segunda-feira, 28 de abril de 2014

O bando do petróleo



O petróleo não resolve problemas, é um problema
Alguns sabem mas não querem sair deste dilema
A estratégia está assegurada no vilão estratagema
É a coroação dos lordes do petróleo, o diadema

Que o sistema bancário tem muitas debilidades
Porque nele tudo é feito de vastas imbecilidades
E o sistema da nomenclatura recusa estas verdades
Viver na felicidade da idiotice no reino das vaidades

Consumado, decretado, Angola é o país dos assaltos
Do viver sem dormir dos incessantes sobressaltos
E das chinesas estradas descartáveis dos asfaltos
Dos incapazes poderes do senhor dos planaltos

Tanta chuva prevista que Luanda vai virar ruínas
E de escafandros nadaremos nas fossas submarinas
E os mwangolés têm trabalho escravo nas latrinas
Dos estrangeiros que nos escravizam nas minas

Dois governadores foram por decreto nomeados
E por outros decretos serão também exonerados
Dois governadores de Luanda (?) desnorteados
Como é evidente nos seus cargos partidarizados

E uma trampa destas se não for bem organizada
É o infortúnio do viver na merda, sem nada
É a nossa vida que vai melhorar desorganizada
E pelo virtuoso cónego Santo Apolónio sancionada

O petróleo é dos lordes e de outros fregueses
E dos neocolonizadores chineses e portugueses
Alguma dessa miséria sobra-nos algumas vezes
Dos privilégios da Idade Média dos burgueses

O soberbo poder do petróleo em Angola avança
Na constituição só para estrangeiros da santa aliança
Sem dinheiro para medicamentos e eles na abastança
E o fumo dos geradores do petróleo mata criança

No fundo, o Fundo deste petróleo é prometedor
O Cónego Apolónio abençoa-o como nosso senhor
Na moderna Igreja continua abençoado cada estupor
Padres medievais que o demónio nos querem impor

Imagem: Facebook






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