Durante
milénios percorri o mar
E em milhares de ilhas vivi
Mas não soube nelas habitar
Muitas pirâmides de amor vivi
E em milhares de ilhas vivi
Mas não soube nelas habitar
Muitas pirâmides de amor vivi
Isto
é para todos os que morreram
E
para os vivos que já faleceram
E
àqueles que nos abandonaram
Porque
no amanhecer viajaram
Mas
nós a eles nos reuniremos
E
brevemente juntos lá estaremos
Nos
túmulos das ideias decepadas
Da
impostura das vidas despojadas
Sentei-me
no segredo da tua melodia
Há
muito que não a resplandecia
Porque
ela é a luz da minha abadia
E
sem luz é a tua vela que me alumia
O
preço do petróleo sempre a descer
E
a revolta, o teu amor sempre a crescer
A
rejuvenescer num hino, o amanhecer
Na
recordação dos teus sonhos, nascer
Mais
um campo de jasmins se estreia
E
a maré do nosso amor santuário é
O
jasmim dos poetas canta a epopeia
O
jasmim dos açores o inverno da fé
E
no castelo dos petróleos algemada
Para
aí voarei numa grande cavalgada
Na
ponte levadiça com a minha espada
E
à liberdade voltarás minha amada
E
tudo os príncipes do petróleo secaram
E
a proibição do amor nos decretaram
Para
as ruas do horror iremos mendigar
Porque
o petróleo já era não está a dar
E
um ligeiro vento agita as ondas da baía
Nas
rochas plantadas a vegetação acaricia
Indiferentes
as palmeiras na sua calmaria
Mar,
céu, nuvens, sol, vida sempre em dia
A
democracia do Ocidente é preciosa
Mas
para milhões é muito horrorosa
O
Ocidente apoia as ditaduras comodistas
O
Ocidente é uma fábrica de terroristas
São
milhões da democracia abandonados
São
milhões que odeiam os brancos
Que
aterrorizam o Ocidente revoltados
Pelo
atroz neocolonialismo dos seus bancos
Imagem:
www.sitedebelezaemoda.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário