Disparou
o preço da comida
Estamos
como coisa perecida
Despedimo-nos
da vida
Da
governação corrompida
Faço
o possível para me aguentar
Mas
parece que não vai dar
A
fome vai-me matar
Terei
que bazar
Assim
se quis
Destruir
o país
Gente
tão infeliz
Como
cães sem canis
Onde
se vive da ilusão
Há
campo de concentração
Sem
informação
Impera
a alienação
O
que resta da população
Jaz
num caixão
Na
extrema podridão
Da
gente sem coração
A
grande desilusão
Com
pavor do papão
Não
há nação
Há
uma alcateia de opositores
De
democratas impostores
Feitos
com as igrejas dos pastores
E
da caterva de falsos doutores
É
tão rica esta terra
Prevalecendo
em guerra
Ai!
esta oposição
Que
está sempre em reunião
As
divisas secaram
Os
famintos aumentaram
Os
corruptos regozijaram
E
os bajuladores apoiaram
Inaugurou-se
a vida de cão
Para
eles a parte de leão
Para
nós nem um tostão
Vivemos
abaixo da escravidão
Miséria,
fome, eleição
Já
nada há a fazer
Já
nada há que dizer
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