Em
poucos dias enriquecem sem labutar
E
os gestores andam sempre a chorar
Gestores
do tudo para Angola a exportar
Com
palmadinhas nas costas a nos abraçar
E
já nos estão a governar
Vêm
com a miséria de embalar
Gestores
formados na escola do burlar
Que
nada mais têm para nos ensinar
Estão
em todos os cantos a negociar
Mas
que grande confusão que isto vai dar
Gestores
na invasão silenciosa a se espalhar
Está
tudo nas mãos deles a se colar
E
a nós atiram-nos para os zangos, zangar
Na
nossa terra já não temos lugar
Há
que unir forças para lutar
E
as terras perdidas reconquistar
Não
podemos perder tempo a orar
Porque
o inimigo está a avançar
Subir
nos mastros da governação é libertar
E
apenas o que nos resta é o acampar
As
crianças estão sempre a chorar
Porque
não temos nada para lhes dar
As
mamãs estão sempre a apanhar
Não
podem vender, é só lhes surrar
Não
nos deixemos mais escravizar
E
na miséria tudo está conforme
Sob
o insustentável peso da fome
E
finalmente felizes no oásis da alegria
Rendidos
aos encantos da hipocrisia
Esta
terra está perdida
De
petróleo consumida
A
que lhe chamam vida
Nas
teias da corrupção urdida
Onde
toda a gente é despedida
Aos
estrangeiros dá-lhes guarida
E
onde nesta santa hipocrisia
Se
espalha, se canta a sabedoria
A
imprensa está demente, doentia
É
o Governo que promove a rebeldia
Sem comentários:
Enviar um comentário