Onde
há presos políticos não há garantia
De
liberdade e de democracia
É
a desgraça de Angola a cada dia
Que
da sua população faz razia
Povo
esfomeado
É
povo atormentado
É
povo desesperado
É
povo abandonado
A
cada ano que passa
Mais
aumenta a nossa desgraça
Como
punhal que nos trespassa
Dos
conluiados na trapaça
Lá
vão os esfomeados
Pela
corja dos políticos aldrabados
Lá
vão eles condenados
Para
os barcos dos refugiados
Angola
onde ninguém já se aproveita
Angola
dominada por mais de uma seita
Neste
reinar da imbecilidade
Onde
já ninguém fala verdade
De
quarenta anos desesperançados
Na
mesma música do fomos libertados
Mas
há muito no mar da fome afogados
No
navio sem governação naufragados
Festeja-se
a fome no palácio presidencial
Nunca
em Angola se sonhou tal ritual
Naquele
palácio todos os dias são natal
Nunca
se desejou à população tanto mal
Não
havendo mudança
Perde-se
a esperança
E
como nada está a mudar
As
nossas vidas a fome vai acabar
Um
país de presos políticos não é soberano
E
isso é um pérfido engano
E
assim lá vamos mais 40 e mais um ano
Que
o cerco nos liberte do poder leviano
É
a fome generalizada
Dela
só uns poucos escaparão
Os
da família consagrada
E
milhões morrerão
Na
requalificação dos esfomeados
Até
petizes de dez anos são baleados
Os
seus bens espoliados
Pela
constituição dos renegados
Sem comentários:
Enviar um comentário