quarta-feira, 29 de novembro de 2017

TERRA SEM AMOR

 


A vida perdida
É como uma ferida
Como uma fugitiva
Que do amor se esquiva

De nada adianta
Olhar para o verde da planta
Que só o amor suplanta
Essa força que nos levanta

Neste caminhar de ilusões
De promessas aos montões
E dos padres e seus sermões
Onde se morre aos borbotões

E nesta miséria indecente
Como se eu fosse crente
Não mais me sinto gente
Há muito que estou ausente

Nesta imparável tristeza
O amor perdeu a beleza
Resta a certeza
Da dominação da tibieza

O que é a realidade?
Nesta cidade?
É a bestialidade
Da trivialidade

A tua ode cantar
O amor saudar
Deixa o inútil procurar
Vê o sol da vida levantar

O hino do amor a te louvar
Deixaste-te arrastar
Como o borbulhar
Deixar o amor te condenar

No teu ouvido sussurrar
Há tempo para amar
O tempo a passar
A galopar

O coração a disparar
Não pára de trabalhar
Porque há que acreditar
Em alguém confiar

Na escarpa sentir o ar
Do vento que vem do mar
Para a frente navegar
O para trás abandonar










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