sábado, 11 de fevereiro de 2012

Canal da crítica. O debate na Rádio Ecclesia sobre o jornalismo em tempo de eleições


O debate de hoje, 11 de Fevereiro, na Rádio Ecclesia sobre o jornalismo e as eleições decorreu o mais nobre possível, senão atentemos:
Reginaldo Silva, já demasiado apagado, já não tem mais nada para nos dar, a não ser as suas intervenções que não passam de monólogos, de manobrador, desviador da atenção dos problemas que afectam Angola e os angolanos. Manobras de diversão de coisas sem interesse, a não ser para ele próprio. Como sempre, nem um acorde sobre a corrupção que grassa no jornalismo, e em todos os estatutos de uma sociedade que ele não vê, receia a abordagem. E falava, falava, até ao ponto de Manuel Vieira lhe cortar a palavra. Ir ao fundo da questão da corrupção não é preciso, para isso só o eminente Rafael Marques que não estava lá, claro.

Celso Malavoloneke, por incrível que pareça, professor de jornalismo (?) conhecido pela sua intolerância, a qual já demonstrou no Facebook, eliminando da sua lista de amigos todo aquele que ousasse minimamente criticá-lo, falou de tudo, do nada, e cujos textos escritos deixam muito a desejar, pois, devido às limitações da língua que não domina, espalha-se no areal seco dos textos incompreensíveis. Por momentos tentou armar-se em defensor da causa da censura do semanário, A Capital, mas mais uma vez as palavras perderam-se no mais elementar exemplo da mediocridade humana que lhe é característica peculiar.

Outro interveniente, não consegui fixar-lhe o nome, do CNCS – Conselho Nacional da Comunicação Social, apoiava, ressaltava que o jornalismo tem regras, leis, a que sinceramente, por mais esforços que eu fizesse para o entender, não consegui. Então, numa óptica leninista do jornalismo do centralismo democrático, consegui entendê-lo muito bem. Sobretudo, como ontem a RNA – Rádio Nacional de Angola, que no noticiário das vinte horas do dia 10 de Fevereiro, começou e só acabou meia hora depois a sua actividade partidária sobre a reunião dos duzentos e sessenta empresários/deputados do comité central do MPLA, presidida por sua Ex.ª, o douto engenheiro, José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA e da República, e de outros, variados cargos que todos conhecemos.
Este CNCS, é como o INADEC – Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, que não oferece resistência alguma, nem tão-pouco denúncia a contrafacção chinesa que invade Angola, e cujos exemplos são tantos e lastimáveis que nem vale a pena elaborá-los, porque são sobejamente conhecidos de todos. A propósito disto, brevemente sairá um trabalho sobre esta desgraça chinesa em Angola.

Entretanto, ouvintes participavam e salientavam o caso Jójó, o “defunto” jornalista da Rádio Despertar, que assegurou que enquanto lá funcionou, o seu coração estava sempre parido na coroação, no seu MPLA partido.

Quando é que se acaba de vez com a promoção da mediocridade do jornalismo angolano? Enquanto o mesmo comboio dos quarenta anos circular, a informação é, será, a de nos manietar.
Isto de promover pessoas num debate sobre jornalismo, de facto é muito complicado, sobretudo para quem teima passar por tal, e na prática demonstre que não o é, ou nunca o (foi?).
No fundo, o debate também não abordou nada de circunstancial, pois faltou-lhe o intelecto que não se possui, não se domina, e se até agora não se conseguiu, já é demasiada tarde para o adquirir.

É este o jornalismo, de quem não é jornalista, mas apenas a bandeira dos vulgaríssimos comentadores de acontecimentos que pessoalmente lhes interessam?
Apesar dos esforços de Manuel Vieira, os convidados impunham-se pelo discurso sem palavras, no habitual rodopio pantanoso de que sempre as mesmas palavras em remix, afinal surtem efeito.

Mais pareciam deputados da bancada parlamentar do MPLA em pleno gozo de funções.

Entretanto, chinesas e chineses zungueiros apregoam pelas ruas de Luanda: «Mata baratas, mata ratos, cola de parede!»
Imagem: no Centro de Formação de Jornalistas(Cefojor), em Angola.
altohama.blogspot.com

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