa
na rua das sirenes ao sol-pôr
Denúncia
que o tuga é chefe e gestor
Quase
todos no cargo de director
Não
faz nada, fala muito é doutor
Se
não acabarem com a corrupção
Os
assaltos nas ruas nunca acabarão
Os
desalojamentos forçados continuarão
E
cada estrangeiro terá o seu casarão
Lembrar
que até as praias privatizaram
E
muitos estrangeiros nelas chegaram
À
beira-mar nelas se acomodaram
E
os mwangolés ao relento acamparam
O
Jornal do Politburo escreve maldade
É
o Jornal do Ruanda da mortandade
Com
dois tugas de mental insanidade
Mercenários
da informação da cidade
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