Povo
esfomeado
É
povo revoltado
É
governo derrubado
E
isso está assegurado
Passa
o carro do deputado
Sob
o olhar do povo esfomeado
Olhar
profundo, esbugalhado
Deputado
é o que nunca será semeado
O
m por onde passa
Só
deixa desgraça
Com
ele a miséria grassa
E
a sua fome nos despedaça
O
m por onde passa
Só
deixa ruínas, fumaça
O
m é a nação da devassa
O
m é o poder da mordaça
O
m tem a sua constituição
Que
não é desta nação
O
m está no auge da traição
Dos
presos políticos e da corrupção
E
prosseguem as forças das chacinas
Banco
millennium da morte nos persegue
Quer-nos
asfixiar, da morgue fazer minas
Parem-no
antes que esta porra vos cegue
A
hora da vossa partida está a chegar
Depois
felizes vamos ficar
Nas
terras espoliadas vamos morar
E
da vossa repressão vamos escapar
Este
poder é muito desumano
Não
sabe o que é um ser humano
E
por isso os tumultos já são diários
Não
admira que haja tantos obituários
Estão
plenas de morte as instituições
Presos
políticos jazem nas prisões
A
repressão abate-se nas multidões
Mas
ninguém combate contra milhões
E
quem a TPA e a RNA ouve e vê
Fica
atrasado mental, nada mais lê
Nós
temos disto que nos defender
E
não em vão nos deixarmos morrer
Como
os presos políticos vão morrer
Assim
já foi sentenciado pelo poder
E
da tal ditadura do poder popular
Os
seus deputados não irão escapar
Imagem: Setenta anos da Coreia Do Norte. ELPAIS
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