sábado, 22 de fevereiro de 2014

E nesta patogénica bactéria nasce o poder da miséria





Um político corrupto foi eleito
não pelo seu povo
Escreveu o jornal que só fala verdade
Sendo um bom corrupto
declarou corrupção ao seu povo
Porque estava constantemente
a violar e caluniar a sua política
Um bom corrupto deve fazer sempre
uma violenta guerra
contra o seu próprio povo

Angola é só facturar
Com os chineses é só fissurar
E angolanos cozinhar
Não há angolanos para trabalhar
Oh! É tão belo ver Angola a desabar

O chinês serra e martela
Parece invasão de moscas

Para alguns angolanos petróleo
A extrema riqueza
Para milhões sem petróleo
A extrema pobreza
Para os estrangeiros melhor não há
Isto é uma beleza

Para os tugas isto é maravilhoso
Mas para nós é muito horroroso

Neste campo de hipocrisia
Nenhuma semente se aproveita
São milhares de estrangeiros, razia
Milhares de chineses e portugueses
Água e luz têm que se importar?
O que estão eles aqui a fazer?
Na chucha do leite dos deuses

E nestes poços petrolíferos
Nos lodaçais plantados
Jorra dos campos auríferos
O gemer de milhões de espoliados

E nesta patogénica bactéria
Nasce o poder da miséria

Somos governados por deuses
que do céu nunca descem nesta terra
E por isso mesmo desconhecem
não sabem e nem querem saber
que existe povo mortal
sem luz, sem água do bacanal
mas com muita miséria
Só valem os nossos interesses pessoais
Em Angola não há lei
Matam-se pessoas impunemente

Os estrangeiros pobres, na lama
Enriquecem rápido, têm fama
E apoio do Poder da trama
Os brancos vivem na dinheirama
Os mwangolés párias na kissama
À espera da liberdade que clama
a chama!






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