Quem
ousa denunciar assassinatos
É
sumariamente pela tirania julgado
Como
os vulgares criminosos natos
Onde
na tirania o inocente é condenado
E
lá foi às compras a mana Isabel
Muito
facilmente comprou Portugal
Pouco
lhe falta para o prémio Nobel
Com
a promiscuidade do fundo estatal
Ah!
Esta insustentável hipocrisia
Que
não nos revela nada de positivo
40
anos de escravidão noite e dia
Festeja-se
tudo o que é negativo
Imaginem
atiçar um cão raivoso
É
isso, assim vai a política angolana
Acossados
pelo petróleo tenebroso
Outra
vez sob escuta nas ruas à paisana
E
deles e das suas políticas me bloqueei
Lá
encontrei terríveis falsas amizades
Espavorido,
esporeado deles me afastei
Do
tempo perdido das suas futilidades
Políticos
fogem do interesse nacional
Agem
exclusivos no interesse pessoal
Abençoados
pelo poder unipessoal
Poder
e riqueza tão desproporcional
No
petróleo deles sempre vencedores
E
nós na esperança sempre vencidos
Nesta
pátria dos nossos vendedores
Na
batuta inconstitucional encardidos
É
proibido ouvir rádios e ler jornais
Pelo
petróleo são todas e todos estatais
Informação
das monarquias nacionais
Dos
belicosos instintos irracionais
Arroz
e massa de esparguete chinesa
Intragáveis
vendem-se no Kero
Que
mais haverá de tanta vileza
Mais
sujeição a isto não quero
O
desastre político está consumado
E
no trânsito buerere engarrafado
O
polícia leva o chefe escoltado
Sob
o poder do tempo contado
Enquanto
se investir na corrupção
E
nas fardas não teremos educação
Angola
sepultaram-na na traição
E
dela não ressuscitará não
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