A
mana Isabel fez uma compra especial
Do
dinheiro surripiado do fundo estatal
É
a rainha de África da soberba nacional
E
imperatriz da desgraça de Portugal
Quase
não se consegue pensar
E
a miséria sempre a espreitar
Sei
muito bem como isto vai acabar
Uma
bomba social vai despoletar
Com
o tempo até o capim secou
O
gerente do poder tudo saqueou
A
terra nunca mais se lavrou
Aos
camponeses tudo se espoliou
À
miséria e à fome se obrigou
E
tudo o estrangeiro levou
Reduzindo
a zero quem lutou
Da
herança que o petróleo deixou
O
grande fazendeiro Angola gamou
Somos
escravos assim se sentenciou
O
tuga vendeu Portugal
De
Angola quer fazer igual
Do
angolano povo anormal
Querem
que vivamos mal
O
tuga chegou como amo feliz
Faz
ao angolano dano infeliz
Faz
vista grossa à corrupção
Mais
um pobre diabo ladrão
É
necessária outra independência
Onde
se valorize a sapiência
Nos
labores não temos direitos
Dizem-nos
escravos imperfeitos
Nas
empresas o branco português
Sumariamente
nos põe na rua
Porta-se
como um vulgar chinês
Abandona-nos
ao relento sem lua
Se
não fosse a hipocrisia da oposição
Há
muito que teríamos outra Nação
Não
sucumbida como esta escuridão
Já
nos teríamos liberto do camaleão
Neste
país montanhoso de doutores
Da
abundante dipanda sem literatura
Decretaram-se
as perdas de valores
Da
ortodoxa e infame escravatura
Nesta
Nação de cegos surdos e mudos
A
independência ainda não aconteceu
Angola
é para os estrangeiros sortudos
Porque
o libertador ainda não nasceu
Imagem:
www.youtube.com
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