E
na Angola-Telecom a multidão de despedidos
Faz
dos angolanos expatriados massivos
Empregos
para os portugueses bem sucedidos
E
para os angolanos a condição de bandidos
O
que é que fizeram na água, outra vez a faltar
Sumiu
nos candongueiros que a estão a desviar
E
o vivo petróleo sempre visível a saltar
Inunda
as contas nos bancos sem se cansar
Se
ninguém pode vender
Então
ninguém pode comer
É
o pior que podia acontecer
Este
comunismo é de temer
Sempre
nas sombras do passado
De
um poder tão estafado
Originou
um país amaldiçoado
E
o povo a viver desesperado
Angola
tem muitas igrejas safadas
Com
prelados de almas desalmadas
De
estátuas no petróleo pregadas
Das
fortunas religiosas conquistadas
E
o vil militante sacerdote apolónio
Não
é, nunca será padre, é demónio
Vende-se
e vende a igreja do petróleo
Vive,
acumula riqueza, património
E
o apolónio: foram eleitos por deus
Claro,
é por isso que há muitos ateus
E
é por isso que lhes dizemos adeus
A
hipocrisia é a dádiva do vosso deus
As
rádios corruptas ocultam a verdade
Só
informam dos apolónios a maldade
A
religião deles é nacional calamidade
A
religião da feitiçaria domina a cidade
Os
lordes do petróleo enriquecem
E
na miséria as populações desaparecem
E
eles na sombra do petróleo apodrecem
Restarão
os gemidos do fim que merecem
O
censo demográfico a vida vai melhorar
Mas
como se tudo do petróleo está a piorar
Sim,
sem dúvida, a corrupção vai melhorar
O
petróleo só serve para nos desgraçar
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