A
política da terra queimada
Não
resolve nada
Presos
políticos no Estado falido
Que
definitivamente está combalido
A
orquestra sinfónica da fome ensaiava
Para
os esfomeados tocava
Dos
acéfalos políticos orquestrava
E
ninguém se salvava
No
petróleo em alta todos nadavam
No
dia de amanhã não pensavam
Vem
aí a grande debandada
Não
se sabe fazer mais nada
A
terra fingia-se de lavrada
A
abastança do petróleo comandava
Agora
lutarão entre si na terra enlutada
Tal
gente endemoninhada
Falsos
defensores do povo na oposição
Tudo
fazem para enredar a população
Apenas
querem o poder de ocasião
Tirar
um pôr outro é uma substituição
Um
intenso sofrimento me acompanha
Dos
quarenta anos da campanha
À
moda norte coreana
Eis
os feitos de gente tacanha
Onde
ser político é muito fácil
E
por isso é só asneirada
Perante
gente tão vil
Não
é possível viver na canalhada
Sem
alternância de poder não há democracia
É
governar como um concurso de ludologia
Poder
de prazo nunca expirado da melancolia
Do
abraço final da fome na nossa agonia
Também
já passo fome mano Zé
E
então como é
Esse
partido político da fome
Que
sem misericórdia nos consome
Quem
é que se vai confiar nesta gente
Tão
falha de valores morais
Essa
religião tem muito descrente
Extinguiram-se
os valores sociais
A
grande sinfonia da fome caminha
O
silêncio da Igreja e igrejas é sepulcral
Sob
o que resta da nação que definha
É
estável (?!) a situação política e social
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