quinta-feira, 3 de abril de 2014

Muito petróleo muita injustiça, muitos bancos muita miséria





República dos massacrados de Angola

República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

23 de Fevereiro
Esta energia eléctrica é mesmo autocrática. Lixou-nos a vida outra vez, temos que viver na miséria. Sem energia eléctrica não é possível a paz. Das 10.04 até às 14.16 horas fingimos que vivemos.
República do depois falamos. Sim, sim, não, não, está bem… depois falamos!
Onde é que aprenderam isto? Foi nalguma telenovela?
24 de Fevereiro
E o economista e jornalista, Carlos Rosado de Carvalho, desmontou na Rádio Ecclesia que o crescimento económico de Angola foi uma mentira. Não houve crescimento nenhum, só “descimento”. E eu comento que isto para o investimento internacional não é mau, é péssimo. Quem é que vai acreditar no futuro de Angola? Só os parasitas, os aventureiros e a habitual escumalha internacional. Depois falo contigo.
A energia eléctrica do petróleo abandonou-nos às 01.47 e às 04.32 horas regressou. Às 11.52 desapareceu outra vez e reapareceu às 15.19 horas. Porque será que os biliões de dólares do petróleo não nos conseguem iluminar?
E a energia eléctrica desapareceu às 21.44 horas.
25 de Fevereiro
E eis que a energia eléctrica surge às 12.32 horas.
Já estou cansado disto, enfim… a luz, apagão, foi-se às 23.18 horas.
Porque é que na rua da Samba, em Luanda, os nossos piores inimigos ecológicos - os nossos governantes - mandaram reconstruir os passeios e acabaram com as árvores? Os camaradas governantes não sabem que isso é um crime ecológico?
Ai de quem depender dos chineses.
26 de Fevereiro
Ai! Ai! a luz veio às 00.18 horas.
De um mais velho mwangolé bem chateado: o branco é para nos colonizar! O preto para nos roubar e o mulato para nos chular!
Ai Kalunga! É só apagões! Outro que iniciou às 15.58 e terminou às 16.51 horas. A que horas será o próximo? Viva o paraíso de Angola, conforme gritam os portugueses.
São 21.45 horas, hora de descanso, mas para tudo o que é ilegal nunca o há. Oiço o barulho de quatro jovens mwangolés que carregam barrotes de madeira e depois os descarregam para uma obra. Dois chineses dirigem as operações com uma lanterna. O que me chama a atenção são os modos brutais com que os chineses se dirigem aos jovens, como se fossem cães. O desprezo é tão evidente que me faz lembrar o relacionamento entre capatazes e escravos. Ainda estamos no tempo em que governar é escravizar. E isso não augura nada de bom.
Há pouco tempo um vizinho encarregou os chineses de construírem um prédio de quatro andares por fases – conforme o dinheiro lhe vai aparecendo – para cada filho e um andar para ele e sua esposa. Logo que o primeiro e segundo andar já estavam prontos para habitar, instalaram-se e logo lhes começou a cair água do tecto. Só me custa a entender uma coisa: então se os chineses fazem tudo vigarizado – e isso está mais que provado - porquê continuar com os seus serviços? Será que em Angola preferem edifícios com fendas?
O problema é que os chineses se apresentam como os substitutos dos colonizadores e como tal agem como eles. Para quem ainda não acabou completamente de sair das cavernas está correcto, mas depois correrão com eles, como já fizeram em alguns países. E então eles tratam de lutar contra o tempo. Antes disso é rapinar tudo o que puderem com o apoio das ratazanas internas.
27 de Fevereiro
O que se passa no Uganda com a lei que criminaliza o homossexualismo é a implantação dos tempos da Inquisição da caça aos hereges e queima das bruxas. É o tribalismo africano em acção, na africana destruição.
Até leis divinas valem, inventam-se, para enganar, o próximo subjugar.
Será que vão utilizar as BPV-brigadas populares de vigilância, para vigiar o fim da energia eléctrica, da falta de água e da corrupção?
E depois da reposição das gloriosas BPV, a oposição resignada, subjugada, domada, silenciada, aplaude calorosamente a nova Cuba africana. VIVA FIDEL!
Ainda sobre o debate da criminalidade na nossa Casa das Leis. Creio que esse tema é muito simples de explicar, senão vejamos: retirem as abelhas das suas colmeias e depois contem-me o que acontece.
Parafraseando o kota Napoleão Bonaparte: Mwangolés! Das fissuras dos edifícios milhares de chineses vos contemplam!
Os mwangolés a construírem e os chineses a destruírem.
Como se permite que os chineses destruam Angola e escravizem os angolanos?
E os dias vão passando e as nossas vidas piorando.
Viver na mentira permanente é como tentar salvar um náufrago do irremediável afogamento.
Os EUA não podem continuar a impingir-nos que a economia se normalizou, isso é um grande pecado. O cómico e aterrador é que todos os países do mundo lhes seguem as peugadas tentando iludir os esclarecidos. Em Angola então, o PIB atinge números astronómicos. Desde quando é que um país crónico subdesenvolvido desenvolve a sua economia?
É claro que não vão gostar nada disto, mas é a pura verdade. Os portugueses em Portugal não são capazes de empreender seja o que for, mas logo chegados em Angola são grandes empreendedores… da miséria em Angola.
Como o chinês resolve problemas: O chinês tomava banho no prédio em construção do general Ledi e a água era atirada a balde do primeiro andar para baixo. Então o chinês teve uma brilhante ideia. Partiu a parede, conseguiu uma bruta fenda e depois a água do banho dele e dos outros chineses que apoiaram a ideia – os chineses são muito solidários na destruição – a água desagua na fenda. Porque será que os chineses são peritos na criação de fendas nos edifícios? A água cai como a ditadura nos vizinhos. E os chineses quando chamados à atenção da calamidade limitam-se na reza do salmo: Kopelipa! Kopelipa! Quer dizer que o mano Kopelipa autorizou-os a destruírem os angolanos, uma vez que Angola já o está?
Eu vejo a política angolana assim: uma alcateia de lobos que perseguem e maltratam impiedosamente um bando de estúpidas e indefesas galinhas, que a única coisa que alegam em sua defesa é o cacarejar.
28 de Fevereiro
Depois da merda do chinês qual será o próximo colonizador de Angola?
Indiquem-me uma coisa – sublinho, apenas uma coisa – que em Luanda não seja feita com vigarice.
01 de Março
00.20 horas. Os mwangolés carregam sacos de cimento e um capataz chinês grita-lhes: «Vamos lá! Vamos lá!» Desgraçados escravos que até para carregarem sacos de cimento necessitam de um capataz, quando deveria ser ao contrário. Os chineses carregarem os sacos e os angolanos darem-lhes vozes de comando. Este petróleo está muito desorientado.
Outro apagão, das 07.54 até às 16.04 horas.
02 de Março
Quando um país depende de chineses significa que a escravidão é um facto consumado.
A vossa hipocrisia será o vosso holocausto.

Sem comentários:

Enviar um comentário