quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Curtíssima história dos jacarés em Angola


A liberdade e a democracia não se promulgam por decretos.
Conquistam-se com suor e lágrimas.

E Angola foi cubanisada
E russianisada
Depois foi achinesada
Aportuguesada
Asiatisada
Estrangeirada
E por muitas igrejas
Adorada
Mas continua enfeitiçada
e prostituiu-se
prostituíram-na
na pauta aduaneira tem uma nova rubrica:
importações de meretrizes para diversões
em sexuais aviões
carne fresca para glutões
dos haréns dos petrolíferos sultões
de profundas vaginais perfurações
de cópulas dos dólares aos milhões
com cadastro na Interpol
com mandatos de prisões
este petróleo é dos patrões
não é das populações
que quando exige distribuições
apodrece nas prisões
quatro mil dólares de renda mensal
pagam os estrangeiros nesta orgia natural
para eles tudo, e nós sem um quintal
quando morrermos onde seremos enterrados?
Pois todos os terrenos nos foram espoliados

O calor a aumentar
E a luz a bazar
Para quê andar a projectar
Se sem luz vão falhar
Para quê tanta cooperação
Se continuamos na escuridão
Nunca a luz vamos ver
Enquanto eles estiverem no Poder
A cada um o seu gerador
Na república de um só senhor
Por aqui nesta nova vida incerta
Só a miséria é certa

Muito obrigado senhor dos angolanos
Pela miséria destes infindáveis anos
As empresas morrem com tanto apagão
Porque ainda vigoram as leis da revolução
Lá continua a desgraça
E não há ninguém que a desfaça
É a imposição da vigarice
Nunca mais acaba a macaquice
No petróleo a luz nunca falta lá
Não se consegue trabalhar com este Mpla
Era e é o petróleo do Mpla partido do trabalho
Da vanguarda do grande paspalho
Neste milénio de combate à pobreza
Onde os ricos aumentam a sua riqueza
Luanda a capital mundial dos apagões
Em desenvolvimento, garantem os aldrabões
Sem luz a miséria é garantida
Neste projecto novo, desprezível, sem vida
Dizem os prelados: é a vontade de Deus!
Neste mundo de ateus







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