domingo, 29 de novembro de 2015

OS PRESOS POLÍTICOS DO “ESTADO ISLÂMICO DE ANGOLA”


Era um país que na miséria nadava
O petróleo já não dava
Num mar de fome se afogava
Só presos políticos havia, mais nada

E a população desesperada
Já nada da oposição esperava
Já em ninguém confiava
Só com as suas forças contava

O poder presos políticos ceifava
Tudo e todos o odiava
O ajuste de contas se sussurrava
A nação exangue se encontrava

A especulação monetária espreitava
A população no álcool mergulhava
Já sabemos que vamos morrer
Por isso avante vamos beber

Onde há corrupção há ditadura
E como tal sol de pouca dura
Conflitos entre os esfomeados
E os do petróleo abastados

O projecto agrícola da Quiminha
Segue como os outros para a ruína
Como o do Wako-Kungo lá caminha
A corrupção disso se encaminha

Do povo as igrejas são a sua salvação
Obrigam os crentes a rezar em vão
Este povo está na perdição
Desconhecem o que mais esperarão

Oposição que não vem para a rua
É os desalojados a olharem para a lua
Esta oposição é da brincadeira
Faz da liça política a sua feira

Oposição que não sabe semear
Nela ninguém pode confiar
Ao m não lhe interessa a democracia
Ao m só lhe interessa a plutocracia

E arrastados estamos pela demonolatria
Os presos políticos sofrem demagogia
O m o país tem bloqueado
Mais presos políticos têm engolfado

Já todos sabemos quem são os culpados
Há muito que já estão identificados
Os presos políticos nas prisões/cemitérios
É obra dos corruptos e de outros adultérios

Imagem: (Club-k-net.) À esquerda, Isabel Nicolau, procuradora do ministério público. À direita, Isabel Nicolau, no julgamento dos dezassete presos políticos escondendo o seu rosto da justiça popular, porque quando a justiça é repressão, no poder do povo está a rebelião.



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