Angola
vai parar
Já
parou
Angola
vai acabar
Já
acabou
África
o berço da fome, da desgraça
Da
Angola dos últimos dias
Há
muitos que riem com graça
Ao
ver o povo nas enxovias
E
nestas governanças
Das
matanças
As
bestas enchem as panças
E
de nós não há lembranças
No
dia da criança
A
fome avança
A
governação
Diz
que não
Aqui
vive-se às mil maravilhas
Cercados
por quadrilhas
Das
mascarilhas
Das
camarilhas
Nesta
república das torturas
Às
farturas
De
presos políticos nas agruras
Nas
prisões que são sepulturas
Um
país muito rico sem dinheiro
Porque
a corrupção está primeiro
Sem
justiceiro
À
mercê de qualquer trapaceiro
Sob
os constantes ataques das milícias
E
de outras sevícias
A
fome está presente
E
o governo ausente
A
negociata das demolições
Segue
os trâmites das orientações
Tudo
e todos para as prisões
Sem
contemplações
As
crianças sem futuro nesta podridão
A
que alguns chamam nação
As
crianças morrem de subnutrição
E
a Igreja dá-lhes a extrema-unção
Angola
vai parar, já parou
A
corrupção tudo levou
A
Igreja tudo abençoou
A
Igreja tudo abandonou
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