Luanda
das obras chinesas que desabam
E
das outras que nunca mais acabam
Grande
magia, os tugas são angolanos
E
os mwangolés extraterrestres marcianos
Luanda
a cidade da morte dos geradores
Não
dá para viver nos prédios aterradores
Os
gases da morte deixam tudo gaseado
Da
bandidagem dos assaltos tudo cercado
Do
fumo do poder em pânico envenenado
E
eis o hediondo e programado plano
Estrangularem-nos
ano após ano
Para
que dependamos dos estrangeiros
E
aqui e ali só cheira a colonos corriqueiros
São
muitos com o mínimo de poder
Que
podem eliminar quem lhes apetecer
E
o que verdadeiramente nunca sabemos
É
a desgraça de quando água e luz teremos
A
vida dos colonos está sempre a melhorar
Com
o dinheiro que andam a nos roubar
E
nos tentáculos desta diabólica governação
A
intolerância política é a arma da dominação
Quando
os estrangeiros não nos deixam viver
Nas
nossas casas não conseguimos sobreviver
Defender-nos-emos
com as armas a tinir
E
quem está fora da lei tem que se punir
Não
dá ver milhões a chorar e alguns a sorrir
Só
os estrangeiros têm direito às cantinas
E
do serviço sexual das nossas queridinhas
Os
cafés e restaurantes são dos portugueses
A
terra angolana já não é dos camponeses
Alguns
da oposição não têm nada de santos
Prometem-nos
palavras por todos os cantos
De
um país que vive em permanente conjura
Qualquer
está sujeito à tortura e à clausura
Na
Angola, Sarl só o petróleo lhes interessa
No
neocolonialismo matam-nos depressa
Somos
cobaias humanas para experiências
Das
actividades internacionais das potências
E
ficaremos com um presidente chinês
Não
muito depois um presidente português
E
ajoelhados para o chicote outra vez
Submissos
e órfãos do império da malvadez
A
opressão chinesa e portuguesa
São
já uma indubitável certeza
Dividem
entre eles a riqueza
Para
a população o PIB da pobreza
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