O
angolano reclama o seu salário
O
chinês faz-lhe de presidiário
Amarra-o
nas mãos sem redenção
E
obriga-o a ajoelhar-se no chão
No
tempo do templo da escravidão
Na
entrega de Angola ao chinês cantão
Nas
malhas da máfia e da corrupção
De
Angola restam as cinzas da Nação
Os
angolanos sofrem a humilhação
Do
sem lei da institucionalização
É
um país guerreiro sempre em guerra
Densamente
plantada de armas esta terra
As
armas são o futuro da juventude
Nada
mais lhe resta dessa vicissitude
A
imensidão deste mar hipócrita abre-se
A
quem nele deseje navegar
Que
de portos seguros nada há a esperar
Há
muitas embarcações nele a naufragar
E
aos náufragos ninguém os vai salvar
Porque
socorros nunca vão lá chegar
Governar
é naufragar!
E
se os senhores do petróleo glorificar
Neste
mundo e no outro nada me vai faltar
E
os senhores do petróleo triunfantes
Pois
assim não era antes
Estão
possessos, delirantes
Afogados
em dólares, deslumbrantes
Aqui
só os corruptos têm lugar
E
quem não o for é para silenciar
Está
bem edificada esta Nação
Sustenta-a
os pilares da corrupção
Barris
de petróleo, que aberração
As
populações vivem sem pão
E
deste petróleo nasce a democracia
Que
desagua na pia
Onde
não há inteligência não há imaginação
Há
um desconexo alarido de vozes, perdição
No
rumo incerto de uma nação
Porque
ninguém sabe tomar uma decisão
São
encenadores de teatro de ocasião
Quem
nos liberta da corrupção?
Acabar
com a hipocrisia é a solução
Os
ventos mudam de direcção
Os
hipócritas não
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