E
naquela maresia
Não
sei o que acontecia
Só
sei que tudo se fodia
De
noite e de dia
Os
chineses mostram o cartão habitual
De
militantes da guarda presidencial
Depois
do regresso ao sistema tribal
E
tudo permanece tão natural
A
oposição não pode piar
Nem
ideias pode manifestar
Há
duas constituições a subjugar
Uma
no papel e outra no larapiar
O
dólar chegou aos vinte e dois
Depois
para os doze baixou
A
especulação lucrou muito depois
Ninguém
foi preso, o pobre se lixou
O
petróleo é a nossa eterna fonte
O
poder eterno diz que nunca secará
E
que permaneceremos neste horizonte
E
que pela graça de Deus se abençoará
As
estradas vão para o palácio do poder
É
lá que está a nossa salvação
Não
sei quem dele nos irá defender
Essas
estradas são a nossa perdição
E
do petróleo eles degolam-nos a alma
Com
os preços altos são inteligentes
Com
os preços baixos não são vivalma
E
a nós chamam-nos de indigentes
Quem
sobreviverá à onda dos assaltos
Do
exército do crude dos desempregados
Do
contínuo viver em sobressaltos
Da
confrontação social dos desamparados
E
nesta pátria só para estrangeiros
Notabilizada
pelos seus esgares
Dos
privilégios sempre os primeiros
E
nós nem nos últimos lugares
E
muitas mais desgraças virão
É
muito propícia a ocasião
Onde
há muita corrupção
Também
há muito ladrão
Veremos
supermercados vazios
Conforme
as leis da revolução
Continuaremos
vítimas dos arrepios
Na
pátria do tudo sem solução
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