quinta-feira, 17 de abril de 2014

Angola e o petróleo na terra de ninguém





E na Angola-Telecom a multidão de despedidos
Faz dos angolanos expatriados massivos
Empregos para os portugueses bem sucedidos
E para os angolanos a condição de bandidos

O que é que fizeram na água, outra vez a faltar
Sumiu nos candongueiros que a estão a desviar
E o vivo petróleo sempre visível a saltar
Inunda as contas nos bancos sem se cansar

Se ninguém pode vender
Então ninguém pode comer
É o pior que podia acontecer
Este comunismo é de temer

Sempre nas sombras do passado
De um poder tão estafado
Originou um país amaldiçoado
E o povo a viver desesperado

Angola tem muitas igrejas safadas
Com prelados de almas desalmadas
De estátuas no petróleo pregadas
Das fortunas religiosas conquistadas

E o vil militante sacerdote apolónio
Não é, nunca será padre, é demónio
Vende-se e vende a igreja do petróleo
Vive, acumula riqueza, património

E o apolónio: foram eleitos por deus
Claro, é por isso que há muitos ateus
E é por isso que lhes dizemos adeus
A hipocrisia é a dádiva do vosso deus

As rádios corruptas ocultam a verdade
Só informam dos apolónios a maldade
A religião deles é nacional calamidade
A religião da feitiçaria domina a cidade

Os lordes do petróleo enriquecem
E na miséria as populações desaparecem
E eles na sombra do petróleo apodrecem
Restarão os gemidos do fim que merecem

O censo demográfico a vida vai melhorar
Mas como se tudo do petróleo está a piorar
Sim, sem dúvida, a corrupção vai melhorar
O petróleo só serve para nos desgraçar












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