Já
tenho o cartão de militante
Bem
documentado estou
Com
o diploma do intolerante
Onde
em 40 anos nada mudou
Já
sou do petróleo afortunado
Já
sou poeta, tudo, e escritor
Já
sou jornalista do clube afamado
E
sobretudo um hábil bajulador
A
tua inteligência será suprimida
Mas
dirão que és muito inteligente
Nesta
terra da miséria prometida
Onde
estamos fartos dessa gente
Na
desgraça do bes/besa local
Os
bancos fingem que funcionam
Que
estão na actuação global
E
o nosso futuro desmoronam
Onde
há miséria não há controlo
No
Hospital dos Cajueiros é assim
É
a embaixada tuga do descontrolo
Bicha
às quatro da manhã sem fim
Como
se tudo fosse gente vadia
Para
atender os doentes no outro dia
Já
tenho o cartão sou muito feliz
Já
ando por aí a atirar atoardas
A
garantir que o povo seja infeliz
Conduzido
pelas forças das fardas
E
como consegui o cartão
Que
se cuide a oposição
Isto
não é brincadeira não
Coisas
más lhes acontecerão
Com
o cartão o salu não me falta
Escrevo
muitas baboseiras
O
tal apanágio da nossa malta
Dos
ornamentos das nossas viseiras
Cartão
do viver e do encanto
Ilusões
das falsas propagandas
Ruirá
outro banco Espírito Santo
E
tudo o mais por estas bandas
É
o cartão do homem novo
Do
homem finalmente libertado
Antes
se apelava muito ao povo
Agora
só estrangeiro importado
E
assim alcançámos a hecatombe
Impura
como a corrupção nacional
À
espera que de vez a Pátria tombe
No
seu sorvedouro inconstitucional
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