quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A PRISIONEIRA DO CASTELO E O CAVALEIRO DO LUAR




Ó cavaleiro da minha aurora
Não me deixes aqui abandonada
Leva-me daqui embora
Porque eu sou a tua amada

Neste castelo foi-se o luar
Há muito que o quero abandonar
Estão-me a amordaçar
Cavaleiro do luar

Neste castelo, nas suas ameias
Vive a paredes-meias
Um terror que governa
Numa caverna

Vem meu doce cavaleiro
De corpo inteiro
Quero saborear-te primeiro
Como nas colinas do outeiro

Só vejo sombras ao meu redor
Basta, isto está cada vez pior
Não há quem saiba fazer melhor
Basta olhar ao redor

Meu cavaleiro do luar
Vem-me salvar
Esgotei o chorar
E as forças para caminhar

A ponte levadiça está sempre fechada
E eu no castelo sempre encerrada
Como se estivesse emparedada
Já não sou mais a tua amada

Cospem fogo os dragões
Incendeiam os portões
Vampiros são aos montões
Sangue aos borbotões

Está noite com luar
Meu cavaleiro faz-te anunciar
Leva-me ao altar
O ditador vai-me raptar

Faz a tua montada esporear
Acossa-a, fá-la voar
Não te podes mais demorar
Os monstros estão-me a arrastar

Eu sou o teu cavaleiro
Chego sempre primeiro
Desembainho a minha espada
E acabo com esta bagunçada



















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