segunda-feira, 10 de março de 2014

Até no amor são hipócritas





O verde desse amor tão maduro
errante
Que faz dele depender a todo o
instante
Sempre em movimento crescente
viajante
Fazendo-nos acreditar no paraíso
abundante
Na espera do amplexo permanente
angustiante
O amor é a mais poderosa droga
delirante
Sempre de sentidos despertos
excitante

A beleza do amor é o nosso louvor
É o altar do nosso amar
É o salvar do desabar
É o esperançar do reencontrar
É o olhar do coração a saltar
É o velejar no teu ancorar
É saltar de emocionar
Amar é perdoar
Vaguear é também amar
Que mais pode brotar
além do amar
se nada mais há a desejar?
Quem pelo amor não se escravizar
jamais saberá amar!

Deixo-te sem palavras, confessas
Nos meus olhos o silêncio do olhar
No teu âmago residem as promessas
Dos teus sorrisos muito há a esperar

Ela está repleta de encantar
Em flor para a abelha namorar
Feliz se vai encontrar
A seiva vai-lhe sugar
Para o mel fabricar
O amor não pode esperar
Senão nasce o desesperar

Tu que consegues realizar os sonhos
nas tuas mãos
Tu que fitas o escurecer das nuvens
nas tuas mãos
Tu que vês sempre muros à tua volta
Tu que sentada estudas a areia e as
ondas invernais
Tu que vives na luta das sombras
que te cercam
Tu que pisas o solo olhas e nada vês
num caminhar tão lento
Levado na leveza da tua sã consciência
Tu pensas que está só!
Mas não… eu estarei sempre contigo!














Sem comentários:

Enviar um comentário