António Guterres, ex/primeiro ministro de
Portugal, veio a Angola na prática do saque político para pedir apoio para se
candidatar a secretário-geral da ONU. Em troca apoia a miséria, a fome, os
hospitais/matadouros e o incremento das acções contra os presos políticos. É
muito triste ver mais um português a fossar na lama rodeado e aplaudido por
corruptos.
A feroz mortandade de epidemias e da fome, é a
perplexidade da política do não te rales, do quem morreu, morreu.
Ao apelarem à população para que reivindique os
seus direitos contra os actos da péssima governação, os partidos políticos da
oposição (PPO) demitem-se das suas funções, porque é a eles que compete o papel
de dirigir e defender os seus eleitores que neles votaram. Por exemplo, os PPO
têm muito medo de convocar manifestações, e sem elas não há democracia. Passar
as suas responsabilidades para os seus eleitores, isso é oposição incipiente,
de fraca liderança ou apenas vaidade de dirigir. Outro exemplo: creio que há
pouco empenho na luta da denúncia contra a fome. Oposição que apenas pretende
colocar o seu presidente no poder, e que se está marimbando para os seus
famintos eleitores, faz lembrar estranhamente a actuação do espectro do partido
no poder. Portanto, passar a bola para a população significa que a oposição não
funciona, tem medo. Basta ver o fraco apoio que os PPO dão aos presos
políticos. Nesta terra já a ficar ensombrada de fantasmas tudo se confunde com
igrejas e confrarias.
Os hospitais/matadouros de Luanda
Quantos mais mortos menos eleitores.
Anúncio colocado à entrada dos
hospitais/matadouros: ANIMAIS/PACIENTES, SEJAM BEM-VINDOS AOS NOSSOS
HOSPITAIS/MATADOUROS. A EFICIÊNCIA DA NOSSA MORTE SAÚDA-VOS.
Esta cidade é obra de carniceiros.
O comité de especialidade dos carniceiros dos
hospitais/matadouros está reunido para implementar a morte do que já chamam os
campos de extermínio da população angolana, tal como a solução final nazi. O
carniceiro-chefe auto-eleito ressalta que - uma prática constante, as eleições
são de fingir, e a oposição aceita-as, aceita tudo o que é ilegalidade e depois
vem com versos choramingas para ludibriar o eleitorado – a avidez por cadáveres
é intensa, porque há que alimentar um exército de governantes vampiros. O
carniceiro/chefe diz que isso é fundamental, importante para apoiar a terra, fertilizá-la
para a estratégia contra a crise da diversificação da economia. Os cadáveres
são o garante do desenvolvimento da agricultura. O comité da morte exulta,
porque mais e mais animais/pacientes vão chegando à solução final e logo sumariamente
abatidos pelo pelotão de fuzilamento dos cuidados intensivos.
É por isso que não existem medicamentos, só
corrupção.
Depois da reunião terminada com a habitual ovação
ao arquitecto da descomunal catástrofe angolana, dizem que Angola está a
morrer, mas não, já morreu, os carniceiros lavam as mãos, há quarenta anos que
o fazem e não há nenhum produto no mercado que consiga desencardir as suas mãos
de tanta corrupção acumulada. Os carniceiros levantam as mãos para o voto
secreto, culpando as intensas chuvas como as degoladoras das mortes. Assim como
uma espécie da derrota do exército nazi atribuída ao intenso frio do inverno
russo. Quando na verdade foi uma catastrófica derrota devida à
irresponsabilidade do comandante-chefe nazi, tal e qual como em Angola. E os
animais/pacientes chegam como nas câmaras de gás nazis. A morte abraça-os e
dá-lhes a extrema-unção. A morte está felicíssima por estar em Luanda, pois
cadáveres não lhe faltam.
Quantos mais mortos memos eleitores.
No ar sente-se o medo, a angústia, o horror de
adoecer. As crianças são o alvo principal da morte, pois famintas e esqueléticas,
a morte prefere-as porque indefesas não dão preocupações de maior. Um animal/paciente
antes da despedida final disse para um carniceiro que do TPI – Tribunal Penal Internacional
não escaparão, porque mais este genocídio está mais que provado e documentado.
E os bajuladores de Cabinda ao Cunene cantam hinos
de louvor, que estão solidários com a carnificina conduzida pela eterna sábia liderança,
e que a matança está devidamente controlada, como sempre. E a Igreja e as igrejas
possuídas de corrupção demoníaca lavam as mãos, afirmam que isso se deve à
crise religiosa. Sem dinheiro, inundados de corruptos e logo de famintos, a morte
é certa.
Muitas mortes, menos eleitores. É isso que a
parva da oposição tem que ver, que decidir, porque oposição cega afunda a
democracia. Mas pelos vistos não adianta, não se espera nada de novo. Isto é África
onde ninguém sabe resolver problemas. Onde os estrangeiros dominam sob a
protecção de uma minoria nacional, é nisto que dá, neste entretanto da crise: “Jorge
Augusto: Boa tarde. Estou a procurar um carro até 3.000.000 kz, semi-novo,
automático. Se conhecerem alguém por favor informem-me. Obrigado!”
Parece que o tribalismo africano está bem vivo
em Angola.
Os angolanos da Unita, como outros quaisquer
filiados num qualquer partido da oposição, compareceram nos
hospitais/matadouros de Luanda. No matadouro municipal do hospital Central de Luanda,
no matadouro municipal do Hospital Josina Machel, no matadouro municipal do Hospital
Américo Boavida, etc., para doarem sangue. Mas o Mpla recusou-lhes esse elementar
direito à vida. Creio que o Mpla constituiu-se também num comité de
especialidade das células das testemunhas de Jeová. Ao recusar a doação de
sangue dos militantes da Unita, o Mpla atiça o ódio tribal, a “guerra”
fratricida entre o Norte e o Sul de Angola. O Mpla quer a todo o custo incendiar
o conflito tribal do que ele chama de sulanos. Parece que o que se pretende é
criar um rastilho que lhe sirva de pretexto para aniquilar os sulanos, e sem
eles, com a sua aniquilação ganhar a ilusão de outra corrupta eleição. Angola
segue os trilhos da destruição africana e pouco lhe falta para outra espécie de
Nigéria, ou mais um dos vários países africanos que apostam na luta fratricida.
O lema para a África pode-se resumir assim: Em África bem destruir é bem governar.
Em Angola e na África a vida não tem nenhum valor e por isso mesmo, é matar, matar!
E como militantes promovedores do ódio das populações, incluindo o mais terrível,
o ódio tribal, creio que no futuro próximo tudo o que seja Mpla será destruído.
Pois, pois, chamem-me de maluco.
Com
a energia eléctrica aos trambolhões, asfixiados pelo fumo mortal dos geradores,
como o do banco millennium na rua Rei Katyavala, que funciona como uma câmara
de gás nazi, isto do matar e depois não querer ser morto é demais, como nos
regimes em que a vida humana não tem nenhum valor, corrupção conforme os ensinamentos
da santa mãe igreja. Miséria, fome, desemprego massivo, salários de miséria, hospitais/matadouros.
Não se pode comprar nada porque os preços estão elevadíssimos. A qualquer
momento corremos o risco de sermos assaltados. Saque de Angola generalizado.
Nas empresas os trabalhadores são tratados como escravos, atingindo o cúmulo
nas empresas chinesas. Excepto a nomenclatura ninguém mais se pode manifestar O
degradante julgamento de presos políticos com hilariantes acusações. Lixo por
todo o lado. Mortes, mortes e mais mortes por todas as esquinas como os
novecentos dias de Leninegrado. Música com o som muito alto que nos impede de
dormir e de nos arruinar a saúde, de nos matar. Selvajaria total e completa, etc.
Então não querem que as pessoas se revoltem? Claro que as pessoas têm o direito
de se revoltarem, de se manifestarem. Estão todas as condições criadas para uma
revolta. E quando Angola tiver partidos políticos da oposição talvez as coisas
mudem.
“A diferença entre uma ditadura e uma
democracia, no que diz respeito à corrupção, é que numa democracia os corruptos
nem sempre conseguem dormir, com receio de que polícia lhes entre em casa a
meio da noite, enquanto numa ditadura são as pessoas honestas que não conseguem
dormir — com receio de que a polícia lhes entre em casa a meio da noite”. (José
Eduardo Agualusa)
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