O
verde desse amor tão maduro
errante
Que
faz dele depender a todo o
instante
Sempre
em movimento crescente
viajante
Fazendo-nos
acreditar no paraíso
abundante
Na
espera do amplexo permanente
angustiante
O
amor é a mais poderosa droga
delirante
Sempre
de sentidos despertos
excitante
A
beleza do amor é o nosso louvor
É
o altar do nosso amar
É
o salvar do desabar
É
o esperançar do reencontrar
É
o olhar do coração a saltar
É
o velejar no teu ancorar
É
saltar de emocionar
Amar
é perdoar
Vaguear
é também amar
Que
mais pode brotar
além
do amar
se
nada mais há a desejar?
Quem
pelo amor não se escravizar
jamais
saberá amar!
Deixo-te
sem palavras, confessas
Nos
meus olhos o silêncio do olhar
No
teu âmago residem as promessas
Dos
teus sorrisos muito há a esperar
Ela
está repleta de encantar
Em
flor para a abelha namorar
Feliz
se vai encontrar
A
seiva vai-lhe sugar
Para
o mel fabricar
O
amor não pode esperar
Senão
nasce o desesperar
Tu que consegues realizar os sonhos
nas tuas mãos
Tu que fitas o escurecer das nuvens
nas tuas mãos
Tu que vês sempre muros à tua volta
Tu que sentada estudas a areia e as
ondas invernais
Tu que vives na luta das sombras
que te cercam
Tu que pisas o solo olhas e nada vês
num caminhar tão lento
Levado na leveza da tua sã consciência
Tu pensas que está só!
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