quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O AMOR FOI EXONERADO





Deste deserto o amor fugiu
Nunca mais se viu
Por anos e anos a fio
Ninguém a sua falta sentiu

Foi-se a noção de amar
Que isso é pecar
Do amor se estão a afastar
Nisso não querem pensar

Que fazer do amor anormal
Desumano bestial
O que era natural
É tido como grande mal

Amar esta sociedade corrupta
Arrastados pela cadavérica luta
Da vil gente poderosa dissoluta
De opositores de falsa conduta

Estava eu a sonhar
Muito, muito além-mar
A pérfida beleza contemplar
Frio desejo de não te amar

País de cadáveres vamos ter
De moribundos a beber
Se Deus mandou sofrer
Então não dá para esconder

E navegando culturalmente
Este meio é muito deprimente
Castelã principesca indecente
Do monopólio poluente

Surgiu grande ventania
Na política nova melodia
Tempos novos novo dia
Nada se fala da economia

E do passado há lembranças
Das boas e más andanças
E o tempo vai passando
E os projectos adiando

Ficar estátua não há evoluir
Não se vê o que vai surgir
Faz sono, dormir
De olhar fixo sem porvir

Viva a corrupção
Quem não paga salários têm sempre razão
Não se pode denunciar senão
Vamos todos para a prisão















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