Quer
fazer poupança?
Deposite
nos nossos bancos sem dólares
A
Polícia bate forte fortemente
Na
professora com bebé dormente
Com
nove meses a gatinhar
E
também da Polícia vai apanhar
No
Lubango nem os bebés escapam
Das
milícias treinadas que amassam
Das
barras de ferro que nos desfaçam
E
das torturas que nos assam
Sim
ao império da grande corrupção
A
gestão é cem por cento angolana
Na
Constituição, manifestações não
No
país do latifúndio do mano banana
O
chinês e o tuga riem-se contentes
Desalojam
o povo com raiva nos dentes
Sem
tendas, ao luar do petróleo doentes
Abastecidos
na corrupção coniventes
A
lei é para se cumprir dizem ardentes
A
lei está para proteger os corruptos
E
demolir os casebres dos inocentes
Noite
e dia os assaltos são ininterruptos
Todos
querem ser falsos doutores
Com
facilidade fabricam diplomas
Sempre
os mesmos empreendedores
Com
a mesma doença e sintomas
Com
os exemplos das fissuras orientais
Tudo
para aqui embarcará, voará
Nós
de imediato promovidos a boçais
A
seguir quem mais nos inundará?
As
portas escancararam-se para saquear
Com
a maior facilidade para nos roubar
Nas
ruas de Luanda só se está a matar
Como
câmara de gás nazi para nos gasear
Os
militantes não precisam de trabalhar
Conseguem
trabalho em qualquer lugar
E
boas residências para nelas habitar
Sem
cartão do partido nada há a esperar
A
criminalidade violenta está a comandar
Tudo
sob controlo como é de desejar
Garante-nos
a Polícia sem pestanejar
Nada
mais existe que possamos almejar
Não
há empresa para os corruptos limpar
Nem
nenhum corajoso para os expurgar
Não
é chegado o tempo para nos levantar?
E
o grande mal que nos aflige eliminar?
Conquistámos
a nossa miséria social
De
nada nos vale a lei Constitucional
Estamos
entregues às forças do mal
Sobrevivemos
na desestabilização geral
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