sexta-feira, 15 de julho de 2016

MAS QUE PAÍS TÃO INFELIZ



Disparou o preço da comida
Estamos como coisa perecida
Despedimo-nos da vida
Da governação corrompida

Faço o possível para me aguentar
Mas parece que não vai dar
A fome vai-me matar
Terei que bazar

Assim se quis
Destruir o país
Gente tão infeliz
Como cães sem canis

Onde se vive da ilusão
Há campo de concentração
Sem informação
Impera a alienação

O que resta da população
Jaz num caixão
Na extrema podridão
Da gente sem coração

A grande desilusão
Com pavor do papão
Não há nação

Há uma alcateia de opositores
De democratas impostores
Feitos com as igrejas dos pastores
E da caterva de falsos doutores

É tão rica esta terra
Prevalecendo em guerra
Ai! esta oposição
Que está sempre em reunião

As divisas secaram
Os famintos aumentaram
Os corruptos regozijaram
E os bajuladores apoiaram

Inaugurou-se a vida de cão
Para eles a parte de leão
Para nós nem um tostão
Vivemos abaixo da escravidão

Miséria, fome, eleição
Já nada há a fazer
Já nada há que dizer







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