Digo
que no próximo ano não quero ficar
Mas
infelizmente não consigo descolar
E
por cá continuo a definhar
É
horrível, não consigo mais isto suportar
Os
homens maus não param de aumentar
E
por isso as crianças não param de chorar
Ninguém
é capaz de os homens maus acabar
Para
que as crianças possam brincar
Vejam
bem o ano que aí vem
Isto
não dá para confiar em ninguém
Nem
na Igreja e nas igrejas
Falsos
defensores do povo
Confundem-se
com a repressão
Com
palavras bonitas
Dizem
que vem aí a nossa salvação
Mas
não, é a continuação da destruição
Charlatães
políticos sorriem-nos
Nos
partidos políticos segue o sectarismo
Como
na religião
Onde
o outro não pode ter opinião
Os
partidos parecem tribos
De
obediência cega aos seus chefes
E
do terrível ano que já terminou
Outro
muito péssimo já começou
Tentou-se
envenenar os presos políticos
Se
se confirmar não surpreende
Nada,
nada, nada nos surpreende
Enquanto
o saque chinês acontece
E
a corrupção prevalece
Quantos
que fogem do inferno de um país
E
na fuga para o paraíso de outro
Morrem
abandonados
Crianças
no martírio dos afogados
Apenas
têm um direito, a morte
O
divertimento dos políticos psicopatas
Deixar
crianças morrerem de fome
É
um prazer mórbido
Porque
crianças não se podem defender
Crianças
são indefesas
Dependem
dos homens muito maus
E
de tanta maldade consumada
Não
dá para acreditar em mais nada
Perdeu-se
o rumo desta estrada
Definitivamente
está desgraçada
Nas
televisões e jornais da palhaçada
Onde
todos irão viver à paulada
“Chupar
o sangue fresco da manada”
Dos
ardilosos que vivem da cambalachada
Estes
hipócritas são como a peste negra
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