E o
Submarino Angola está nas profundezas abissais do mundo mais profundo. E por
total incompetência do seu comandante jamais à superfície virá, verá.
O
comandante do Submarino não sabe o que fazer. Muito antes jurou nacional e internacional
que Angola abraçaria a democracia. Para tal mandou confeccionar uma constituição
e demais legislação que passados poucos anos ninguém sabe para que servem tais
leis. Entretanto pelo nepotismo declarado surge a certeza de que Angola será
por vontade própria mais uma monarquia em África. Angola será mais um país da
desestabilização em África. Mais um país para retalhar. Pelo andar das
monarquias que renegam a democracia, África será o continente dos retalhos.
Actue
global na impunidade global.
Isto
está tudo podre, e em todo o lado cheira mal.
Parece
que não, mas o estado islâmico está aqui bem implantado.
A única
coisa que justifica a não libertação dos presos políticos, sob nenhuma acusação,
excepto o terem opiniões divergentes dos que pensam como no ano de 1975 e dele
não conseguem sair porque há muito ultrapassados pelas ideias da modernidade,
não querem acabar com o tempo da governação da pistola, neste caso, os tempos
mudam, mas estes homens não, jamais mudarão, porque estão constantemente a
engendrar artimanhas do viver em conflito, em guerra permanente para justificarem
um inimigo que já não existe, o inimigo são eles, e criarem pretextos para se
manterem eternamente no poder. É o Angola ter um comportamento de estado islâmico.
O terror do radicalismo está sempre presente, desde os preços que não param de
subir, não poderemos comprar comida porque o dinheiro não vai chegar, já não
chega. E aqui lembro-me dos portugueses quando antes da independência foram
obrigados a fugir da destruição geral, e pelos vistos está outra vez a acontecer,
até parece que a História é a sucessão dos mesmos funestos factos ao longo dos
tempos, apenas as personagens e as técnicas de exterminação mudam. A História
Universal é a história da crueldade humana. Até ao marido que numa aberrante
naturalidade, manda sentar a sua esposa de cintura nua na rua em frente à sua casa,
e castiga-a dando-lhe chapada com uma catana nas costas. Depois, é a vez de um
homem que parece de meia-idade ser também impunemente flagelado com público a
assistir. A onda do fazer justiça por mãos próprias está flagrante. Isto vi num
vídeo – vi pouco porque não consegui suportar as imagens chocantes – de um telemóvel
de uma amiga. À mínima coisa sai a violência à estado islâmico. Angola é um
estado islâmico, e por isso mesmo Angola é um Estado sitiado, pela escravidão,
miséria e fome radicalizado.
Neste
paraíso democrático, quem ler um livro que fale de ditaduras, e quem pensar
diferente é preso político. Se Agostinho Neto ressuscitasse e vivesse neste
Estado supranormal democrático daria origem aos presos políticos 17+1. Ia de
imediato para uma prisão de … alta segurança.
Outra
das maravilhas de Angola é a actividade bancária. Oh, como são maravilhosos os
serviços prestados pelos bancos. Tudo arrasam como um ciclone da escala 5. Que
maravilha.
Sonhei
que ia por uma rua de Luanda e forças de segurança fizeram-me parar e pôr as
mãos no ar. Havia muitas filas de pessoas nas mesmas condições de um estado
totalitário.
O
governo das fachadas, das derrocadas.
A
partir deste momento… de todos os momentos, o Submarino Angola está sem
soluções, esgotado pelo mal, pelo poder da maldade, o poder sobrenatural.
Estão
tão contaminados, tão desesperados que viver com esses muangolés é impossível
porque eles não deixam pensar… porque não pensam, então obrigam que ninguém
pode pensar.
As
três vizinhas estão de atalaia porque se sente o cheiro da super actividade
policial que paira como cães de caça devidamente treinados para sacarem
dinheiro de quem troca e vende divisas na rua. Por toda a cidade não se fala de
outra coisa, a espoliação das desgraçadas quinguilas, o roubo legalizado, senão
vejamos: as ordens superiores são para sacarem os dólares das pobres coitadas,
fazendo delas os bodes expiatórios da crise da corrupção, como se alguns milhares
de dólares fossem os responsáveis pelo descalabro económico e social de Angola.
Mas o que acontece é que os policiais (?) encontrando ou não dólares também surripiam
os kwanzas. Quarenta anos depois tomam-se estas medidas, claro que o negócio de
divisas é ilegal, mas porquê só agora? E o porquê também do só agora se iniciar
a tal diversificação da economia que se sabe de antemão não funcionará, tal
como nada até agora funcionou porque são os mesmos que arrasaram Angola. Bom,
quem apreende quantias monetárias a mulheres, são elas os alvos preferenciais,
deve-lhes lavrar um auto de apreensão com a quantia e os nomes das espoliadas,
data e hora, e esses meios monetários têm que ser depositados no Baco Nacional
de Angola, abrindo contas e nelas depositar os montantes das saqueadas. Assim
continuando – continuará, ao acaso terminará - esta nação será o monopólio da
perdição.
Quem
vem com qualquer coisa na cabeça é suspeita de vendedora ambulante e também
ninguém pode estar junto à entrada do seu prédio ou residência porque é altamente
suspeito e logo tudo lhe é espoliado em nome da lei. Tudo serve de justificação
para o terror da espoliação, para a fome vencer de qualquer corporação.
O sol
vem e possui a manhã que já vai a meio, parece que pinta tudo de amarelo, a
tela característica africana, a cor da miséria e da fome. Vultos humanos
vasculham o lixo na esperança de encontrarem qualquer coisa para comerem porque
acreditaram nas promessas de libertação, que jamais haveria opressão e
exploração do homem pelo homem. Mas dezenas de anos depois o panorama é
sombrio, e por incrível que pareça a libertação suplantou a colonização. É de
pasmar a miséria e a fome que há para contemplar. Como é possível um país
independente do colonialismo subjugar as suas populações à constante morte,
desordem e caos absoluto? Custa afirmar, mas estes são piores que os colonos.
Quem salvará as populações do exército de famintos de Angola? Ninguém o sabe,
creio que perecerão, desaparecerão e no futuro os esqueletos serão estudados
por arqueólogos.
O
comité central das três vizinhas quinguilas está reunido para o debate da
comissão económica irreal. Até agora estão com sorte porque apenas lhes
carregaram as cadeiras onde se sentavam à espera dos clientes. Mas a coisa está
muito, muito mal, porque os preços sobem, subirão até atingirem a altura do
Morro do Moco, localizado no Huambo, e quando isso acontecer, não falta muito,
esta terra será o sorvedouro final da pátria abarrotada de cadáveres. Uma
vizinha consegue apanhar uma banana de uma amiga, será o seu mata-bicho e faz a
sua apreciação económica da actual pérfida situação “ Os preços sobem, sobem
tanto que não dá para aguentar. Não se vai conseguir comprar nada”. Outra
vizinha religiosamente diz que “ o governo tem que ver isso.” Aqueloutra
vizinha é pendular, transversal porque está convicta de que “ sim, vai abrir
muitas covas para enterrar os mortos.”
E o
submarino Angola mergulha no seu rumo peculiar, particular, até atingir o zero,
coisa que pouco lhe falta, pois em terra a fome abunda. Assim o Submarino Angola
cumpre com êxito a sua missão secreta que é FODER TUDO E TODOS!
A
miséria e a fome não se devem à baixa dos preços do petróleo, devem-se à
corrupção. E diversificar a economia é diversificar a corrupção. Os presos
políticos são vítimas da corrupção. A corrupção é o abismo da nação. Onde há
fome não há, não pode haver valores morais.
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