sexta-feira, 28 de novembro de 2014

José Sócrates também vendia ovos





Antes de ti estávamos no fundo
Contigo mergulhámos no precipício
Conseguiste o fim do nosso mundo
Porque foste tu que lhe deste início

De Angola eras um grande amigo
E que mais tarde serias um mendigo
Agora estás na prisão do castigo
Estás num lugar seguro sem perigo

Hábil mestre da corrupção amada
Com os mestres de Angola cursada
Estes também se cantam na balada
Pouco tempo lhes falta para abalada

Ex/primeiro-ministro na prisão
Agora lá canta a sua canção
Tem o número 44 de campeão
E muitos seguem a sua religião

Afinal ele também vendia ovos
O grande segredo dos milionários
Que faz homens extraordinários
Exímios vendedores de povos

De Portugal saiu muito jovial
Em Angola mostrou-se genial
Muito democrático, imparcial
Nesta época nunca se viu tal 

Os corruptos são como a pedofilia
Os corruptos lavam dinheiros
Foram eleitos pela democracia
Os pedófilos corrompem traseiros

Nunca tal aconteceu em Portugal
Nunca se viu tanto marginal
Não, não, isto não é sazonal
Está institucionalizado, habitual

Em Angola não lhe serviu o estágio
Do pôr o dinheiro nos familiares
Ainda não estamos livres do contágio
Destas mentes muito epistolares

A vertigem do poder está presente
Faz muito político demente
Tão seguros de si e de repente
Mostram o que são, uma serpente

O poder é para os enriquecer
A prisão é para os prender
A população é para padecer
Afinal o poder faz enlouquecer


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