No imperial petróleo dos santos
Jorra miséria por todos os cantos
Só há dinheiro para salários (?)
Dos militantes e correligionários
Já se avista outro Zimbabué
E outro mercado roque santeiro
Antes havia facturação do café
Voltamos à candonga neste canteiro
Já se avista o mar do descalabro
Do com petróleo era fácil governar
Viveremos da imposição do macabro
Porque num tsunami nos vamos afogar
Este petróleo perdeu todos os encantos
E candongueiros outra vez seremos
Pela bênção da igreja de todos os santos
No regresso ao passado viajaremos
Nos lordes do petróleo reina a riqueza
Só para eles o petróleo é uma beleza
Na imprensa deles petróleo é cultura
Da congénita intelectual impostura
É normal miséria é só para a população
Para os que nos subjugam, para eles não
Já se sabe, o terrorismo é imprevisível
Mas a miséria que o fabrica é bem
visível
As empresas sem sucesso em Portugal
Em Angola são um êxito fenomenal
Funcionam bem em Angola, genial
Tudo o que não funciona em Portugal
Em Angola têm êxito, é banal, curial
A energia eléctrica é só para o Natal
Para as festas do ano-novo e carnaval
Assim como a religião é a filosofia
Da santíssima milenar hipocrisia
Jornal, qualquer órgão de informação
Que esconde a miséria da população
Isso não é, nunca será divulgação
É o poder da imprensa da opressão
Quem nos livra da poluição religiosa
Tão nefanda epidemia ardilosa
Os hipócritas estão no poder
E a oposição também o quer ter
O Governo não pode trabalhar
Inundado de inércia está a ficar
De obras descartáveis a nos ludibriar
Quem é que lhe vai mais confiar
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