A
vida em Angola
Não
é a mega operação policial
Que
acaba com o marginal
Na
Luanda capital
De
modo emocional
E
os portugueses na aventura do pão
Em
vão
Nada
semearão
Nada
colherão
Que
no muangolé nada bate certo
Sempre
no rumo incerto
E
assim caminha decerto
Ainda
o seu espírito não foi aberto
República
das reuniões, sempre reunidos
República
dos falidos
Na
avalanche monetária engolidos
Em
mil pedaços partidos
Lá
vai o submarino Angola no mar
Lá
vai ele a se afundar
Lá
vai ele a se abismar
Para
a superfície não mais regressar
Conseguir
arranjar dinheiro para comer
É
a luta que não se consegue vencer
Mas
os corruptos nada têm a perder
Angola
é deles, os outros vão morrer
E
os reis mandam executar
As
rainhas quando são de desagradar
Entra
outro, quando sai um colonizador
Angola
é a desgraça do nosso senhor
A
oposição
É
uma desilusão
E
nesta república dos assaltos
Da
fome sempre aos sobressaltos
Quando
a miséria me chama
Vejo
a sua chama
Sem
dólares, sem euros nos bancos
Dos
brancos
Situação
muito complicada
Cinco
mil kwanzas não dão para nada
O
submarino Angola mergulha fundo
No
abismo mais profundo
Aqui
ninguém se demite
Porque
a lei não o permite
E
por isso mesmo tudo se admite
Na
grande explosão de dinamite
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