sábado, 16 de dezembro de 2017

ESTA TERRA É A TUA TERRA




Nas praças da cidade,
Na sombra de um campanário;
No intervalo do escritório, eu vi o meu povo.
Tinham fome, e eu estava lá perguntando,
Esta terra é feita para você e para mim?
Quando andava, eu vi uma placa,
E na placa, Dizia "não invadir".
(Em outra versão, lê-se "Propriedade Privada")
Mas no outro lado, ela não dizia nada!
Esse lado foi feito pra você e para mim.
(Woody Guthrie, 1912-1967)


Em Dezembro quem não paga
No trabalhador faminto crava
Uma esvaída em sangue adaga
Que canibal não a larga

Um homem na cidade vagabundava
Os seus passos ondulava
Olhava ao seu redor
Viu muitos bandidos, esperava o pior

Há muitos técnicos de religião
Dizem que isso é uma bênção
Aos milhões de políticos formados
Engenheiro s e similares abandonados

40 anos a formar analfabetos
Por alguns chicos-espertos
Como desenvolver esta nação
Com cérebros de fogareiro a carvão

A religião é um estupefaciente
Faz o cérebro dormente
Onde há muitos obreiros
Há muitos embusteiros

Está tudo abandonado
Como à morte um falso condenado
Que foi sentenciado
No lixo da rua enterrado

Mas que grande bagunçada
De população escravizada
Nos leilões de escravos permitidos
Muitos escravos serão vendidos

Do petróleo e da sua aventura
Onde havia vasta fartura
A aventura do petróleo acabou
E tudo em Angola secou

Aos países andam a brincar
Como crianças em idade escolar
Desprezo por tudo o que é ensinar
Muito caros os erros se estão a pagar

A selvajaria mora na cidade
Matam-se flores de qualquer idade
É da crise da falsidade
Terreno fértil da criminalidade

Nesta apocalíptica cidade
Enxameada de maldade
Onde não existe vontade
Ganham-se foros de caducidade


Sem comentários:

Enviar um comentário