República
das torturas, das milícias e das demolições
Diário
da cidade dos leilões de escravos
Ano 1 A.A.A. Ano do Apocalipse dos Angolanos.
2017, será o ano da construção de milhares de
jangadas.
Sem oposição estamos com as calças na mão. Esta
democracia é uma grande porcaria. Oposição descontrolada é a debandada da
manada, é a vitória da carneirada.
Atingiu-se o inimaginável, a classe política, a do
poder e a da oposição já não os escuto, estou como se diz por aí na gíria, de
costas viradas, fujo deles como se fossem animais com peçonha. Entretanto, os
contactos com pessoas também estão a ficar impossíveis porque esta gente está,
creio, demente, porque a resposta recebida é quase sempre, “estou numa
actividade”. Estão como que carregados de esclerose, estão danificados sem
hipótese de reparação.
Por incrível que pareça não há liderança, o que
leva Angola a atingir o cume da mediocridade humana. E para fazer alguma coisa
é de facto impossível, porque em tal sociedade tão primitiva não há incentivos
porque ainda não se sabe o que isso é. Angola já nem tábua de salvação tem.
Atirada ao abandono, desapareceu. O líder de Angola chama-se analfabetismo. Cercado
de analfabetos, às foices da morte não lhes falta trabalho. Angola, o campo de
escravos eleito pela comunidade local. Os muangolés gostam de viver na miséria
e na fome. A hipocrisia vencerá as eleições.
O que eu esperava de Angola era justiça e uma vida
livre de colonialismo e escravidão, mas infelizmente enganei-me. Lixei-me e
agora sofro, sofremos tamanha desilusão. Há a falsidade hipócrita, há a
falsidade selvagem, canibal.
As pessoas super ocupadas, da oposição em geral,
são inacessíveis, e em Luanda é o que mais se vê. Os da oposição como sempre
super ocupados estão, quando se lhes pede solidariedade não nos ligam porque
estão sempre… super ocupados, não têm tempo para nada. É alarmante, muito
decepcionante que os problemas políticos da África Negra ainda sejam resolvidos
por estrangeiros.
Quem não muda o seu destino deixa-se arrastar,
deixa-se matar.
Produzir não é preciso, miséria e fome é
preciso.
E devido à não-aceitação da alternância do
poder, é demasiado fácil ver que a África Negra será definitivamente votada ao
abandono, outra vez presa fácil de mais colonização. Depois das independências,
a África Negra é uma grande desilusão.
Para quê acreditar no que se vai extinguir. Quem
só sabe destruir acaba muito mal.
O mais velho foi ver o saldo bancário da sua
conta. Viu com espanto que não tinha nada, foi transformado em zero. Não lhe
deu muito trabalho para descobrir que o seu filho rapinou-lhe todo o dinheiro.
O mais velho dominado pelas forças do mal resolveu a questão, encontrou a
solução. Ingeriu veneno e saldou a sua vida não devendo nada à morte.
Como se a poluição religiosa e a poluição da
propaganda política decidissem a cura desta nação incurável. A desgraça habita
a todo o instante nas nossas portas.
Não percam tempo a dizer às pessoas o que devem
fazer, demonstrar-lhes o quanto estão erradas, pelo contrário, apresentem-lhes
soluções, mostrem-lhes o caminho da solução dos seus problemas. Por exemplo,
dizer que o povo angolano está abandonado à sua sorte, isso não se diz, não
resolve nada. A demagogia atrofia as mentes, faz com que as pessoas acreditem
na filosofia da hipocrisia. Em tempo de ambulante miséria e fome, os demagogos
também abundam, porque tais duas desgraças se fabricam em série.
E a hipocrisia é grande destruidora de amizades
e de nações. Para quando o nascimento da maturidade? Pelos vistos, jamais!
A conversa da enfadonha oposição não é solução,
é destruição, é evasão.
O império do petróleo caiu, finge-se que não mas
tudo ruiu, o investimento fugiu, tudo faliu.
Quando um império da corrupção cai, entregam-se
envelopes e despedem-se angolanos para estrangeiros empregar.
Quem menos trabalha ou não trabalha é quem mais
ganha.
E continuo na batalha da estupefacção porque nem
em contabilidade se consegue trabalhar, porque quando a anarquia e a corrupção
reinam, a contabilidade é desnecessária, é um alvo a abater, torna-se um
instrumento de trabalho dos charlatães. E nação assim é presa fácil da
extorsão, no rumo da África, do continente berço da humanidade da miséria e da
fome.
E o M afunda-se, afunda-se, mal se lhe vê o
vulto, já não se sente, já não se vê.
No supermercado Descontão, um gerente português
recém-chegado não deixa os trabalhadores fazerem compras por imaginar que eles
vão roubar. Viva Angola!
Na Frescangol, mais de quinhentos trabalhadores
ficam no desemprego porque a empresa estatal declarou falência.
Amigo leitor, este filme, The Thinning, de 2016,
dá uma visão aterradora do que nos pode acontecer no futuro. É que os ditadores
estão sempre à espreita para nos desferir o seu habitual golpe fatal, que é a
nossa total escravidão para que eles se mantenham eternamente no poder, e com
isso as nossas vidas não têm nenhum valor, passam a meros jogos, a um sorteio
que no dia-a-dia não se sabe quem vai morrer. Eis a sinopse da Net: “The
Thinning, de 2016, nos coloca num futuro pós apocalíptico onde o
controlo da população é ditado por um teste de aptidão do ensino médio. Quando
dois estudantes (Logan Paul e Peyton List) descobrem que o teste é falso e
secretamente monitorizado escondendo uma grande conspiração. Eles precisam
lutar contra o sistema para expô-lo e derrubá-lo”.
“Esse quadro, no qual poderemos resumir
em breve espaço multiplicados horrores, dar-nos-á uma ideia perfeita do estado
moral daquela época, e do que é a aliança do fanatismo e do poder absoluto,
ambos livres para exercerem acção ilimitada. A realidade dos factos
era que o País se achava reduzido a tais termos, que se podia dizer quase
exausto de forças. O rei, (D. João III) além de estar pobríssimo, com uma enorme
dívida pública dentro e fora do Reino, e de ser obrigado a pagar avultadíssimos
juros, era detestado pelo povo e ainda mais pela nobreza; não porque fosse de
má índole, mas em razão dos conselhos que lhe davam e das obras que faziam os
que o rodeavam. Um dos males que mais afligiam o Reino era a excessiva multidão
de sacerdotes. Tal era o estado económico desse mesmo país, que expulsava do
seu seio ou assassinava judicialmente os cidadãos mais activos, mais
industriosos. Há épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o
excesso do fanatismo possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo
à nobreza e à dignidade das almas rijamente temperadas. Um carácter impetuoso,
ardente, inflexível e absoluto nas suas opiniões. Que a uma índole destas se
associem profundos sentimentos religiosos, e ter-se-á um fanático. A
Inquisição, na plenitude do seu terrível poder, ia enfim apresentar-se rodeada
dos instrumentos de martírio sobre um trono de cadáveres. Apontavam na súplica
as principais tiranias que suportavam: prendiam-nos sem indícios suficientes,
retinham-nos nos cárceres anos e anos sem processo, e continuavam a queimá-los
sem piedade, apesar de expirarem nas fogueiras como verdadeiros cristãos,
invocando o nome de Jesus”. (História da Origem e Estabelecimento da Inquisição
em Portugal III de Alexandre Herculano (1810-1878)
Amigo leitor, perante tamanha miséria moral,
social, económica, política, e sobretudo a hipocrisia, a fraude dos partidos
políticos da oposição, por mais que queira não me é possível desejar-lhe um
Feliz Natal.
Imagem: autor desconhecido
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